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Felicidade Ramos

Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973

16 de Setembro, 2024

Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, com os curadores Rui Pinheiro, Sérgio Correia e Mafalda Martins. Dia 18 setembro, às 15 horas. Inscrições a decorrer comunicacao.mnsr@museusemonumentos.pt

 

A visita vai apresentar questões relacionadas com a prática fotográfica, a abordagem dos arquivos, a instalação expositiva, a par de questões históricas e de enquadramento com a Guerra Colonial.

A exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, é uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de Junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete. De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis. Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o acto de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspectos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.

Campanha promocional em livros e catálogos prolongada

6 de Setembro, 2024

A campanha de promoção em vários livros, revistas e catálogos à venda na loja do Museu Nacional Soares dos Reis, vai ser prolongada até final do mês de setembro. O MNSR possibilita assim a todos os interessados um prazo mais alargado para aquisição a preço promocional, com descontos até 50%, de várias publicações do Museu.

 

Abordando temáticas diversas relacionadas com a Arte e o Património, os títulos disponíveis podem ser adquiridos – a preços mais convidativos – durante o horário normal de funcionamento do Museu Nacional Soares dos Reis (de terça a domingo, das 10h00 às 18h00). Entrada livre.

Entre os vários títulos disponíveis, destacam-se:

 

  • AZUL E OURO

O catálogo resulta do levantamento extenso, realizado nas coleções públicas e privadas portuguesas, de objetos em esmalte produzidos nas oficinas de Limoges e de peças de ourivesaria com essa matéria com as mais variadas origens de fabrico. Traz, ainda, a público estudos desenvolvidos nos últimos anos e permite posicionar as peças pertencentes a coleções portuguesas num quadro patrimonial de abrangência europeia.

 

  • JULIO RESENDE. A PALAVRA E A MÃO

Catálogo da exposição que tem como fio condutor a relação do pintor com escritores como Vergílio Ferreira, Eugénio de Andrade, Mário Cláudio, Vasco Graça Moura, Fernando Namora ou Viale Moutinho, que abordaram o seu trabalho em diferentes momentos do seu longo itinerário artístico. Contempla outras dimensões da relação entre a palavra e a imagem, nomeadamente através das ilustrações literárias a que Júlio Resende se dedicou, da banda desenhada e do desenho humorístico, que desde cedo publicou na imprensa, e da produção de figurinos e cenários para textos dramáticos levados à cena pelo Teatro Experimental do Porto, pelo Teatro Experimental de Cascais e pela Seiva Trupe.
Pintura e desenho, estudos e projetos destinados a uma prática artística abrangente e de grande cunho experimental permitem observar Júlio Resende entre a imagem e o texto, na multiplicidade de discursos a que se soube adaptar e que sobre ele foram elaborados.

 

  • FÁBRICA DE LOIÇA DE MIRAGAIA

Catálogo da exposição dedicada à Fábrica de Louça de Miragaia, a qual teve a sua duração temporal desde 1775 até meados do século XIX. Este estudo permite conhecer o seu espaço, processos de fabrico e conspecto social, para além, de apresentar o “livro de receitas cerâmicas” da fábrica. O catálogo contém imagens de loiça decorativa e utilitária, com a respetiva descrição, dimensão, período de fabrico e marca.

 

  • JOÃO ALLEN. COLECIONAR O MUNDO

Catálogo da exposição sobre João Allen nos 170 anos da sua morte. Os comissários, Rui Morais e José Costa Reis, com a colaboração da família de João Allen e das outras instituições que detêm coleções que lhe pertenceram, Câmara Municipal do Porto e Misericórdia do Porto, partiram do estudo do passaporte da viagem a Itália que João Allen realizou em 1826/1827 e criaram uma exposição que traça o percurso dessa viagem e mostra a sua influência na abertura do museu deste colecionador na cidade do Porto, em 1837.

 

  • METAMORFOSES DA HUMANIDADE (BILINGUE), GRAÇA MORAIS

“Metamorfoses da Humanidade” é um catálogo bilingue da exposição que esteve patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, no Museu Nacional de Arte Contemporânea e no Museu Nacional Soares dos Reis. Trata-se de um conjunto de mais de oito dezenas de desenhos e pinturas sobre papel, todos de 2018, onde assistimos do lado de cá da tela a uma reflexão silenciosa sobre a natureza humana, em temas tão densos e pouco felizes como a guerra, a perda absoluta, a fome, a morte e o sofrimento. A esperança, essa, surge apenas como uma réstia, uma luz ao fundo de um túnel que parece não ter fim à vista.

Exposição ‘Memória Próxima’ de João Paulo Serafim

5 de Setembro, 2024

Ao longo de 2024, numa residência artística no Museu Nacional Soares dos Reis, João Paulo Serafim explora os temas basilares do seu trabalho num processo que intitulou de Memória Próxima. O resultado dessa residência será apresentado no formato de exposição, no Museu Nacional Soares dos Reis, a partir de 21 setembro.

 

Em Memória Próxima, João Paulo Serafim parte da sua experiência pessoal e do período em que esteve em residência no Museu Nacional Soares dos Reis, entre os meses de junho e agosto, para pensar o Museu como espaço heterotópico, de alta cultura, mas também como espaço de representação natural através das obras de arte e da fauna existente no jardim, onde inúmeras aves encontram refúgio no meio da cidade. Jardim esse que preserva a memória do primeiro Velódromo do país, fundado em 1893, o Real Velo Club do Porto.

 

Neste projeto, o autor deambula pelos vários espaços que constituem o MNSR, pelas galerias de exposição permanente cruzando-se com os visitantes; pelas diversas reservas onde as peças aguardam no escuro; pela biblioteca onde se procuram referências às obras expostas ou ao mundo animal; pelos vários espaços exteriores numa tentativa de registar em momentos fugazes a presença das várias aves identificadas. Numa tentativa de repetir gestos, outrora realizados, numa sugestão de velódromo deixada pelo arquiteto Távora aquando das obras de requalificação, pedalando anacronicamente ou apenas a sua vivência pela cidade do Porto e da sua estadia na casa de amigos onde as leituras e objetos se cruzavam com a sua pesquisa.

 

Este projeto constitui, também, uma reação ao espaço onde o trabalho será mostrado, uma galeria situada entre o espaço do Jardim e a galeria de esculturas, onde as obras de Soares dos Reis imperam. Um museu onde obras icónicas da cultura nacional são revisitadas e apropriadas e na qual se experimentam outras leituras, no encontro com pessoas que trabalham na instituição, e que, na “sombra” possibilitam o seu funcionamento. É neste gesto processual de olhar, habitar o espaço do museu, da casa e da cidade que João Paulo Serafim deambula.

125 anos do bronze ‘A Caridade’ de António Teixeira Lopes

5 de Setembro, 2024

No Dia Internacional da Caridade que hoje se celebra, evocamos o 125º aniversário do bronze ‘A Caridade’, de Teixeira Lopes, datado de 1899 e pertencente ao acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, sendo um exemplar fidedigno do modelo da Caridade pertencente à Casa-Museu Teixeira Lopes.

 

O respetivo mármore relaciona-se com o jazigo de A. Caetano de Carvalho no Cemitério de Agramonte, no Porto, sobre o qual Teixeira Lopes escreveu nas suas Memórias dizendo ter sido um dos seus melhores trabalhos.

 

A interpretação da Caridade segue os parâmetros do Naturalismo afastando-se da iconografia tradicional, que punha em cena uma mulher cobrindo com o manto crianças famintas.

 

Em vez disso, Teixeira Lopes foca-se na expressão de sofrimento de uma irmã da Caridade, caraterizada à época, amparando crianças desnutridas. Debaixo da touca vê-se o rosto de olhar perdido, enquanto as mãos emagrecidas amparam a custo os meninos desvalidos.

O Dia Internacional da Caridade, proclamado pela ONU em 2012, celebra-se anualmente a 5 de setembro, data que assinala o aniversário da morte de Madre Teresa de Calcutá.

 

Este dia é uma chamada de atenção para a necessidade de erradicar a pobreza e concretizar os objetivos da «Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável».

Museu Nacional Soares dos Reis distinguido com Prémio Tripexpert 2024

5 de Setembro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acaba de ser distinguido com mais um prémio de prestígio, sendo reconhecido como uma das atrações mais bem avaliadas da cidade do Porto. O MNSR recebe esta distinção pelo segundo ano consecutivo.

 

Em 2024, o Prémio Tripexpert Experts’ Choice é concedido a menos de 3% das atrações listadas, representando os melhores hotéis, restaurantes e centros turísticos e culturais do mundo, sendo a única distinção do setor baseada em avaliações profissionais.

Para atribuir esta distinção, o Tripexpert baseia-se em artigos escritos por guias de viagens, de jornalistas, escritores e outros profissionais ligados à área do turismo e das viagens, apenas considerando conteúdo escrito por pessoas credíveis, que fornecem conselhos confiáveis ​​e imparciais aos viajantes e visitantes.

 

Com mais de 2.600 comentários de visitantes nas plataformas Google e Tripadvisor, o Museu Nacional Soares dos Reis ocupa o top 10 das atrações do Tripexpert, com críticas e avaliações positivas de fontes reconhecidas e credenciadas, de que são exemplo Michelin Guide, Time Out, Vogue, Lonely Planet, Fodor’s ou U.S. News & World Report.

 

Recentemente galardoado com o Prémio Museu do Ano 2024, pela Associação Portuguesa de Museologia, o Museu Nacional Soares dos Reis foi também distinguido com o Prémio Travelers’ Choice 2024 do Tripadvisor. Atribuídas desde 2011, estas distinções distribuem-se nas categorias de alojamento, restaurantes e atrações em todo o mundo que propiciaram continuamente a melhor experiência aos clientes/visitantes.

 

O que dizem sobre o MNSR

 

This museum in the Carrancas Palace has permanent collections of Portuguese painting and sculpture, including, in particular, sculptures by Soares dos Reis (1847-1889).

– Michelin Guide

 

Porto’s best art museum presents a stellar collection ranging from Neolithic carvings to Portugal’s take on modernism, all housed in the formidable Palácio das Carrancas.

– Lonely Planet

 

Art lovers will appreciate the expansive collection housed here, as well as the ornate building itself. Occupying a former royal residence, the museum features much of the work of its namesake.”

– U.S. News & World Report

140 anos da pintura ‘Interior (Costureiras trabalhando)’

4 de Setembro, 2024

Marques de Oliveira realizou esta pintura há 140 anos (em 1884), poucos anos após o regresso do seu pensionato em França e em Itália, entre 1873 e 1879.

 

Neste óleo sobre tela é representada uma cena de intimidade doméstica, bem definida no título original que o pintor lhe atribuiu quando expôs ‘Entre o almoço e o jantar’.

 

A obra revela um sentido de composição e tratamento da luz de grande qualidade plástica associado a uma rara riqueza narrativa.

 

Uma novidade inesperada nesta representação é o diálogo entre o interior, onde tudo se passa, numa atmosfera intimista, e a paisagem representada ao fundo, de onde emana a luz intensa que invade o interior em sentido oblíquo e se vê projetada na mancha branca da toalha posta sobre a mesa e na transparência da garrafa.

Sobre Marques de Oliveira

João Marques de Oliveira, pintor realista e introdutor do naturalismo em Portugal. Natural do Porto, a vocação para o desenho expressa desde a infância levou-o, com onze anos de idade, a ingressar na Academia Portuense de Belas Artes, nas aulas de Desenho Histórico, Arquitetura Civil e Perspetiva.

 

Em 1873, partiu para Paris com o colega Silva Porto, na qualidade de pensionista na classe de Pintura Histórica. Na cidade luz, Marques de Oliveira prosseguiu os estudos na Escola Nacional de Belas Artes com os professores Alexandre Cabanel e M. Yvon e teve oportunidade de contactar com alguns movimentos pictóricos, como o naturalismo da Escola de Barbizon e o Impressionismo, e de efetuar visitas de estudo à Holanda, à Bélgica e à Itália.

 

As suas obras deste período foram, por diversas vezes, agraciadas com medalhas e menções honrosas. Como prova final do pensionato apresentou o quadro Céfalo e Prócris (na imagem).

Céfalo e Prócris, de Marques de Oliveira

No regresso ao país em 1879, numa época conturbada no meio artístico portuense, dominada pelo aceso debate sobre a reforma académica e do ensino das Belas-Artes, Oliveira e Silva Porto introduziram a Pintura de Ar Livre em Portugal e foram nomeados Académicos de Mérito da APBA.

 

Neste contexto, surgiu no Porto, em 1880, o Centro Artístico Portuense, uma associação de artistas que buscavam o progresso das artes em Portugal, tal como em Lisboa pretendia o Grupo de Leão, de Silva Porto. Na primeira eleição para a direção desta instituição, o escultor Soares dos Reis assumiu a presidência e Marques de Oliveira a vice-presidência, integrando também o conselho técnico.

 

Pelo decreto de 26 de Maio de 1911, as Academias de Belas Artes deram lugar a três Conselhos de Arte e Arqueologia, ficando a Circunscrição do Porto (a 3ª) a tutelar o Museu Portuense que passou então a denominar-se Museu Soares dos Reis.

 

Em 1913 deixou o cargo de diretor da Escola de Belas Artes do Porto para assumir o de diretor do Museu Soares dos Reis, mantendo, no entanto, os seus cargos no Conselho de Arte e Arqueologia. Em 1926 foi compelido a abandonar a docência, por ter excedido a idade limite permitida pela nova lei, mas também por motivos de saúde. Faleceu, no Porto, a 9 de outubro de 1927.

Visita-Oficina ‘Na pele do artista Amadeo de Souza-Cardoso’

4 de Setembro, 2024

Um grupo de 50 crianças, dos 5 aos 9 anos, alunos da Escola Montessori do Porto, participou hoje na Visita-Oficina ‘Na pele do artista Amadeo de Souza-Cardoso’, no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

A atividade começou com uma visita à obra de Amadeo de Souza-Cardoso que se encontra exposta no Museu, tendo sequência com uma oficina didática, na qual foi realizada uma composição artística com recurso a técnicas mistas, de pintura, desenho e colagens. As mesmas técnicas utilizadas por Amadeo de Souza-Cardoso nas suas obras.

 

Amadeo descobriu muito cedo que gostava de pintar.  Em criança fazia desenhos e até pintou as portas de um armário de sua casa. Mais tarde, enquanto estudante, fez caricaturas de personagens e depois desenhos de animais a tinta-da-china que decorou com linhas.

 

Em Paris, inspirado pelos seus amigos artistas e pelos estudos que fez, Amadeo criou o seu próprio estilo, experimentando o que mais gostava do que tinha visto e estudado. Nas suas obras começam a aparecer fragmentos de muitas coisas: objetos, figuras geométricas e até palavras, em diferentes planos e com muitas cores. Que objetos e palavras são essas? Que cores e figuras ele utiliza? O que nos transmitem? O grande desafio desta atividade é questionar não só o que vemos na obra, mas também o que dizemos sobre ela e o que nos faz sentir.

 

Com o início de um novo ano letivo agendado para breve, o Museu Nacional Soares dos Reis pretende continuar a posicionar-se como parceiro estratégico da comunidade educativa, proporcionando oportunidades de envolvimento e reflexão sobre temas diversos relacionados, não só com o património, mas também com assuntos prementes da atualidade. O Programa para a Comunidade Educativa 2024/2025 já se encontra disponível e pode ser consultado aqui.

Evocação dos 95 Anos do Autorretrato de José Tagarro

3 de Setembro, 2024

Datado de 1929, neste duplo autorretrato, o artista pinta-se no próprio ato da representação. Jogo de tempos contrários premeditadamente concretizado entre os dois universos em que se moveu o artista — o do desenho e o da pintura — com reforço evidente do primeiro, uma vez que o retrato pintado é aqui o momento de passagem e o desenho, apurado no rigor e na síntese, a obra final.

 

Esta é uma obra singular que José Tagarro realizou no final da vida e foi, aliás, prematuramente interrompida. É considerada das mais reveladoras do entendimento que o artista teve da sua própria produção e percurso.

 

Natural do Cartaxo, José Tagarro (1902 – 1931) foi um desenhador, gravador e pintor da segunda geração modernista, tendo frequentado, entre 1920 e 1927, a Escola de Belas-Artes de Lisboa, enquanto discípulo de Columbano e Carlos Reis. Prosseguiu a sua formação em Paris (em 1929).

 

Apreciado como um dos mais marcantes autorretratos da arte portuguesa, esta obra desperta atenção e curiosidade nos visitantes do Museu Nacional Soares dos Reis, onde se encontra exposta.

Recorde-se que, em outubro do ano passado, uma delegação do Met Museum – The Metropolitan Museum of Art, de Nova Iorque (na qual se integravam também alumni das Universidades de Harvard e de Chicago), visitou o Museu Nacional Soares dos Reis, com o propósito específico de apreciar o Autorretrato de José Tagarro, numa sessão conduzida por Rika Burnham, Coordenadora do Serviço de Educação do Met Museum.

Visita MET Museum

Visita Orientada ‘A simbologia na pintura de Quinhentos’

3 de Setembro, 2024

Sábado, 7 setembro, 11H00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Liliana Aguiar
Mínimo de 4 pessoas e máximo de 20 pessoas

 

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de setembro, decorre no próximo sábado, dia 7, pelas 11 horas, uma visita orientada sobre ‘A simbologia na pintura de Quinhentos’.

 

A pintura de Quinhentos, no caso da esfera pública, é de carácter essencialmente religioso e de incidência predominantemente retabular e hagiográfica.

 

Estas representações pictóricas tinham essencialmente a função de ilustração e de adoração, desenvolvendo no espectador o carácter de devoção, subterfúgio de um propósito maior, a instrução do espectador.

 

São, por isso, imagens plenas de simbologia. Neste percurso serão (re)visitadas quatro obras da primeira metade do século XVI para se abordar a questão da simbologia associada.

Faça parte dos Amigos do Museu

Beneficie de vantagens exclusivas. Saiba mais aqui.

Diretor do MNSR será orador do Fórum ‘Cultura e Criatividade’

2 de Setembro, 2024

O Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte, será um dos oradores do Fórum “Cultura e Criatividade: participação, empoderamento e desenvolvimento comunitário”, a realizar nos dias 17 e 18 outubro, no Porto.

 

A iniciativa é promovida pelo Pporto.pt e a VERde NOVO, com o apoio do MMIPO, no auditório D. Pedro IV.

Destinado aos agentes do setor cultural, criativo, social, turístico e público em geral, o evento assume como principais objetivos:

 

– Conhecer o estado da arte, refletindo sobre a importância do envolvimento e participação das Comunidades nos projetos culturais e criativos;

 

– Conhecer boas práticas de projetos que envolvem e estimulam a Comunidade nas suas múltiplas dimensões;

 

– Inspirar novas práticas e parcerias que promovam o desenvolvimento e a criatividade através de projetos que privilegiam a participação, o empoderamento e o desenvolvimento comunitário.

 

António Ponte, Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, vai participar no painel ‘Projetos Culturais e Criativos de base comunitária: a importância das parcerias e das redes colaborativas’, a decorrer no dia 17 outubro, às 15 horas.

 

Programa disponível aqui

Obra inédita em torno da vida e obra de Fernando Távora

2 de Setembro, 2024

=>  Créditos fotográficos @Fernando Noronha

O projeto de remodelação do Museu Nacional Soares dos Reis é tema de um dos capítulos da obra “A Urgência da Cidade: O Porto e 100 anos de Fernando Távora”, lançado pelo Museu e as Bibliotecas do Porto, uma obra inédita em torno da vida e obra de Fernando Távora.

 

O lançamento da obra marca o encerramento das comemorações do centenário do nascimento do arquiteto, mestre e fundador da chamada “Escola do Porto”, assinalado com o programa Távora 100 (entre agosto de 2023 e setembro de 2024), o qual contou com o apoio institucional do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Instalado num edifício do século XVIII, denominado de Palácio dos Carrancas, o Museu Nacional de Soares dos Reis foi objeto de uma profunda remodelação e ampliação, segundo projeto do arquiteto Fernando Távora.

Fernando Távora iniciou os projetos e obras de remodelação em 1988, divididas em sete fases e contemplando cada uma diferentes alas do Museu: as salas de exposição permanente, o edifício da direção, o serviço educativo, a cafetaria, o Piso Nobre, as reservas, a ampliação para exposição temporária e auditório, e a cerca ajardinada no exterior.

 

Fernando Távora (nascido a 25 de Agosto de 1923) é autor de obras estruturantes do processo da arquitetura em Portugal, entre as quais se destacam a Unidade Residencial de Ramalde (1952-60), a casa de Ofir (1957-58), o Mercado de Vila da Feira (1954-59), o Parque Municipal da Quinta da Conceição em Matosinhos, a escola do Cedro em V. N. de Gaia (1958-60), o Edifício Municipal, em Aveiro (1963-67), a Pousada do Convento de Sta. Marinha da Costa em Guimarães (1972-85) que recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura (1988), Anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (1993-2000), Ampliação da Assembleia da República, em Lisboa (1994-99).

 

Távora foi também distinguido com o Prémio de Arquitetura da Fundação Calouste Gulbenkian, o prémio “Europa Nostra” (pela casa da Rua Nova em Guimarães), prémio Turismo e Património 85 e com o prémio de carreira da 1.ª Bienal de Arquitetura e Engenharia IberoAmericana de Madrid, em 1998. Concederam-lhe a Ordem de Sant’Iago de Espada, a medalha de ouro da cidade do Porto, a medalha de ouro da cidade de Guimarães, a medalha de ouro da cidade de Viana do Castelo, a medalha de ouro da cidade de Matosinhos.

 

Fernando Luís Cardoso Meneses de Tavares e Távora (1923_2005) diplomou-se em arquitetura pela Escola de Belas-Artes do Porto em 1950. Tendo-se tornado assistente desta escola, em 1962 foi convidado para Professor após a prestação de provas para Professor Agregado da Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Foi presidente da Comissão Instaladora da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, da qual foi Professor Catedrático.

Programa para a Comunidade Educativa 2024/2025 já disponível

30 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acaba de disponibilizar o Programa para a Comunidade Educativa 2024/2025.

 

Com o início de um novo ano letivo agendado para breve, o Museu Nacional Soares dos Reis pretende continuar a posicionar-se como parceiro estratégico da comunidade educativa, proporcionando oportunidades de envolvimento e reflexão sobre temas diversos relacionados, não só com o património, mas também com assuntos prementes da atualidade.

Considerando que o museu do século XXI é um recurso poderoso no processo de ensino / aprendizagem; o Museu Nacional Soares dos Reis assume-se como um espaço inclusivo e participativo; um lugar de encontro, de envolvimento e de oportunidades e um palco de discussão e reflexão sobre patrimónios e temas difíceis e controversos da atualidade.

 

O Serviço de Educação do Museu Nacional Soares dos Reis pretende, assim, ser um lugar de valorização da pessoa, proporcionando espaços de mediação criadores de aprendizagens, vivências e memórias com uma programação direcionada a toda a comunidade educativa com o propósito de criar ambientes e espaços propícios a uma aprendizagem inspiradora.

 

Assim, o Programa para a Comunidade Educativa, a desenvolver entre outubro 2024 e junho 2025, pretende lançar bases para:

 

> Construir conhecimento e entendimento

> Adquirir competências

> Desenvolver atitudes e valores

> Manifestar ação, comportamento e desenvolvimento

> Sentir satisfação, inspiração e criatividade

 

A colaboração entre o Museu e a Comunidade Educativa é cada vez mais pertinente no processo de ensino e aprendizagem onde cada um, de forma individual e coletiva, tem um papel preponderante.

 

Consulte o programa proposto aqui.

 

Contactos

MUSEU NACIONAL SOARES DOS REIS
Rua de D. Manuel II nº 44
4050-522 Porto

 

Email: se.mnsr@museusemonumentos.pt

 

Telefone: 223393770 Ext 150

Mais de 3.300 visitantes usufruíram de entrada gratuita no MNSR

30 de Agosto, 2024
Visitantes no MNSR

Desde 1 de agosto, mais de 3.300 pessoas já usufruíram de entrada gratuita no Museu Nacional Soares dos Reis, recorrendo à utilização do Voucher 52, o novo modelo de entradas gratuitas nos museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado central.

 

Para garantir o acesso aos museus, monumentos e palácios, os visitantes (cidadãos nacionais ou residentes em Portugal) devem apresentar o cartão de cidadão nas bilheteiras para um registo, a fim de se poder contabilizar, numa base de dados central, o limite dos 52 dias.

 

No total dos equipamentos geridos pelo Estado, o novo modelo de entradas gratuitas nos museus, monumentos e palácios já foi usado por cerca de 130 mil pessoas.

 

Recorde-se que, no ano passado, de acordo com dados divulgados recentemente pela Museus e Monumentos de Portugal, EPE, os museus, monumentos e palácios receberam 5.157.360 visitantes.

Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia celebrado no MNSR

30 de Agosto, 2024

O Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia foi, ontem, assinalado no Museu Nacional Soares dos Reis, no âmbito da Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’.

 

Com a presença de vários convidados institucionais, a sessão foi presidida por Alina Ponomarenko, cônsul da Ucrânia no Porto, e contando com diversos momentos de poesia e música, interpretados por Sofia Couto, Svitlana Holomonova e Grupo Folclórico Ucraniano Shum.

 

O Dia em Memória dos Defensores que morreram na Luta pela Independência, Soberania e Integridade Territorial da Ucrânia é celebrado a 29 de agosto. Nesse dia, no ano de 2014, durante a guerra russo-ucraniana e a Operação Ilovaysk, ocorreu um avanço poderoso de tropas ucranianas saindo do cerco russo, demonstrando o heroísmo em massa de voluntários e soldados e provocando um número massivo de mortes.

Esses acontecimentos da guerra russo-ucraniana aconteceram no leste da Ucrânia, precisamente nos campos de girassóis já amadurecidos. E foi “entre esses girassóis que centenas de defensores da Ucrânia lutaram e colocaram as suas vidas no altar da liberdade e da independência de nosso país”. Por esse motivo, o girassol tornou-se símbolo do Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia.

 

Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’, patente no Museu Nacional Soares dos Reis, integra trabalhos fotográficos dos autores ucranianos Kostiantyn, Vlada Liberov e Yurko Dyachyshyn.

 

A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis, o Consulado da Ucrânia no Porto e a Associação dos Ucranianos em Portugal – Núcleo da Área Metropolitana do Porto, sendo o evento organizado em homenagem a todos os que morreram na luta pela independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia.

 

A exposição fotográfica dos trabalhos Konstianyn, Vlada Liberovi e Yurko Dyachyshyn – patente até 30 agosto – pretende mostrar o impacto da agressão militar russa na vida dos ucranianos e dos cidadãos da Europa de Leste.

 

Nenhum dos autores das obras expostas é fotógrafo de guerra, pelo que a exposição revela, igualmente, como a guerra mudou também a vida dos fotógrafos.

Visita Orientada pelas emoções ‘Do beijo à Saudade’

29 de Agosto, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

 

Valor
Gratuita

Cada vez mais os museus e as suas coleções são vistos como instrumentos poderosos para a saúde uma vez que potenciam diálogos, conexões e, consequentemente, estados emocionais favoráveis ao bem-estar.

 

Partindo da seleção de três obras presentes na exposição de longa duração, propõe-se um percurso de visita tendo como mote as emoções e os sentimentos gerados ou ativados em cada participante pelas obras exploradas.

 

A Visita Orientada ‘Do beijo à Saudade’ vai decorrer no dia 6 setembro, pelas 15 horas, estando a decorrer as inscrições.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis procura desenvolver a sua função de lugar de educação, mediante um programa articulado com as políticas públicas sectoriais respeitantes à família, à juventude, apoio às pessoas com deficiência, às instituições de ensino formal, turismo e combate à exclusão social.

 

O propósito é dar a conhecer o património presente nas suas coleções, permitindo que a comunidade o desfrute, mas também o compreenda, pelo envolvimento ativo – físico, intelectual e emocional -, construindo significados sobre as suas experiências.

 

Um programa que promova a função educativa no respeito pela diversidade cultural tendo em vista a educação ao longo da vida, a participação da comunidade, o aumento e a diversificação dos públicos.

 

Constituído por diferentes estratégias de educação e mediação, tais como visitas orientadas, oficinas, sessões comentadas, visitas comentadas, projetos de sensibilização ambiental e de mediação cultural, performances teatro, este programa fundamenta-se sempre nas coleções e procura explorar e desconstruir os conteúdos expostos visando a aproximação e a promoção do espaço museológico enquanto lugar de construção de conhecimento, de entendimento ou de simples fruição.

Museu Nacional Soares dos Reis acolhe exposição ‘Siza, Câmara Barroca’

28 de Agosto, 2024

A exposição “Siza, Câmara Barroca” inaugura no Museu Nacional Soares dos Reis, no próximo dia 12 setembro, pelas 18 horas, com entrada livre.

 

Patente ao público até 31 de dezembro, a exposição resulta do projeto “Siza Barroco” – classificado em primeiro lugar no concurso lançado em 2021 pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, para projetos de IC&DT no âmbito da Arquitetura de Álvaro Siza – e encerra a investigação desenvolvida ao longo dos últimos 3 anos no Centro de Estudos de Arquitectura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto (CEAU/FAUP).

“Siza, Câmara Barroca” é uma exposição que reúne 18 obras do Arquiteto Álvaro Siza Vieira, atravessando diferentes períodos do seu trabalho, estudado por uma equipa de investigadores, coordenada por José Miguel Rodrigues (Investigador Responsável do projeto “Siza Barroco” e atual diretor do Centro de Investigação) e Joana Couceiro (Investigadora integrada e corresponsável pelo projeto), ambos curadores da exposição com Constança Pupo Cardoso (Designer e curadora adjunta da exposição).

 

As obras de Álvaro Siza Vieira selecionadas para a referida mostra expõem a afinidade que, desde cedo, as composições do autor estabelecem com a “Ideia de Barroco”, incidindo em trabalhos iniciados nas décadas de 70 e 80, segundo os investigadores, as mais barrocas ideologicamente.

 

“O reconhecimento das nuances da vida humana na expressão artística e na construção arquitetónica de um território coletivo – onde há lugar para a repetição, o anonimato, o dia-a-dia comum, mas também para os lugares de exceção, únicos e irrepetíveis -, caracteriza a cidade Barroca que Siza perseguiu e que esta exposição dá a ver fora da esfera académica”, assinalam.

 

Em conexão com essa premissa “o Museu Nacional Soares dos Reis permite um enquadramento ao visitante, levando-o a percorrer as coleções do museu antes de entrar na câmara de ecos barrocos” dizem, destacando que a exposição “para além de desvelar alguns dos meandros da investigação a um público diverso, propõe uma interpretação retroativa da obra de Siza a partir de focos escolhidos”.

 

Arquitetura, pensamento e música cruzam-se no Museu Nacional Soares do Reis e na Igreja dos Clérigos

O programa paralelo à exposição, outra proposta do projeto, tem decorrido desde abril com conferências de Eduardo Souto de Moura, Angél Garcia-Posada, Juan José Lahuerta e Maria Filomena Molder, estando ainda agendado mais um ciclo de conferências e um colóquio com todos os investigadores.

 

Este segundo ato de conferências (com José Miguel Rodrigues e Joana Couceiro – “Siza e o Barroco”; Ana Tostões – “Siza e o Moderno”; e Jorge Figueira – “Siza e o Pós-moderno”) decorre no dia 28 de setembro, terminando com um debate com todos os convidados moderado por Sílvia Ramos, investigadora do projeto.

 

O colóquio “Betão, Branco, Dourado” será no dia 7 de dezembro e integra comunicações dos investigadores do projeto: Sílvia Ramos, Miguel Araújo, Mariana Sá, Ricardo Leitão, Inês Sanz Pinto, Mafalda Lucas, Graça Correia, Hélder Casal Ribeiro, João Pedro Serôdio, Luís Urbano, Marco Ginoulhiac, Nuno Brandão Costa, e dos convidados João Pedro Xavier e Susana Ventura.

 

O momento de encerramento vai ser assinalado no dia 14 de dezembro, com um concerto na Igreja dos Clérigos, onde o grupo vocal Olisipo interpretará Magnificat em talha dourada, uma composição de Eurico Carrapatoso, nosso contemporâneo (como Siza), e que (como Siza em relação à arquitetura) assume valorizar mais a tradição do que a originalidade na medida em que está, palavras do próprio, “mais preocupado em escrever música do que em escrever História”.

 

Sobre o projeto Siza Barroco

O projeto de investigação “Siza Barroco” é financiado no contexto do concurso para projetos no âmbito da Arquitetura de Álvaro Siza, lançado pela Fundação Para a Ciência e Tecnologia (SIZA/CPT/0021/2019), e pelo então Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Ministério da Cultura, e CEAU-FAUP.

 

Tem o apoio do Museu Nacional Soares dos Reis, da Fundação de Serralves, da Fundação Calouste Gulbenkian, do CCA – Canadian Centre for Architecture, da Drawing Matter, da Casa da Arquitectura, da Irmandade dos Clérigos e do Conservatório de Música do Porto.

 

Para além dos Investigadores Responsáveis José Miguel Rodrigues e Joana Couceiro, e da equipa de investigadores do CEAU-FAUP, o projeto conta com a participação de Ana Tostões (Professora Catedrática no IST) e Jorge Figueira (Professor Associado no Departamento de Arquitetura da Universidade de Coimbra)) e tem como consultores científicos Maria Filomena Molder (Professora Catedrática da FCSH da Universidade Nova de Lisboa e Investigadora do IfILNOVA), Juan José Lahuerta (Professor titular da ETSAB-UPC e director de la Càtedra Gaudí na mesma Universidade) e Juan Luis Trillo (antigo Professor Catedrático da ETSA de Sevilla).

Museu Nacional Soares dos Reis promove ‘Visita Incógnita’

27 de Agosto, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

 

Valor
Gratuita

O Museu Nacional Soares dos Reis promove mensalmente uma visita orientada, com tema incógnito. Os participantes são desafiados a explorar o Museu e as suas coleções, descobrindo outras narrativas e outros espaços. A próxima ‘Visita Incógnita’ está agendada para o dia 1 setembro, pelas 11 horas. Inscrições a decorrer.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis procura desenvolver a sua função de lugar de educação, mediante um programa articulado com as políticas públicas sectoriais respeitantes à família, à juventude, apoio às pessoas com deficiência, às instituições de ensino formal, turismo e combate à exclusão social.

 

O propósito é dar a conhecer o património presente nas suas coleções, permitindo que a comunidade o desfrute, mas também o compreenda, pelo envolvimento ativo – físico, intelectual e emocional -, construindo significados sobre as suas experiências.

 

Um programa que promova a função educativa no respeito pela diversidade cultural tendo em vista a educação ao longo da vida, a participação da comunidade, o aumento e a diversificação dos públicos.

 

Constituído por diferentes estratégias de educação e mediação, tais como visitas orientadas, oficinas, sessões comentadas, visitas comentadas, projetos de sensibilização ambiental e de mediação cultural, performances teatro, este programa fundamenta-se sempre nas coleções e procura explorar e desconstruir os conteúdos expostos visando a aproximação e a promoção do espaço museológico enquanto lugar de construção de conhecimento, de entendimento ou de simples fruição.

Desenho e Pintura na estreia da Academia de Inverno do MNSR

27 de Agosto, 2024

Partindo das coleções do Museu como fonte de inspiração e aprendizagem, a Academia de Inverno é a nova proposta do Museu Nacional Soares dos Reis. O objetivo é promover o ensino da arte académica a partir dos métodos clássicos utilizados no século XIX pelos artistas representados nas suas coleções.

 

De periodicidade anual, a Academia de Inverno vai decorrer de outubro a fevereiro, sendo que, nesta primeira edição, será lançado o curso de desenho e pintura. Este curso é estruturado em quatro módulos, visando a formação em técnicas tradicionais e rigorosas, semelhantes às que o próprio Soares dos Reis terá aprendido.

 

A formação será ministrada por Nelson Ferreira e Pedro Santos Silva, tendo como destinatários estudantes e público em geral. Cada participante poderá inscrever-se num ou mais módulos. No entanto, para a frequência dos módulos 2, 3 e 4 será necessário frequentar o módulo 1 ou possuir formação prévia no método bargue.

Módulo 1: Curso Bargue

 

Datas: 19 e 20; 26 e 27 de outubro 2024 (das 10h às 18h)

Duração: 28h

Este módulo introdutório é focado no estudo do desenho através do curso de Charles Bargue, uma das metodologias mais respeitadas no ensino de desenho académico. Os alunos serão guiados na prática de cópias de gravuras de Bargue, trabalhando na precisão do traço, proporções, e compreensão da forma.

Inscrições: 23 de setembro a 11 de outubro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Desenvolver habilidades de observação detalhada.

Aprender a reproduzir com precisão proporções e formas.

Introdução à técnica de chiaroscuro (claro-escuro).

 

 

Módulo 2: Curso Bargue, usando temperatura de cor (Método Trois Crayons)

 

Datas: 9 e 10; 16 e 17; 23 e 24 de novembro 2024 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Continuando a partir do Módulo 1, este módulo introduz o uso de temperatura de cor e a técnica “trois crayons”, que combina carvão, sanguínea e giz branco. Esta técnica, utilizada por mestres clássicos, permite uma representação mais rica e dinâmica das formas.

Inscrições: 14 a 31 de outubro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Aprofundar a compreensão da forma através da introdução da cor.

Aprender a técnica “trois crayons” e sua aplicação no desenho académico.

Explorar a representação de volumes e temperaturas de cor.

 

 

Módulo 3: Desenho a partir das Esculturas

 

Datas: 11 e 12; 18 e 19; 24 e 26 de janeiro 2025 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Neste módulo, os alunos trabalharão diretamente a partir das esculturas da coleção do Museu Nacional Soares dos Reis. Esta prática é essencial para o desenvolvimento de um olho treinado para a tridimensionalidade e proporções em obras de arte.

Inscrições: 16 a 30 de dezembro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Desenvolver a habilidade de captar a tridimensionalidade através do desenho.

Aplicar conhecimentos de proporção e composição ao desenhar esculturas.

Aprender técnicas de simplificação de formas complexas para desenho.

 

 

Módulo 4: Pintura a partir de Moldes de Gesso

 

Datas: 8 e 9; 15 e 16; 22 e 23 de fevereiro 2025 (das 10h às 18h)

Duração: 42h

Finalizando o curso, este módulo foca na pintura a partir de moldes de gesso, uma prática tradicional no ensino académico que permite a compreensão profunda da luz e da forma. Os alunos trabalharão na transição do desenho para a pintura, aprendendo a construir volumes através da aplicação de camadas de tinta.

Inscrições: 13 a 31 de janeiro (se.mnsr@museusemonumentos.pt)

Objetivos Específicos:

Aprender a transição do desenho para a pintura.

Compreender a aplicação da luz e sombra em pintura.

Desenvolver técnicas de pintura baseadas na observação de formas simples.

 

 

FORMADORES

 

Nelson Ferreira

Especializou-se em técnicas de antigos mestres europeus (métodos de pintura flamenga primitiva do século XV, assim como desenho e pintura académica do século XIX). Foi por duas vezes o artista convidado, pela National Portrait Gallery, para ensinar técnicas de desenho do Renascimento, durante a exposição de desenhos de Holbein e Leonardo.

Em Portugal, orientou cursos no Museu Nacional de Arte Antiga, Faculdade de Belas Artes de Lisboa, Universidade Autónoma de Lisboa, e Escola Utopia do Porto, entre outras instituições. É formador de artistas da Walt Disney, ensinando desenho e pintura às equipas ILM da América do Norte, Reino Unido e Singapura. É professor convidado da universidade estatal da Indonésia.

 

Pedro Santos Silva

Artista Plástico. Licenciado em Investigação Social Aplicada (2003) pela Universidade Moderna de Lisboa. Licenciado em Artes Plásticas – ramo de Pintura, pela Faculdade de Belas Artes do Porto (2014).

Doutorado pela Universidade de Vigo em Creación e Investigación en Arte Contemporáneo (2023).

Formador de Pintura e Desenho na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto desde 2017. Professor convidado do Departamento de Desenho na mesma instituição (2021-2022; 2023-2024).

Investigador no grupo Art and Critical Studies no Centro de Estudos Arnaldo Araújo. Diretor da Escola Utopia, Arte & Ideias desde 2020.

Inscrições: se.mnsr@museusemonumentos.pt

 

 

Preço Módulo 1
145 Euros para estudantes e membros do CDJF – Amigos do Museu

165 Euros para o público geral
Inclui todos os materiais

 

Preço Módulos 2, 3 e 4
195 Euros por módulo para estudantes e membros do CDJF – Amigos do Museu
245 Euros por módulo para o público geral
Inclui todos os materiais

MNSR na lista das sugestões de visita da Condé Nast Traveler

27 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis integra a lista das melhores sugestões de visita à cidade do Porto, publicada pela Condé Nast Traveler, uma premiada revista de viagens de luxo e estilo de vida publicada pela Condé Nast.

 

Num artigo assinado por Abigail Malbon e Mary Lussiana e divulgado este mês, a Condé Nast Traveler destaca que “À medida que o interesse em visitar o Porto cresce cada vez mais, os visitantes encontram ainda mais coisas para fazer na cidade. O que antes era visto por muitos como uma viagem curta está a tornar-se uma pausa mais longa, com exploração de outros locais fora do centro da cidade e em áreas vizinhas”.

Sobre o Museu Nacional Soares dos Reis, as autoras escrevem: “A arte, antiga e nova, é facilmente acessível no Porto. O Museu Nacional Soares dos Reis é um dos museus mais importantes de Portugal, instalado num dos palácios mais antigos do país. Reabriu em abril do ano passado, após vários anos de encerramento e remodelação, abrindo novamente as suas portas a uma excelente coleção de arte portuguesa com vários destaques do escultor do século XIX cujo nome o museu ostenta, António Soares dos Reis. Não perca a sua escultura, O Desterrado: esculpida em mármore de Carrara, é a prova que justifica o facto de, por vezes, ser apelidado como o ‘Miguel Ângelo’ de Portugal”.

 

Recorde-se que, em julho passado, o Museu Nacional Soares dos Reis recebeu o Prémio Travelers’ Choice 2024 do Tripadvisor, figurando assim entre os 10% das melhores atrações do mundo.

 

Os vencedores dos Travelers’ Choice, anteriormente designados Certificados de Excelência, atribuídos desde 2011, distribuem-se nas categorias de alojamento, restaurantes e atrações em todo o mundo que propiciaram continuamente a melhor experiência aos clientes/visitantes.

 

Recentemente distinguido com o Prémio Museu do Ano 2024, pela Associação Portuguesa de Museologia, o Museu Nacional Soares dos Reis totalizou, no primeiro ano após a reabertura, cerca de 86 mil visitantes (60% nacionais e 40% estrangeiros), promoveu oito exposições temporárias e realizou cerca de 700 atividades de mediação (visitas, oficinas, sessões comentadas, entre outras).

João Paulo Serafim em residência artística no MNSR

26 de Agosto, 2024

As questões da memória têm sido objeto de pesquisa de João Paulo Serafim. Desde 2005, tem vindo a desenvolver o projeto MIIAC-Museu Improvável Imagem e Arte Contemporânea, no qual – através da fotografia e da bibliografia – combina memórias pessoais e coletivas.

 

Ao longo de 2024, numa residência artística no Museu Nacional Soares dos Reis, João Paulo Serafim explora os temas basilares do seu trabalho num processo que intitulou de Memória Próxima.

 

O resultado dessa residência será apresentado no formato de exposição a partir do dia 21 de setembro, no Museu Nacional Soares dos Reis.

Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, Mário Martins

23 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta a exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete.

 

De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o ato de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspetos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.

24 agosto: Evocação da Revolução Liberal do Porto de 1820

22 de Agosto, 2024

A 24 de agosto de 1820 teve início o movimento do levante militar que haveria de dar origem à Revolução Liberal do Porto, a qual abriu uma nova era em Portugal.

 

Os locais, as histórias e os protagonistas da revolução liberal e da guerra civil estão em destaque numa rota que mostra o Porto como palco de confrontos entre Liberais e Absolutistas, as fações lideradas pelos príncipes irmãos, D. Pedro e D. Miguel.

 

Um dos pontos de visita obrigatória é o Museu Nacional Soares dos Reis.

O confronto entre ideais, no início do século XIX, marcou fortemente o Porto. Desde a Revolução de 1820 até à vitória liberal na Guerra Civil de 1832-34, a cidade viveu intensamente o confronto entre estes dois mundos, duas formas de organização social, económica, religiosa e de mentalidades. Em 1829 os absolutistas no poder mandam enforcar em praça pública os homens que ficaram conhecidos como Os Mártires da Liberdade, exibindo as suas cabeças decepadas, como forma de aviso aos demais revoltosos.

 

Palco de confrontos entre as duas fações em luta – Liberais e Absolutistas –, lideradas pelos dois príncipes irmãos, D. Pedro e D. Miguel, o Porto sofreu um cerco de 13 meses (1832-33) que deixou marcas profundas na cidade e levou a um sofrimento atroz da sua população. Estas marcas perduraram na memória urbana, nas suas ruas e lugares, mas também na música, nas artes, na arquitetura.

 

A Rota Porto Liberal lança-lhe o desafio de descobrir os lugares associados a esse tempo de luta e o coração do Rei Soldado, também libertador do Brasil e seu primeiro imperador, enquanto país independente.

 

Um dos pontos de visita obrigatória é o Museu Nacional Soares dos Reis, cuja origem remonta ao Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na guerra civil.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis tem à sua guarda algumas peças (ver imagens) que constituíram a farda de Coronel de Caçadores nº 5, usada por D. Pedro de Alcântara, duque de Bragança, durante o Cerco do Porto: dolman, colete, boné, chapéu armado, espada, talabarte, boldrié (cinturão com talim para suspensão de espada) óculo, porta-mapas.

 

A primeira sala da nova exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, em rotatividade, os elementos dos uniformes utilizados por D. Pedro durante a guerra civil.

 

Recorde-se que a Rota Porto Liberal foi criada em 2017, agregando várias entidades: Câmara Municipal do Porto, Direção Regional de Cultura do Norte, Exército Português, Venerável Irmandade de Nª Sª da Lapa, Museu e Igreja da Misericórdia do Porto e Museu Nacional Soares dos Reis, na divulgação dos lugares associados a esse tempo de luta e ao contributo dado por D. Pedro IV, também libertador do Brasil e seu primeiro imperador, enquanto país independente.

 

Descubra a Rota aqui

Evento assinala o Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia

22 de Agosto, 2024

No âmbito da Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’, patente no Museu Nacional Soares dos Reis, com trabalhos fotográficos dos autores ucranianos Kostiantyn, Vlada Liberov e Yurko Dyachyshyn, decorre, no próximo dia 29 agosto, pelas 16h30, um evento que assinala o Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia.

 

A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis, o Consulado da Ucrânia no Porto e a Associação dos Ucranianos em Portugal – Núcleo da Área Metropolitana do Porto, sendo o evento organizado em homenagem a todos os que morreram na luta pela independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia.

Com a presença de vários convidados institucionais, a sessão será presidida por Alina Ponomarenko, cônsul da Ucrânia no Porto, e contará com diversos momentos de poesia e música, interpretados por Sofia Couto, Svitlana Holomonova e Grupo Folclórico Ucraniano Shum.

 

A exposição fotográfica dos trabalhos Konstianyn, Vlada Liberovi e Yurko Dyachyshyn – patente até 30 agosto – pretende mostrar o impacto da agressão militar russa na vida dos ucranianos e dos cidadãos da Europa de Leste.

 

Nenhum dos autores das obras expostas é fotógrafo de guerra, pelo que a exposição revela, igualmente, como a guerra mudou também a vida dos fotógrafos.

Livros, revistas e catálogos em promoção na Loja do MNSR

20 de Agosto, 2024

De 23 de agosto a 8 de setembro, o Museu Nacional Soares dos Reis realiza uma campanha de promoção, com descontos até 50% em vários livros, revistas e catálogos à venda na loja do Museu.

 

Abordando temáticas diversas relacionadas com a Arte e o Património, os títulos disponíveis podem ser adquiridos – a preços mais convidativos – durante o horário normal de funcionamento do Museu Nacional Soares dos Reis (de terça a domingo, das 10h00 às 18h00). Entrada livre.

Entre os vários títulos disponíveis, destacam-se:

 

  • AZUL E OURO

O catálogo resulta do levantamento extenso, realizado nas coleções públicas e privadas portuguesas, de objetos em esmalte produzidos nas oficinas de Limoges e de peças de ourivesaria com essa matéria com as mais variadas origens de fabrico. Traz, ainda, a público estudos desenvolvidos nos últimos anos e permite posicionar as peças pertencentes a coleções portuguesas num quadro patrimonial de abrangência europeia.

 

  • JULIO RESENDE. A PALAVRA E A MÃO

Catálogo da exposição que tem como fio condutor a relação do pintor com escritores como Vergílio Ferreira, Eugénio de Andrade, Mário Cláudio, Vasco Graça Moura, Fernando Namora ou Viale Moutinho, que abordaram o seu trabalho em diferentes momentos do seu longo itinerário artístico. Contempla outras dimensões da relação entre a palavra e a imagem, nomeadamente através das ilustrações literárias a que Júlio Resende se dedicou, da banda desenhada e do desenho humorístico, que desde cedo publicou na imprensa, e da produção de figurinos e cenários para textos dramáticos levados à cena pelo Teatro Experimental do Porto, pelo Teatro Experimental de Cascais e pela Seiva Trupe.
Pintura e desenho, estudos e projetos destinados a uma prática artística abrangente e de grande cunho experimental permitem observar Júlio Resende entre a imagem e o texto, na multiplicidade de discursos a que se soube adaptar e que sobre ele foram elaborados.

 

  • FÁBRICA DE LOIÇA DE MIRAGAIA

Catálogo da exposição dedicada à Fábrica de Louça de Miragaia, a qual teve a sua duração temporal desde 1775 até meados do século XIX. Este estudo permite conhecer o seu espaço, processos de fabrico e conspecto social, para além, de apresentar o “livro de receitas cerâmicas” da fábrica. O catálogo contém imagens de loiça decorativa e utilitária, com a respetiva descrição, dimensão, período de fabrico e marca.

 

  • JOÃO ALLEN. COLECIONAR O MUNDO

Catálogo da exposição sobre João Allen nos 170 anos da sua morte. Os comissários, Rui Morais e José Costa Reis, com a colaboração da família de João Allen e das outras instituições que detêm coleções que lhe pertenceram, Câmara Municipal do Porto e Misericórdia do Porto, partiram do estudo do passaporte da viagem a Itália que João Allen realizou em 1826/1827 e criaram uma exposição que traça o percurso dessa viagem e mostra a sua influência na abertura do museu deste colecionador na cidade do Porto, em 1837.

 

  • METAMORFOSES DA HUMANIDADE (BILINGUE), GRAÇA MORAIS

“Metamorfoses da Humanidade” é um catálogo bilingue da exposição que esteve patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, no Museu Nacional de Arte Contemporânea e no Museu Nacional Soares dos Reis. Trata-se de um conjunto de mais de oito dezenas de desenhos e pinturas sobre papel, todos de 2018, onde assistimos do lado de cá da tela a uma reflexão silenciosa sobre a natureza humana, em temas tão densos e pouco felizes como a guerra, a perda absoluta, a fome, a morte e o sofrimento. A esperança, essa, surge apenas como uma réstia, uma luz ao fundo de um túnel que parece não ter fim à vista.

Visita Orientada à Exposição CAC – 50 anos: A Democratização Vivida

12 de Agosto, 2024

Visita Orientada à Exposição ‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’, por Ana Mântua, está agendada para o próximo dia 22 agosto, pelas 15 horas.

 

Aberta à participação de todos os interessados, a visita é gratuita e está sujeita a inscrição prévia através do formulário disponível aqui.

‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’ é a mais recente exposição temporária, evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, o qual nasceu e permaneceu no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1976 e 1980, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

Durante este período foram promovidas cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostraram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea –  50 anos: A Democratização Vivida’ recria alguns dos seus momentos expositivos, trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra fica patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o mecenato do BPI e Fundação “la Caixa” e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

117º Aniversário de Nascimento do escritor Miguel Torga

12 de Agosto, 2024

Assinala-se, hoje, dia 12 agosto, o 117º Aniversário de Nascimento de Miguel Torga, autor de vasta e variada produção literária, largamente reconhecida.

 

No livro «Portugal», Miguel Torga escreve sobre a sua relação com a cidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis, onde atualmente se encontra representado na Exposição de Longa Duração.

“Eu gosto do Porto. Não do porto erudito do Sampaio Bruno ou do burguês e literário do Ramalho. Gosto de um Porto cá muito meu, de que vou dizer já, e amo-o de um amor platónico, avivado de ano a ano à passagem para a minha terra natal, quando o Menino Jesus acena lá das urgueiras.

 

Entro então nele a tiritar de frio, atravesso-o molhado de nevoeiro, arranjo quarto, e deito-me no aconchego dessa velha e casta paixão que nos une. No dia seguinte, pela manhã, levanto-me, compro um jornal, embarco, e a minha visita anual e discreta acabou.

 

De vez em quando perco a cabeça, estrago os horários e vou ao Museu Soares dos Reis ver o Pousão, passo pela igreja de S. Francisco, ou meto-me num eléctrico e dou a volta ao mundo, a descer à Foz pela Marginal e a subir pela Boavista (…)”. (Miguel Torga, Portugal, Porto pps. 39-40)

 

Adolfo Correia da Rocha nasceu em 1907, em S. Martinho de Anta, Sabrosa, onde concluiu, com distinção, os estudos primários.

 

Oriundo de uma família humilde de camponeses e sem grandes recursos económicos, trabalhou no Porto, passou pelo Seminário de Lamego e, ainda adolescente, emigrou para o Brasil. De regresso a Portugal, cursou Medicina em Coimbra, onde viveu e faleceu em 1995.

 

De personalidade veemente e intransigente, foi poeta presencista, numa primeira fase associado ao grupo da Presença que cedo abandonou.

 

Adotou o pseudónimo Miguel Torga, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica, Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno, e ainda à torga, planta brava da montanha com fortes raízes.

 

A sua extensa obra aborda, entre outros temas, o drama da criação poética, o desespero humanista, o sentimento telúrico, a problemática religiosa, o iberismo e o universal.

 

Defensor da liberdade e da justiça, teve obras censuradas, foi vítima de perseguição política e esteve preso, apesar de nunca ter aderido a qualquer partido político.

 

Laureado com numerosos prémios literários nacionais e internacionais, foi candidato a Prémio Nobel da Literatura.

Serviço Educativo promove oficina ‘Esta é a minha praia’

8 de Agosto, 2024

Oficina ‘Esta é a minha praia’

11 agosto, domingo, 10h30/12h30

 

Público-alvo | Famílias com crianças dos 5 aos 12 anos

 

Entrada | Gratuita

 

Inscrições se.mnsr@museusemonumentos.pt

Partindo das paisagens marinhas do naturalismo e de elementos característicos desta paisagem presentes na escultura O Desterrado, de autoria de António Soares dos Reis, nesta oficina para famílias propõe-se um exercício de modelação com argila e gessos criando-se objetos que poderão integrar essas paisagens.

 

Dinamizada pelo Serviço Educativo do Museu Nacional Soares dos Reis, a oficina ‘Esta é a minha praia’ será orientada por Jorge Coutinho.

 

Apaixonado pela arte e pela natureza, entusiasta da economia circular e da reciclagem, Jorge Coutinho assume-se como um ‘explorador autodidata’ que busca o conhecimento para transformar simples objetos do dia-a-dia em acessórios de joalharia, luminárias, cadernos, figurado em gesso, entre outros.

 

Colaborador de várias publicações e autor premiado em múltiplos concursos nacionais, Jorge Coutinho é ilustrador científico, fotógrafo de natureza e paisagem, dinamizador de oficinas e ateliers didáticos no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, onde trabalha há mais de 15 anos.

Visita «Uma casa incomum – a Casa-Museu Fernando de Castro»

7 de Agosto, 2024

Sábado, 10 agosto, 11H00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Ana Mântua
Mínimo de 5 pessoas e máximo de 12 pessoas

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de agosto, decorre no dia 10, pelas 11 horas, uma visita orientada à Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto.

 

O acervo da Casa-Museu Fernando de Castro é constituído por diferentes coleções reunidas ao longo de várias décadas. É composto, maioritariamente, por arte religiosa com representações eruditas e de cariz popular, pintura naturalista portuguesa e artes decorativas. Destaca-se, ainda, um interessante núcleo de caricaturas e alguns livros da autoria de Fernando de Castro, colecionador, artista e poeta.

 

Fernando de Castro (Sé, 23 nov. 1888 – Paranhos, 7 out. 1946) foi um colecionador e empresário portuense reconhecido pela sua veia poética manifesta em publicações, com gosto pela leitura e inclinação para o desenho tendo criado várias séries de caricaturas.

 

Fernando de Castro viveu na rua das Flores junto da loja do pai, cujo negócio prosperou em vidros, espelhos e papéis pintados. Entre 1893-1908, o empresário empenhou-se na construção de uma nova casa situada na rua de Costa Cabral.

 

Desde cedo, Fernando de Castro cresceu dentro de um imaginário pleno de figuras de estilo e de ícones, em particular no que diz respeito ao mobiliário e recheio da casa de Costa Cabral— património que conservou e respeitou após a morte do pai em 1918.

 

Na idade adulta, desenvolveu os seus interesses culturais num círculo de amigos ligados aos negócios e com um gosto particular pelas artes e letras. Terá sido após a morte da mãe em 1925 que Fernando de Castro fez novas aquisições de peças.

 

A Casa-Museu Fernando de Castro é administrada pelo Museu Nacional Soares dos Reis desde 1952. As visitas estão sujeitas a marcação prévia. Saiba mais aqui.

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175º Aniversário de Nascimento de Joaquim Vitorino Ribeiro

6 de Agosto, 2024

Joaquim Vitorino Ribeiro nasceu no Porto a 6 de agosto de 1849. Cursou a Academia Portuense de Belas-Artes, onde teve como professor João António Correia.

 

Em 1873 foi para Paris completar a sua educação artística, como pensionista particular e depois do Estado. Aí estudou com o célebre professor da Escola de Belas-Artes Alexandre Cabanel, tal como os seus conterrâneos Silva Porto, Henrique Pousão, Sousa Pinto.

 

Produzida em 1879, a obra “Mártir Cristão” de Joaquim Vitorino Ribeiro, que integra a exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis, foi exposta em 1880 no Salon (França), tendo sido referida pelo jornal “Le Figaro”.

Adquirida pouco depois para o Museu Municipal do Porto, O Mártir, estará presente desta vez em Madrid na Exposição de Bellas Artes de 1881.

 

No Porto, para além de expor nas Trienais da APBA (1869, 1874, 1881), tomou parte nas Exposições d’Arte de 1888, 1889, 1893 e 1894. As suas obras irão aparecendo regularmente nas mais conhecidas exposições realizadas nesta cidade em 1917, 1927, 1932, 1933, 1936.

 

Outra faceta da sua personalidade foi a de colecionador apaixonado, enchendo a sua casa de um numeroso e interessante núcleo de peças, tendo sido transformada na Casa-Museu Vitorino Ribeiro graças à doação que os seus filhos, o Dr. Pedro Vitorino e o Arquiteto Emanuel Ribeiro, fizeram à Câmara Municipal do Porto.

Casa da Família Vitorino Ribeiro @Arquivo Municipal do Porto

Casa da Família Vitorino Ribeiro @Arquivo Municipal do Porto

Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’

5 de Agosto, 2024

De 20 a 30 agosto, o Museu Nacional Soares dos Reis acolhe a exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’, com trabalhos fotográficos dos autores ucranianos Kostiantyn, Vlada Liberov e Yurko Dyachyshyn.

 

A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis, o Consulado da Ucrânia no Porto e a Associação dos Ucranianos em Portugal – Núcleo da Área Metropolitana do Porto, na sequência da recente visita ao MNSR da cônsul da Ucrânia no Porto, Alina Ponomarenko.

 

A exposição fotográfica dos trabalhos Konstianyn, Vlada Liberovi e Yurko Dyachyshyn pretende mostrar o impacto da agressão militar russa na vida dos ucranianos e dos cidadãos da Europa de Leste.

As fotografias mostram a guerra da Rússia contra a Ucrânia, numa realidade sem adornos, enfeites ou encenações. Nenhum dos autores das obras expostas é fotógrafo de guerra, pelo que a exposição revela, igualmente, como a guerra mudou também a vida dos fotógrafos.

 

Retratados e autores das fotografias viram a escuridão mas viram também a verdadeira luz da coragem, do apoio mútuo e da resiliência. Ao observar os rostos das pessoas fotografadas é possível perceber o que significa viver no limite entre a luz e a escuridão.

 

 

SOBRE OS AUTORES

 

Kostiantyn e Vlada Liberov

Odesa, Ucrânia

 

Desde 2018, Kostiantyn e Vlada Liberov têm trabalhado no domínio da fotografia artística. Após a invasão Russa da Ucrânia em grande escala, passaram a fazer reportagens fotográficas: filmaram o rescaldo da guerra em Kharkiv, Sievierodonetsk, Lysychansk, Mykolaiv, Bucha, Irpin, Kherson e Bakhmut. Deslocaram-se várias vezes à linha da frente e fotografaram os soldados Ucranianos nas suas posições.

 

As fotografias foram publicadas em diversos meios, como The New York Times, Los Angeles Times, The Wall Street Journal, The Insider, The Independent. Uma das fotografias foi selecionada pela revista Time como uma das 100 melhores fotografias de 2022.

 

Em 2023, Kostiantyn Liberov recebeu a Ordem de Mérito «por significativos serviços no fortalecimento da soberania estatal ucraniana, coragem e dedicação demonstradas na defesa da soberania e integridade territorial da Ucrânia».

 

 

Yurko Dyachyshyn

Lviv, Ucrânia

 

Dedica-se à fotografia, à arte de rua e à instalação. Desde 2003, tem vindo a documentar a vida quotidiana das ruas de Lviv. Colabora ativamente com a Agence France-Presse / AFP.

 

As suas fotografias foram publicadas em inúmeras publicações internacionais, com destaque para o New York Times, CNN, The Guardian, The Telegraph, Der Spiegel, Die Weltwoche, La Repubblica, Metronews, De Standard, The Wall Street Journal, Washington Post, Feature Shoot.

 

Vencedor de concursos internacionais: Prémio Especial do Júri no «Humanity Photo Awards 2013» (Pequim, China), 1º lugar na categoria «Fotografia de Reportagem» no «ZESTAW 2011» (Świdnica, Polónia), Medalha de Ouro da FIAP, «31th Zagreb Salon» (Zagreb, Croácia), entre outros.

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