Este cofre, datável da segunda metade do século XVI, foi executado em placas de tartaruga translúcida retiradas do ventre da carapaça. As montagens em prata estão decoradas com motivos vegetais e animais. Na fechadura articula-se o característico ferrolho em forma de lagarto que, à luz da iconologia indiana, é interpretado como um símbolo do fogo e de imortalidade.
À semelhança de alguns dos cofres de tartaruga existentes em coleções portuguesas, não apresenta qualquer característica que aponte para uma função determinada. Sabe-se que alguns destes cofres foram usados em conventos e igrejas para conter relíquias, o que não impede que fosse outra a sua função inicial, porventura mais diversificada.