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Visita Comentada «Curadoria de Arte Bruta» com Antonia Gaeta

13 de Novembro, 2023

A exposição “Portreto de la Animo” e as atividades paralelas são o foco do programa «Arte & Saúde» em 2023, prosseguindo com oferta cultural orientada à minimização do impacto da doença mental.

 

Portreto de la Animo pode ser visitada de terça a domingo, das 10h00 às 18h00.

 

Inscrições on-line

A programação paralela da Exposição Portreto de la Animo Art Brut Etc. propõe, no dia 22 novembro, uma visita comentada por Antonia Gaeta, dedicada ao tema «Curadoria de Arte Bruta».

 

A visita irá construir-se em torno da palavra “Considerar”, e abordará aborda as obras em exposição através de observações interrogativas, perspetivas de análise etiológica, causas e efeitos. A visita desenvolve-se como um texto que se transforma em opinião e na qual a observação se entrelaça com o pensamento até chegar a um certo discernimento.

 

Antonia Gaeta é Licenciada em Conservação dos Bens Culturais pela Universidade de Bolonha. Mestre em Estudos Curatoriais pela FBAUL e Doutora em Arte Contemporânea pelo Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.

 

Desde 2003 desenvolve projetos de investigação, edição e exposição com diversas instituições artísticas em Portugal e no estrangeiro e tem textos publicados em catálogos de arte, revistas especializadas e programas de exposições.

 

Foi coordenadora executiva das representações portuguesas nas Bienais de Arte de Veneza (edições 2009 e 2011) e de São Paulo (edições 2008 e 2010) pela DGARTES. Em 2015 inicia a sua colaboração regular com a Coleção Treger Saint Silvestre em depósito no Centro de Arte Oliva. Em Outubro de 2019 abre em Lisboa o VERÃO, um espaço de experimentação no âmbito das artes visuais.

 

Curadora da exposição Ninguém. Só eu., uma mostra que resulta do projeto de residência e de apoio à criação artística coordenado por Antonia Gaeta em torno da exposição Jaime: “vi uma cadela minha com lobos”. Os artistas foram convidados a dialogar com a vida e obra de Jaime Fernandes, artista outsider de culto, mas cuja produção se manteve sobretudo conhecida através do filme Jaime (1974) de António Reis e não tanto pelo contacto direto com os desenhos.

 

Antonia Gaeta propôs uma reflexão sobre o imaginário do autor e das particularidades da sua biografia: Jaime Fernandes (1899-1969) foi diagnosticado com esquizofrenia e internado por mais de três décadas no Hospital Miguel Bombarda (Lisboa); o desenho e a escrita surgiram tardia e inesperadamente nos últimos anos da sua vida, no contexto da reclusão hospitalar.

 

Assim, as obras em Ninguém. Só Eu. tecem fios condutores relacionados com ideias sobre “experiência restrita”; “complementaridade entre experiência e descrição”; “imaginação e memória”, reconfigurando e materializando um mundo interior de leis subjetivas e poéticas.

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