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Conferência ‘Arte en la época del infierno’, por Juan José Lahuerta

15 de Maio, 2024

A conferência Arte en la época del infierno, por Juan José Lahuerta, acontece no âmbito do Programa Siza Baroque, no Museu Nacional Soares dos Reis, no próximo dia 18 maio, pelas 17 horas, com entrada livre.   

 

Conferência em Espanhol

Duração: 60 min.

Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis

Entrada gratuita, mediante inscrição AQUI

 

O programa Siza Baroque vai decorrer ao longo de todo o ano com a participação dos investigadores do projeto e dos respetivos consultores. Inclui ainda uma exposição no Museu Nacional Soares dos Reis e um concerto de encerramento, com uma composição ‘barroca-contemporânea’ (como a obra de Siza), na Igreja dos Clérigos.

Tendemos a pensar, de acordo com o princípio consolidado de causalidade, que os acontecimentos do passado influenciam o presente, o que, aplicado à História da Arte, apenas evidenciaria a autoridade que os mestres do passado exercem sobre os artistas posteriores.

 

Nesta conferência defenderemos que, pelo contrário, é o presente que influencia o passado, agindo retroactivamente sobre ele. Tentaremos, portanto, revelar esta interessada retrocatividade da arte e da arquitectura, particularmente da arte e da arquitectura “modernas”, que, para afirmar – precisamente – a sua paradoxal modernidade, invocaram todo o tipo de origens memoráveis e construíram todo o tipo de genealogias. Origens tão prestigiadas quanto incertas – tão aparentemente nobres quanto convenientemente imaginárias – suspensas num Tempo sem tempo e numa História sem história. A “teoria da suspeita” será o nosso princípio. E a afirmação de Benjamin da modernidade como “a época do inferno”, o nosso lema.

 

Biografia

Juan José Lahuerta é professor de História da Arte na Escola Técnica Superior de Arquitectura de Barcelona. Foi docente em universidades como o IUAV de Veneza e a Universidade de Nova Iorque, entre outras. Foi curador do Museu Picasso de Barcelona e chefe de colecções do Museu Nacional de Arte da Catalunha. Entre os seus últimos livros podem mencionar-se: Religious Painting. Picasso and Max Von Moos (2015); Marginalia. Aby Warburg, Carl Einstein (2015); Photography or Life: Popular Mies (2015); On Loos, Ornament, and Crime (2015); Antoni Gaudí. Fuego y cenizas (2016) e Arte en la época del infierno (2022). Foi comissário de exposições como Picasso. Románico (MNAC, Barcelona, em colaboração com o Musée Picasso, Paris, 2015); Gaudí (MNAC, Barcelona e Musée d’Orsay, Paris, 2022) e Julio González. Ser Artista (IVAM, Valência, 2023). É membro do conselho científico da Casabella (Milão) e director fundador da editora Mudito & Co (Barcelona, Nova Iorque, Veneza).

 

Projecto de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico no âmbito da Arquitetura de Álvaro Siza Vieira FCT: SIZA/CPT/0021/2019

 

Financiado por:

FCT, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Ministério da Cultura; FAUP; CEAU.

 

Apoiado por:

Museu Nacional Soares dos Reis; Fundação de Serralves; Fundação Calouste Gulbenkian; CCA; Drawing Matter; Casa da Arquitectura; Fundação Marques da Silva, Irmandade dos Clérigos e Conservatório de Música do Porto.

Relação dos artistas portugueses e espanhóis do Naturalismo

14 de Maio, 2024

As possíveis semelhanças entre os artistas portugueses e espanhóis do Naturalismo serão tema de destaque de uma conversa a realizar no Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), na próxima quinta-feira, dia 16 maio, pelas 18 horas.

 

Moderada por António Ponte, Diretor do MNSR, a conversa contará com as participações de Jorge A. Soler Dias, Diretor do Museo de Bellas Artes Gravina, de Alicante, María José Gadea Capó e María Gazabat Barbado, Curadoras do respetivo museu, e Ana Paula Machado, Gestora da Coleção de Pintura do Museu Nacional Soares dos Reis.

A conversa trará a público possíveis similaridades entre os artistas portugueses e os artistas espanhóis do Naturalismo, versando sobre as coleções de cada um dos museus representados.

 

Contando com o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR, a iniciativa está integrada no programa de celebração do Dia Internacional dos Museus e resulta da estratégia de internacionalização do Museu Nacional Soares dos Reis, dando sequência ao contacto iniciado no ano transato, visando a circulação de bens culturais e exposições entre as instituições museológicas do Porto e Alicante.

 

A participação na iniciativa é gratuita, sujeita a inscrição prévia através do email comunicacao@mnsr.dgpc.pt

Exposição «A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia» na RTP

14 de Maio, 2024

«A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia», exposição temporária do Museu Nacional Soares dos Reis, esteve em destaque no programa Portugal em Direto, da RTP 1.

 

Comissariada por José da Costa Reis, a mostra estará patente ao público até ao dia 23 de junho, promovendo a relação da coleção de cerâmica com outras coleções de artes decorativas do Museu, anteriores ao moderno conceito de design, valorizando a sua contextualização e interpretação com aproximações à história e às artes plásticas europeias, nomeadamente Pintura, Desenho e Gravura.

A partir da década de 1940, quando o Museu Nacional Soares dos Reis foi transferido para o Palácio dos Carrancas, a cerâmica ganhou grande destaque no âmbito da exposição permanente. O então diretor do Museu, Vasco Valente (1883-1950), era um apaixonado investigador e publicista sobre o tema e curiosamente tetraneto do italiano Jerónimo Rossi, fundador da Fábrica de Santo António de Vale de Piedade. Vasco Valente foi responsável pela valorização desta arte decorativa em termos da sua presença expositiva e pelo avanço do seu conhecimento, nomeadamente dos espólios que pertenceram aos extintos Museu Municipal do Porto e Museu Industrial e Comercial do Porto, aprofundando, com rigor, estudos iniciados por reputados investigadores como Joaquim de Vasconcelos, Pedro Vitorino, Rocha Peixoto, Luís Oliveira, José Queiroz, Moreira Cabral, etc.

 

Mais tarde, as conservadoras da coleção Teresa Viana e Margarida Rebelo Correia organizaram exposições de grande qualidade, hoje de referência incontornável, estabelecendo trabalhos conjuntos com arqueólogos e outros especialistas e conservadores de coleções nacionais e internacionais de cerâmica. Destacam-se os seus valiosos contributos na organização da vasta coleção na nova (2001) e qualificada reserva, a digitalização dos inventários e nas reclassificações de muitas das faianças provenientes das fábricas do Porto e de Vila Nova de Gaia, em particular de Massarelos e de Miragaia.

 

O comissário da exposição explicou, no momento da sua inauguração, que a atual mostra pretende motivar os visitantes a percorrer ou a rever a atual exposição de longa duração (ELD) do Museu Nacional Soares dos Reis, indo ao encontro de um entendimento mais alargado destas temáticas, enriquecendo a sua cultura e sensibilidade, assim como a sua relação intelectual e afetiva com o Museu.

 

A exposição «A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia» conta com o apoio mecenático da AOF-Augusto Oliveira Ferreira e Lusitânia Seguros, bem como o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

125º Aniversário de Nascimento da pintora modernista Sarah Affonso

13 de Maio, 2024

Sarah Affonso nasceu a 13 maio de 1899, em Lisboa, cidade onde faleceu a 14 dezembro de 1983. Estudou pintura na Academia de Belas-Artes em Lisboa, tendo sido aluna de Columbano Bordalo Pinheiro. Antes de prosseguir estudos em Paris faz a sua primeira exposição na Sociedade de Belas Artes.

 

Sarah Affonso foi também ilustradora de livros para crianças, sendo de sua autoria os desenhos de “A Menina do Mar” de Sophia de Mello Breyner Andresen.

 

A infância passada no Minho, mais concretamente em Viana do Castelo, deixaria marcas na sua obra, em aspetos folclóricos, ligados a festividades religiosas e populares, motivos decorativos, um colorido vivo e um certo caráter ingénuo.

 

Em 1934 casa com o pintor José de Almada Negreiros, abandonando progressivamente uma intensa e aplaudida atividade artística. Em 1944 é-lhe atribuído o Prémio Souza-Cardoso, no âmbito do IX Salão de Arte Moderna, organizado pelo Secretariado de Propaganda Nacional.

No dia do 125º Aniversário do seu nascimento, revisitamos a obra de Sarah Affonso com Ana Paula Machado, Gestora de Coleção de Pintura do Museu Nacional Soares dos Reis.

Entre setembro de 2019 e março de 2020, o Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado promoveu a exposição “Sarah Affonso. Os dias das pequenas coisas”, na qual o Museu Nacional Soares dos Reis colaborou através do empréstimo da obra ‘Mãe e Filha’, óleo sobre tela datado de 1939, pertencente ao acervo do MNSR e integrado na exposição de longa duração do Museu Soares dos Reis.

Vieira Portuense: o mais viajado dos artistas portugueses do seu tempo

13 de Maio, 2024

Francisco Vieira nasceu no Porto a 13 maio de 1765 e faleceu a 12 maio de 1805, vítima de tuberculose, um dia antes de completar 40 anos de idade.

 

A aprendizagem no ensino oficial iniciou-se em 1787, quando a 15 de Fevereiro se inscreveu como aluno extraordinário na recém-criada Aula Régia de Desenho, em Lisboa. Dois anos mais tarde prosseguiu os estudos em Roma, financiado pela família e pela Feitoria Inglesa ou, muito provavelmente, pela Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro.

 

Entre Junho de 1793 e 1796 passou uma temporada em Parma para pintar e estudar a obra de Antonio da Corregio (c. 1489-1534). Durante este período, travou amizade com o impressor Giambattista Bodoni (1740-1813) e com o gravador de Bolonha, Francesco Rosaspina (1762-1841), com quem veio a trocar abundante correspondência. Foi de igual modo nesta época que conheceu o pintor Thomson, seu futuro companheiro de viagem a Nápoles.

 

Viajou pelos arredores de Parma, Cremona, Colorno e Piacenza, onde o poeta Giampaolo Maggi lhe dedicou um livro. Visitou os centros culturais e artísticos de Itália, da Alemanha e de Inglaterra, que marcaram profundamente o seu trabalho.

 

Francisco Vieira fixou-se em Londres a partir de 1789, onde conheceu o famoso pintor Joshua Reynolds (1723-1792) e o gravador Francesco Bartolozzi (1725-1815). Durante a sua estadia em Londres participou nas edições de 1798 e 1799 da Exposição da Royal Academy of Arts, recebeu a encomenda de pinturas para a nova igreja da Venerável Ordem Terceira de S. Francisco do Porto e apresentou a Bodoni o projeto da publicação de uma obra sobre Camões.

 

Em 1800, depois do seu regresso a Portugal, foi contratado pela Junta da Administração da Companhia Geral de Agricultura e das Vinhas do Alto Douro como professor da Aula de Desenho da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto.

Entre 1801 e 1802 trabalhou em Lisboa nas ilustrações de uma edição de “Os Lusíadas”, promovida por D. Rodrigo de Sousa Coutinho (1801-1802). A 1 de Julho de 1803, Francisco Vieira foi nomeado diretor da Academia Real de Marinha e Comércio da Cidade do Porto.

 

Vieira Portuense, como ficou conhecido Francisco Vieira para se distinguir de Vieira Lusitano, foi o mais viajado dos artistas portugueses do seu tempo, estudando na Europa onde conviveu com obras de grandes mestres e com os mais relevantes artistas e mecenas. Homem culto e poliglota, Francisco Vieira regressou ao país para partilhar com Domingos Sequeira, o estatuto de pintor do regente D. João VI.

 

Encontra-se representado na exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis, de onde destacamos a Fuga de Margarida de Anjou (na imagem), pintada por Francisco Vieira Portuense no período em que viveu em Londres. Foi apresentada na exposição da Royal Academy of Arts em 1798 e é inspirada na História de Inglaterra de David Hume, publicada entre 1754 e 1762.

 

O episódio retratado ocorreu durante a Guerra das Duas Rosas (1455 – 1485) que opôs as famílias de Lancaster e York na disputa pelo trono de Inglaterra. A cena representa um momento da fuga da rainha Margarida de Anjou com o filho Eduardo para a Escócia. Este é talvez o momento mais emotivo de todo o enredo, reforçado aqui pelo posicionamento das figuras à mercê de uma paisagem monumental.

 

 

Fonte bibliográfica

‘Descida da Cruz’, de Domingos Sequeira, no MNSR a partir de junho

10 de Maio, 2024

A partir de 1 junho, a ‘Descida da Cruz’, de Domingos Sequeira, integrará a exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis, num depósito com duração inicial de três anos, renovável mediante acordo entre as partes.

 

No dia 18 de maio, Dia Internacional dos Museus, a pintura estará exposta no Mosteiro de Leça do Balio, localidade onde se situa a sede da Fundação Livraria Lello, entidade privada que adquiriu a obra.

 

A exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis tem já patentes quatro óleos e um conjunto significativo de desenhos de Domingos Sequeira, pelo que a ‘Descida da Cruz’ ficará exposta na mesma sala, enriquecendo o acervo disponível. De resto, serão igualmente expostos desenhos preparatórios da obra, pertencentes ao acervo do MNSR, alimentando um “diálogo” entre a coleção do museu e este valioso novo depósito.

Recorde-se que a compra da pintura ocorreu no passado dia 10 de março, no âmbito da feira de arte e antiguidades TEFAF de Maastricht, em estreita articulação com a Museus e Monumentos de Portugal, entidade com a qual a Fundação Livraria Lello firmou um compromisso para a fruição pública da obra.

 

‘Descida da cruz’, pintura sacra datada de 1827, faz parte de um grupo de quatro pinturas tardias de Domingos Sequeira, executadas em Roma, onde o artista morreu em 1837.

 

Domingos Sequeira é considerado como o mais talentoso e original pintor português do seu tempo, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da arte portuguesa de início do século XIX.

 

Filho de um barqueiro e nascido no seio de uma família pobre, em 1768, Domingos Sequeira foi educado na Casa Pia, onde frequentou o curso de Desenho e Figura.

 

Com bolsa real concedida por D. Maria l, recebe aulas de pintura e desenho de Antonio Cavallucci, em Roma. De regresso a Lisboa é nomeado, pelo futuro rei D. João VI,  pintor da corte e corresponsável da empreitada de pintura do Palácio da Ajuda. Foi ainda professor de Desenho e Pintura da Família Real e, em 1806, dirigiu a aula da Academia de Marinha, Porto.

 

No contexto das invasões francesas, Domingos Sequeira estabeleceu amizades com oficiais do exército napoleónico, como o Conde de Forbin, oficial e pintor amador. Esta aproximação valeu-lhe a encomenda de uma representação alegórica da ação protetora do general Junot sobre Lisboa. O óleo sobre tela Junot protegendo a cidade de Lisboa, data de 1808 e integra o acervo do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Graças a essa atividade, Sequeira foi visto como colaborador do inimigo ocupante e por isso alvo de perseguições e processos condenatórios de que só a muito custo se reabilitou. Os últimos anos da sua vida são passados em Roma, onde se dedica sobretudo à pintura religiosa.

Quatro dias de festa para celebrar o Dia Internacional dos Museus

9 de Maio, 2024

De 16 a 19 maio, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) promove um programa de atividades diversas para assinalar o Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus, celebrados a 18 maio.

 

O Dia Internacional dos Museus é celebrado em todo o mundo, com o objetivo de sensibilizar para o papel dos Museus na aproximação de culturas. Para o ano de 2024 foi escolhido o tema “Museus, Educação e Investigação”, pretendendo-se realçar a importância dos museus como instituições educativas dinâmicas que promovem a aprendizagem, a descoberta e a compreensão cultural.

Entre conversas, visitas, oficinas e sessões comentadas, do programa proposto pelo Museu Nacional Soares dos Reis destaca-se o Encontro “Comunicar a Investigação no Museu”, no qual será dada divulgada a investigação recentemente realizada no MNSR e que resulta da cooperação com instituições de ensino superior ou da inserção de investigadores em programas de âmbito nacional. O encontro será um momento de comunicação pública de processos e de resultados alcançados por estudantes, investigadores e estagiários, que fizeram do Museu Nacional Soares dos Reis o foco da sua prática científica nos dois últimos anos letivos.

 

O programa abre no dia 16 maio, pelas 18 horas, com uma conversa moderada por António Ponte, Diretor do MNSR, e que irá juntar Jorge A. Soler Dias, Diretor do Museo de Bellas Artes de Alicante, María José Gadea Capó e María Gazabat Barbado, Curadoras do respetivo museu, e Ana Paula Machado, Gestora da Coleção de Pintura do Museu Nacional Soares dos Reis. Versando sobre as coleções de cada um dos museus representados, a conversa trará a público possíveis similaridades entre os artistas portugueses e os artistas espanhóis do Naturalismo.

 

O Dia Internacional dos Museus, 18 maio, será assinalado com entrada gratuita e prolongamento de horário, o que permitirá celebrar, em simultâneo, a Noite Europeia dos Museus.

 

Criada em 2005 pelo Ministério da Cultura de França, na Noite Europeia dos Museus são organizadas múltiplas atividades que convidam os visitantes a usufruírem de uma experiência cultural diferente, em período noturno. No Museu Nacional Soares dos Reis, a abertura extraordinária ao público até às 23 horas possibilitará dar a conhecer o Museu e as suas coleções através de uma oficina preparada especialmente para as famílias.

 

Na Casa-Museu Fernando de Castro serão realizadas visitas noturnas com lanternas, numa iniciativa que irá proporcionar uma insólita experiência sensorial, num ambiente cenográfico excessivo e surpreendente.

 

Os membros do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis beneficiarão de uma visita orientada, agendada para o dia 18 maio, pelas 11 horas, que pretende dar a conhecer alguns aspetos da história do Ensino Artístico a partir das coleções do Museu, identificando as várias gerações de artistas. A visita está integrada no calendário regular de atividades dirigidas exclusivamente aos Amigos do MNSR, sendo este um dos muitos benefícios da adesão ao Círculo Dr. José de Figueiredo que, atualmente, tem em curso uma muito bem-sucedida campanha de angariação de novos associados.

Dia Internacional dos Museus e Noite Europeia dos Museus

18 de maio das 10h00 às 23h00 | Entrada gratuita

 

Todas as atividades estão sujeitas a inscrição prévia através do email comunicacao@mnsr.dgpc.pt

MNSR acolhe atividade da Semana da Museologia da FLUP

9 de Maio, 2024

No âmbito da Semana da Museologia, promovida pela FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto, o Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, no próximo dia 14 maio, pelas 10 horas, uma sessão com os estagiários Alberto Chillón e Beatriz Figueirinha que darão a conhecer os seus trabalhos.

 

A primeira edição da Semana de Museologia decorre de 13 a 18 de maio, fruto do trabalho e organização dos alunos de primeiro ano do Mestrado em Museologia da FLUP, em parceria com o CITCEM. Todas as atividades foram construídas no âmbito do tema proposto pelo ICOM para assinalar o Dia Internacional dos Museus 2024: “Museus, Educação e Investigação”, pelo que se pretende proporcionar experiências enriquecedoras a toda a comunidade estudantil e outros públicos, sendo esta uma oportunidade para adquirir e partilhar conhecimentos.

 

Entre conferências, encontros, visitas e exposições, o programa conta com a participação de várias profissionais do Museu Nacional Soares dos Reis, nomeadamente Liliana Aguiar, Maria Lobato Guimarães e Susana Medina.

 

O Dia Internacional dos Museus é celebrado em todo o mundo a 18 de maio, com o objetivo de sensibilizar para o papel dos Museus na aproximação de culturas. Para o ano de 2024 foi escolhido o tema “Museus, Educação e Investigação”, pretendendo-se realçar a importância dos museus como instituições educativas dinâmicas que promovem a aprendizagem, a descoberta e a compreensão cultural.

 

Durante o ano 2023, no Museu Nacional Soares dos Reis foi prestado apoio científico a cerca de duas dezenas de estudantes e investigadores que se debruçaram sobre a história do MNSR e respetivo acervo.

Henrique Moreira: Aniversário de Nascimento do ‘escultor do Porto’

9 de Maio, 2024

Natural de Avintes, Vila Nova de Gaia, Henrique Araújo Moreira nasceu a 9 maio de 1890.

 

Em 1905, com 15 anos de idade ingressou na Academia Portuense de Belas Artes, onde foi discípulo de José de Brito, António Teixeira Lopes, Sousa Pinto e Marques da Silva, e condiscípulo dos escultores Diogo de Macedo, António de Azevedo, Zeferino Couto, Sousa Caldas, Manuel Martins e Azulina Gouveia, dos pintores Joaquim Lopes, Heitor Cramez e Armando Basto e ainda dos arquitetos Manuel e Francisco Marques.

 

Após a conclusão da licenciatura passou a trabalhar no atelier do Mestre Teixeira Lopes, vindo, poucos anos depois, a seguir um caminho autónomo, tendo dedicado toda a sua vida profissional à produção escultórica.

São inúmeras as obras de autoria de Henrique Moreira espalhadas por todo o País, mas a parte mais substancial foi produzida para a cidade do Porto, sendo por isso justamente considerado “o escultor do Porto”.

 

Citem-se, a título de exemplo, o busto de Camilo Castelo Branco, na Avenida Camilo; A Juventude popularmente conhecida como a Menina da Avenida e Os Meninos, na Avenida dos Aliados, O Salva-vidas ou Lobo-do-mar e o monumento de homenagem a Raul Brandão na Foz do Douro, a estátua do Padre Américo no Jardim da República ou o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular na Rotunda da Boavista.

 

A sua obra, figurativa, academista e centrada na representação de figuras ilustres e populares, granjeou-lhe vários galardões e honrarias, tais como: a Medalha de ouro na Exposição Ibero-americana de Sevilha de 1929, vários prémios na Sociedade Nacional de Belas Artes (1916, 1917 e 1935), o Prémio Soares dos Reis, em 1963, a Medalha de Ouro da cidade do Porto e a Medalha de Honra da Vila de Avintes.

 

Henrique Moreira morreu no Porto em 16 fevereiro de 1979, sendo sepultado no Cemitério de Agramonte.

 

Encontra-se representado no acervo do Museu Nacional Soares dos Reis e da Casa-Museu Fernando de Castro, de onde destacamos o conjunto escultórico em barro policromado ‘Cantar ao Desafio’ (na imagem), peça de grande vivacidade cromática.

 

 

Fonte bibliográfica

MNSR recebeu a visita de Alina Ponomarenko, Cônsul da Ucrânia no Porto

8 de Maio, 2024

A Cônsul da Ucrânia no Porto, Alina Ponomarenko, visitou o Museu Nacional Soares dos Reis, para apresentação de cumprimentos e perspetivar possíveis mecanismos de apoio do MNSR à Ucrânia, nomeadamente no que respeita à proteção e divulgação do Património Cultural ucraniano.

 

Alina Ponomarenko foi recebida e acompanhada durante a sua visita pelo Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte.

Em junho, MNSR acolhe Vinho Verde Essência Festival

8 de Maio, 2024

O jardim do Museu Nacional Soares dos Reis é o palco escolhido para a 3ª edição do Vinho Verde – Essência Festival (Art, Wine, Food, Music), a decorrer de 28 a 30 junho.

 

O Essência Festival vive os Vinhos Verdes entre gastronomia, música, concertos e arte, criando um ambiente único, num jardim emblemático do Porto, onde apaixonados por vinho, foodies, festivaleiros e curiosos se reúnem para celebrar.

 

Ao todo, mais de 30 produtores da Região Demarcada dos Vinhos Verdes vão apresentar a diversidade da oferta atualmente disponível, dos vinhos brancos leves e frescos aos mais complexos, gastronómicos e longevos, nativos de castas ímpares como Alvarinho, Loureiro ou Avesso, entre tantas outras. Haverá ainda rosés de prazer, tintos atlânticos e tintos de carácter, espumantes para brindar a todas as ocasiões.

Vários restaurantes e food trucks estarão em funcionamento contínuo no festival, proporcionando uma lista eclética de opções gastronómicas, das carnes na grelha aos sabores do mar, dos snacks salgados aos doces.

 

O cartaz diário de concertos já está definido. Na sexta-feira, o palco principal abre com os Bamba Social; sábado é tempo para ouvir a Joana Almeirante e dançar com os Insert Coin; a despedida, no domingo, faz-se ao som Tiago Nacarato e ao ritmo de Jéssica Pina.

 

Programa completo disponível para consulta.

 

Entrada pela Rua de Adolfo Casais Monteiro, 47

 

Horário

Sexta-feira | 17h00 – 00h00
Sábado | 12h00 – 00h00
Domingo | 12h00 – 22h00

Instalação sonora inspirada em peça do acervo do MNSR

7 de Maio, 2024

A instalação sonora ECO ( ) LAPSO, da autoria de Henrique Fernandes/ Sonoscopia, estabelece um diálogo entre a escultura em gesso L’ Echo! (1915), de Maria da Glória Ribeiro (Porto 1891-1989), obra do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), e uma composição musical produzida a partir de gravações sonoras e material de arquivo relacionados com o 25 de abril.

 

A presente obra explora o ECO em justaposição com o LAPSO, fenómenos de perceção auditiva e de comunicação. O sentido estético e sensorial da obra artística é elemento provocador de uma proposta de escuta individualizada do presente, a partir de uma relação de ressonância com o tempo-memória.

 

ECO ( ) LAPSO apresenta-se como uma instalação sonora site-specific, composta por um conjunto de caixas de transporte de obras de arte, dispostas no espaço expositivo e transformadas em elementos de difusão sonora.

Para além do material sonoro, proveniente de diversos registos áudio de abril de 1974, a Sonoscopia e um conjunto alargado de artistas realizaram, no passado dia 25 de abril, uma série de gravações de campo, em todo o território nacional, no sentido de elaborar um mapa sonoro, fazendo o contraponto temporal cinquenta anos depois.

 

ECO ( ) LAPSO surge de um convite do Museu Nacional Soares dos Reis à Sonoscopia, para a criação de uma exposição enquadrada no tema ‘Liberdade e Transgressões’, transversal a toda a programação do MNSR em 2024.

 

Henrique Fernandes é membro fundador da Sonoscopia, associação para a criação, produção e promoção de projetos artísticos e educativos, centrada nas áreas da música experimental, na pesquisa sonora e nos seus cruzamentos transdisciplinares.

 

Com curadoria de Rui Pinheiro, este projeto conta com o apoio mecenático do Millennium bcp e da Lusitânia Seguros.

 

Disponível de 11 maio (com abertura às 18h) a 28 julho

 

 

Programa paralelo

27 junho (quinta-feira), 18h00
Encontro com artistas do projeto ECO ( ) LAPSO

 

27 julho (sábado), 18h00
Concerto/Performance com artistas do projeto ECO ( ) LAPSO

A mais importante doação particular da história do MNSR

6 de Maio, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acaba de receber a doação da valiosa coleção Cândida e Vasco Duarte Silva, que vem enriquecer de forma significativa o acervo de artes plásticas e artes decorativas da instituição.

 

No âmbito das doações particulares, esta doação é a mais importante de toda a história do museu e testemunha o reconhecimento, por parte dos colecionadores, da capacidade do Museu Nacional Soares dos Reis em conservar, estudar, divulgar e potenciar junto do público uma coleção reunida ao longo de décadas.

 

Entre outras tipologias de objetos, a coleção Cândida e Vasco Duarte Silva integra pintura e desenho de artistas portugueses dos séculos XIX e XX, faiança nacional dos séculos XVIII a XX (sobretudo produções do Porto e Caldas), porcelanas nacionais e europeias, ourivesaria portuguesa (Porto e Lisboa), escultura oriental, etc.

Refiram-se obras dos artistas Abel Salazar, Alvarez, Ana Jotta, Ana Vidigal, António Carneiro, António Palolo, Artur Loureiro, Ayres de Gouveia, Cargaleiro, Cruzeiro Seixas, Eduardo Luiz, Ernesto Condeixa, Francisco José de Resende, Fernanda Fragateiro, Francisco Smith, Jorge Queirós, Júlio, Júlio Resende, Mário Botas, Marques de Oliveira, Nikias Skapinakis, Paula Rego, Pedro Cabrita Reis, Pedro Portugal, Sá Nogueira, Sousa Pinto, etc.

 

São algumas centenas de objetos que agora foram incorporados no acervo deste Museu e que após um período de estudo e tratamento técnico estarão disponíveis na exposição de longa duração e em exposições temporárias de diversa ordem.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis está profundamente grato aos doadores, acreditando que este gesto de generosidade em prol da comunidade também poderá estimular outras doações de coleções privadas.

Coleção Cândida e Vasco Duarte Silva

Super Bock Group assume mecenato do projeto ‘Afinidades’

30 de Abril, 2024

O Super Bock Group apoia o ‘Afinidades’ projeto inédito desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, que visa a promoção e valorização da comunidade artística do icónico Quarteirão Bombarda, no Porto.

 

O Protocolo de Mecenato foi assinado, esta terça-feira, no MNSR, entre Rui Lopes Ferreira, CEO do Super Bock Group, e António Ponte, Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, na presença de Álvaro Sequeira Pinto, Presidente do Círculo Dr. José de Figueiredo-Amigos do MNSR, e de Tânia Santos, Presidente da Direção da Associação Bombarda – Quarteirão Criativo.

 

O projeto Afinidades terá a duração de cinco anos e ao longo deste ciclo, com edições temáticas anuais, serão organizadas exposições, workshops e conversas que exploram momentos de sintonia, empatia e semelhança entre a cultura da comunidade criativa do quarteirão Bombarda e a história e acervo do MNSR.

Na primeira edição, em 2024, sob o tema Joalharia Contemporânea e com curadoria de Inês Nunes, a comunidade artística é desafiada a desenvolver propostas criativas e inovadoras de joalharia contemporânea em estreita relação com obras selecionadas do acervo do MNSR. O resultado dessas participações será, posteriormente, apresentado numa exposição anual que demonstrará as afinidades entre a peça do Museu e as criações dos diversos artistas.

 

Rui Lopes Ferreira, CEO do Super Bock Group, refere que “o apoio à cultura e às artes é um forte compromisso do Super Bock Group, que assumimos há já muitos anos, certos da sua importância para o desenvolvimento de sociedades mais fortes e prósperas. Fazemo-lo privilegiando relações de proximidade que beneficiem as comunidades em que estamos inseridos, a qualidade dos próprios projetos e a credibilidade das instituições por eles responsáveis”.

 

Para António Ponte, Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, este projeto vem consolidar a ação estratégica de ativação da relação do Museu com os seus ‘Vizinhos’, fechando o perímetro de proximidade: “Depois das ações de parceria já realizadas com o Centro Hospitalar Universitário de Santo António (Hospital Santo António, Centro Materno Infantil do Norte Albino Aroso e Centro Integrado de Cirurgia de Ambulatório), bem como com o ICBAS – Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, o projeto ‘Afinidades’ permitirá reforçar a ligação ao Quarteirão Bombarda, dinamizando e estimulando a criatividade dos artistas ali instalados em torno das coleções que compõem o acervo do Museu Nacional Soares dos Reis”.

 

Até 20 de maio, está a decorrer o período de apresentação de candidaturas ao concurso ‘Afinidades’, as quais devem ser realizadas através de formulário próprio disponível na página do Concurso – Afinidades na Joalharia Contemporânea.

‘El proyecto continuo, fondos y figuras’, por Ángel García-Posada

30 de Abril, 2024

A conferência El proyecto continuo, fondos y figuras, por Ángel García-Posada, acontece no âmbito do Programa Siza Baroque, no Museu Nacional Soares dos Reis, no próximo dia 4 maio, pelas 16 horas, com entrada livre.   

 

Conferência em Espanhol

Duração: 60 min.

Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis

Entrada gratuita, mediante inscrição AQUI

 

Biografia Ángel García-Posada

Arquitecto pela Escuela Técnica Superior de Arquitectura de Sevilha (2001), e doutorado pela Universidade de Sevilha (2008). É professor catedrático do Departamento de Projectos Arquitectónicos da Universidade de Sevilha e director editorial das colecções da Fundação Arquia. Autor e editor de vários livros e inúmeros artigos em revistas de arquitetura e arte. Participou em diversos projectos de investigação sobre a relação entre a arquitectura e a paisagem, as transferências entre a arte e a arquitectura e a noção de tempo na arquitectura, na arte e no território. Desenvolve a sua actividade em arquitectura, ensino e investigação a partir de uma compreensão transversal da cultura e da continuidade entre projecto e investigação. Actualmente é co-director da XVI Bienal Espanhola de Arquitectura e Urbanismo.

 

O programa Siza Baroque vai decorrer ao longo de todo o ano com a participação dos investigadores do projeto e dos respetivos consultores. Inclui ainda uma exposição no Museu Nacional Soares dos Reis e um concerto de encerramento, com uma composição ‘barroca-contemporânea’ (como a obra de Siza), na Igreja dos Clérigos.

‘Para Álvaro Siza, a arquitectura é continuidade e transformação. A começar pelo pensamento e o olhar, pela matéria que vem do lápis, conjuga uma tentativa de compreender o nosso universo a partir de uma pequena ordem parcial, para o melhorar depois.

A ideia de projecto enquanto continuidade apela à compreensão de que o projecto está ligado a acontecimentos que ocorreram antes e que continuarão muito depois. O arquiteto desenha entre os tempos, funde os seus gestos com o ambiente, acomodando-os, aspirando sempre a que os seus projectos qualifiquem os lugares.

Esta continuidade entre o projecto e o lugar, que nasce no momento em que o desenho começa a decifrar as suas chaves, pode ser alargada à continuidade do próprio desenho, desde a primeira visita ao lugar até ao processo da obra, a este desenho contínuo e, em reciprocidade, à mão que se move como a terra gostaria de mover-se com os projectos. Numa reflexão escrita sobre Aalto, Siza indicou que devemos “incluir tudo no desenho”, “tomar tudo como um estímulo”, aludindo ao desejo de que tudo acabe por encontrar o seu lugar no projecto’.

 

“Siza e Picasso” @Fotografia de Fernando Guerra

 

 

Projecto de Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico no âmbito da Arquitetura de Álvaro Siza Vieira FCT: SIZA/CPT/0021/2019

 

Financiado por:

FCT, Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Ministério da Cultura; FAUP; CEAU.

 

Apoiado por:

Museu Nacional Soares dos Reis; Fundação de Serralves; Fundação Calouste Gulbenkian; CCA; Drawing Matter; Casa da Arquitectura; Fundação Marques da Silva, Irmandade dos Clérigos e Conservatório de Música do Porto.

‘Um Palácio onde não nos perdemos. A arquitetura e o gosto ao antigo’

29 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Inscrições
Formulário online (com 48 horas de antecedência)

 

Valor
8 Euros

Agendada para o próximo dia 3 maio, pelas 11 horas, nesta visita o participante é desafiado a explorar a arquitetura do edifício onde está instalado o Museu Nacional Soares dos Reis desde 1940.

 

Numa comparação feita com outros edifícios e outras funcionalidades, será possível compreender a planta do Palácio dos Carrancas.

 

A partir de uma dupla visão de fora para dentro e de dentro para fora, o visitante percorre múltiplos espaços e toma consciência das formas e módulos que estão na base do pensamento neoclássico.

 

O Palácio dos Carrancas foi mandado construir em 1795 pela família Morais e Castro, descendente de cristãos-novos, pertencente à burguesia portuense e que enriqueceu com a Fábrica de Tirador de Fio de Ouro e Prata aqui instalada. O edifício, com unidade fabril e residência, testemunhou e foi palco de acontecimentos sociais, militares e políticos ao longo do século XIX.

 

Marcadamente urbano e seguidor do estilo Neoclássico, que se instalava então no Porto, o Palácio teve um carater único em contexto de construção privada. Tudo aponta para a intervenção dos arquitetos municipais Joaquim da Costa Lima Sampaio e José Francisco de Paiva. A fachada, de grande clareza de desenho, dividia o edifício em dois corpos horizontais.

 

A distribuição seguia a hierarquia do antigo regime e os tratados de Arquitetura: andar nobre, pátio fechado com muro alteado, separação da manufatura e operários e a quinta recuada. O luxo afirmava-se nos espaços interiores, nomeadamente no andar nobre, permanecendo ainda dessa época a Sala de Jantar e a Sala da Música.

 

A grandiosidade do edifício associou-o ao cenário dos grandes acontecimentos político-militares da cidade. Por exemplo, durante a primeira invasão francesa, foi considerado um local estratégico e ocupado pelo marechal Soult. Pouco depois, estabelecia-se aqui o seu sucessor no comando militar da cidade, chefe do exército libertador, o general Arthur Wellesley.

Programa ‘Visita Guiada’ dedicado ao Museu Nacional Soares dos Reis

29 de Abril, 2024

O programa ‘Visita Guiada’, conduzido por Paula Moura Pinheiro e dedicado ao Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) será exibido, esta segunda-feira, pelas 22h50, na RTP2.

 

Ao longo da última década, o programa ‘Visita Guiada’ já esteve por diversas ocasiões no Museu Nacional Soares dos Reis, mas regressa agora na nova temporada, dando a conhecer todos os pormenores que conduziram à reformulação da Exposição de Longa Duração, através da conversa com António Ponte, Diretor do MNSR.

 

Com um percurso de quase 200 anos, aquele que é o primeiro museu público de arte do país apresenta um renovado olhar sobre as suas coleções, valorizando sempre o património cultural que integra e honrando a história de que é herdeiro.

169º Aniversário de Nascimento do pintor José Malhoa

28 de Abril, 2024
José Malhoa

Natural das Caldas da Rainha, José Malhoa nasceu a 28 abril de 1855 e faleceu em Figueiró dos Vinhos, a 26 outubro de 1933.

 

Foi pioneiro do Naturalismo em Portugal, tendo integrado o Grupo do Leão. Destacou-se também por ser um dos pintores portugueses que mais se aproximou da corrente artística Impressionista.

 

Frequentou a Academia de Belas Artes de Lisboa, entre 1867 e 1875. Foi aluno de outros pintores e escultores de renome nacional como Miguel Ângelo Lupi (1826-1883), Vítor Bastos (1832-1894), Tomás da Anunciação (1818-1879) ou José Simões de Almeida (1844-1926).

 

José Malhoa dividiu a sua vida entre Lisboa e Figueiró dos Vinhos, onde se situava a sua residência, mais conhecida como o Casulo de Malhoa.

 

Preterido por duas vezes na Bolsa de Estado para Paris abandona temporariamente a pintura até que, em 1881, a exposição do quadro “A Seara Invadida em Madrid” lhe granjeou apreço crítico.

 

Sendo um dos fundadores do Grupo do Leão, ligou-se ao movimento Naturalista gerado então em redor de Silva Porto. Foi expositor da Sociedade Promotora de Belas-Artes (1880, 1884, 1887), do Grupo do Leão (1881 a 1889), do Grémio Artístico (1891 a 1899) e, desde 1901, foi presença regular nos salões da Sociedade Nacional de Belas-Artes (SNBA).

 

Recebeu a Medalha de Honra (1903) e várias Primeiras Medalhas da SNBA e foi eleito seu Presidente em 1918.

 

Imagem: Auto-retrato de José Malhoa (1928) @Museu José Malhoa

Nos 50 Anos do 25 de abril recordamos o ‘Enterro do Museu’

25 de Abril, 2024

Nos 50 Anos do 25 de abril, celebramos a Liberdade e a Democracia e lembramos o evento que ficou conhecido como o ‘Enterro do Museu’. Ocorrido a 10 junho de 1974, o protesto de artistas realizado à porta do Museu viria a dar origem à criação do Centro de Arte Contemporânea (CAC 1976-1980).

 

A partir do próximo mês de junho, no Museu Nacional Soares dos Reis, a Exposição ‘Democratização Vivida’ permitirá recordar este e outros registos históricos do CAC, embrião do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves.

 

Em 1975, assistimos à primeira manifestação da vontade de criação do Centro de Arte Contemporânea, através da exposição ‘Levantamento da Arte do Século XX no Porto’, cuja realização no Museu Nacional Soares dos Reis evidencia o estabelecimento de uma parceria entre o Museu e o grupo de intelectuais e artistas que reivindicavam a criação de um espaço institucional portuense dedicado à apresentação de arte contemporânea.

Nesse grupo incluía-se o crítico de arte Fernando Pernes e a conservadora Etheline Rosas que, a partir de 1976, dirigiram as atividades do CAC.

 

Em 4 anos foram realizadas várias atividades culturais e apresentadas cerca de 100 exposições, entre as quais importantes exposições retrospetivas de artistas como António Pedro, Júlio dos Reis Pereira, Augusto Gomes, Júlio Resende, Alberto Carneiro e Ângelo de Sousa.

 

 

Créditos fotográficos @Manuel Magalhães

Agostinho Salgado: Pintor naturalista e conservador do MNSR

25 de Abril, 2024

Natural de Leça da Palmeira, Agostinho Salgado faleceu na sua terra natal a 25 abril de 1967. Diplomado pela Escola Superior de Belas Artes do Porto, foi professor do Ensino Técnico e conservador do Museu Nacional de Soares dos Reis, a partir da década de 40 até à sua morte. Dedicou-se sobretudo à consolidação e restauro da coleção de pintura do Museu.

 

Foi aluno de António Carneiro, José de Brito, Acácio Lino e Joaquim Lopes. Iniciou a sua atividade artística como pintor de azulejos na Fábrica de Cerâmica do Carvalhinho em 1932.

 

A obra de Agostinho Salgado é de cariz naturalista e tem como temas predominantes a paisagem e o retrato. Foram as paisagens rurais, quer dos arredores do Porto, quer de Braga, onde passava algumas temporadas, que mais o inspiraram e nos retratos, quase todos por encomenda, como os que realizou para a Universidade do Porto ou para a Biblioteca da Câmara Municipal de Matosinhos, procurou dar a conhecer o perfil psicológico dos retratados.

 

Não se integrando nas correntes modernas do seu tempo, a obra de Agostinho Salgado demonstra um perfeito domínio da técnica, onde revela grande qualidade. Entre as suas atividades é ainda de salientar a colaboração nas revistas “Museu”, “O Tripeiro” e “Lusíada”.

 

Embora a maior parte da sua obra pertença a coleções particulares, está representado em várias instituições como o Museu de Grão Vasco, em Viseu, o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, a Câmara Municipal de Matosinhos e o Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Imagem: Óleo sobre tela ‘Raparigas Minhotas’, de Agostinho Salgado, 1945 @Museu Nacional Soares dos Reis

180º Aniversário de Nascimento de José Simões de Almeida

24 de Abril, 2024

Nascido em Figueiró dos Vinhos, a 24 abril de 1844, José Simões de Almeida (tio) foi o primeiro bolseiro de Escultura da Academia de Belas-Artes de Lisboa a estudar no estrangeiro (António Soares dos Reis foi o primeiro da Academia do Porto).

 

Em 1855, com 11 anos de idade, Simões de Almeida iniciou-se como aprendiz na oficina de fundição de ferro do Arsenal da Marinha, onde o seu pai era chefe. Começou, assim, desde muito novo, a aprender os segredos das técnicas da fundição, das moldagens e das práticas oficinais, transitando depois para a secção de entalhador do mesmo Arsenal.

 

A revelação das aptidões do jovem aprendiz determinou que lhe fosse concedida licença para frequentar a cadeira de Desenho da Academia de Belas-Artes de Lisboa.

Em Paris, frequentou, até 1870, a Escola Imperial de Belas-Artes e as lições do professor François Jouffroy (1806-1882), considerado um escultor oficial. Em 1872, regressou a Portugal devido à Guerra Franco-Prussiana, depois de se ter alistado num batalhão de estudantes. De Lisboa segue diretamente para Roma, onde contatou com diferentes coleções de escultura, aí encontrando António Soares dos Reis.

 

O escultor gaiense é, de resto, o autor do Retrato de Simões de Almeida (na foto), pertencente ao acervo do Museu Nacional Soares dos Reis. A fundição em bronze deste medalhão foi realizada em 1940 pela Comissão Executiva dos Centenários, reproduzindo o modelo original em gesso, datado de 1884.

 

Simões de Almeida foi professor de Desenho e de Escultura na Escola de Belas-Artes de Lisboa durante 31 anos, onde formou várias gerações de artistas. Foi ainda diretor interino do Museu Nacional (antepassado do Museu Nacional de Arte Antiga) entre 9 março e 5 julho de 1905.

 

 

Fonte: PEREIRA, José Fernandes (dir.) – Dicionário de escultura portuguesa. Lisboa : Caminho, 2005.

MNSR acolhe Laboratório do Mestrado em Museologia da FLUP

23 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, durante esta terça-feira, o Laboratório ‘Educação, mediação e interpretação em museus’, realizado no âmbito do Mestrado em Museologia da FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Sob a temática geral ‘Micropedagogias’, o Laboratório é desenvolvido com a participação do Centro de Arte Moderna – Fundação Gulbenkian.

 

O Mestrado em Museologia da FLUP oferece um programa de ensino e investigação num ambiente cientificamente inclusivo e de índole interdisciplinar.

 

Suportando-se em competências digitais, transversais e transferíveis, aposta num equilíbrio entre a teoria, a sua aplicação prática e a experimentação inovadora, no sentido de gerar e enfrentar novos desafios e de resolver problemas, crítica e criativamente, para o desenvolvimento integrado dos museus.

É neste âmbito que o Museu Nacional Soares dos Reis se assume como parceiro da instituição de ensino superior, proporcionando uma experiência imersiva aos estudantes, em contexto real.

 

Recorde-se que, este ano, o Museu Nacional Soares dos Reis é, novamente, uma das entidades de acolhimento das unidades curriculares transversais “Cultura, Arte e Património”, dirigidas a todos os estudantes de 1.º e 2.º ciclo da Universidade do Porto.

Reunião com elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros

23 de Abril, 2024

Decorreu, esta manhã, mais uma reunião de trabalho com elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros, no âmbito da contínua revisão e atualização do Plano de Segurança do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

A realização destas reuniões permite criar novas sinergias e cooperações mais estreitas entre o Museu Nacional Soares dos Reis – enquanto instituição que gere bens culturais – e os diferentes serviços que integram a Proteção Civil, tendo em vista uma gestão mais eficaz em situações de crise, com controlo e redução de perdas e danos.

 

Recorde-se que, em dezembro último, foi já realizado um simulacro de incêndio no Museu Nacional Soares dos Reis, o qual contou com o envolvimento e participação da Proteção Civil Municipal, Polícia de Segurança Pública, Regimento de Sapadores Bombeiros e empresa responsável pela realização do simulacro.

O objetivo do exercício visou a melhoria da capacidade de resposta da equipa do Museu a um eventual caso de incêndio nas instalações do Palácio dos Carrancas, garantindo não só a evacuação de pessoas, mas também a salvaguarda das obras que integram o acervo museológico (Simulacro de Intervenção e Evacuação de Bens Culturais).

O pintor Joaquim Lopes e a amizade com Raquel Soares dos Reis

23 de Abril, 2024

Nascido em Vila Nova de Gaia, a 23 de abril de 1886, Joaquim Lopes era amigo de Raquel Soares dos Reis, nascida nesse mesmo mês e ano (a 20 abril de 1886).

 

Raquel Engrácia de Macedo Soares dos Reis era filha de António Soares dos Reis e Amélia Aguiar de Macedo. Tinha apenas três anos quando o pai faleceu. O seu irmão mais novo, Fernando de Macedo Soares dos Reis, morreu muito jovem com apenas vinte e sete anos de idade, vítima de pleurisia.

 

Após a morte do pai, Raquel Soares dos Reis foi com a mãe e o irmão morar com os avós maternos durante cerca de 4 a 5 anos, até regressarem à casa-oficina, em Vila Nova de Gaia. Nunca casou, tendo acompanhado sempre a mãe.

 

Ao longo da sua vida, Raquel moveu esforços para ver recuperada a casa-oficina que o pai criou e onde a família viveu durante muitos anos, sendo apoiada nessa vontade pelo pintor Joaquim Lopes que, enquanto professor da Escola de Belas Artes do Porto, integrou uma comissão composta pelos professores Marques da Silva, Joaquim Lopes e Acácio Lino, que “levaram à Câmara o seu apoio de artistas e a promessa de colaborar no projeto de aquisição e reconstrução da casa-oficina em que a Câmara de Gaia se havia mostrado também empenhada”.

 

Em 1939, Raquel Soares dos Reis foi retratada por Joaquim Lopes, num óleo sobre tela que integra o acervo do Museu Nacional Soares dos Reis (ver imagem ao lado).

Joaquim Lopes matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto, em 1906, tendo como mestres José de Brito, em Desenho, e Marques de Oliveira, em Pintura. Este último teve grande influência na sua formação e a amizade e admiração que nutria pelo mestre estão bem patentes na obra que, mais tarde, escreveu sobre ele.

 

No Porto, Joaquim Lopes fez parte da Sociedade de Belas Artes do Porto, apresentando-se nas suas exposições desde 1918 e participando na tentativa de renovação levada a cabo por vários artistas.

 

Na sua vasta obra tocou vários géneros, como a paisagem, que constituiu motivo frequente da sua pintura, dando-lhe um colorido e vigor caraterísticos. Foi também autor de vários retratos, como o de Raquel Soares dos Reis; de cenas da vida quotidiana do povo; e de pintura histórica, de que é exemplo o painel Justiça de D. Pedro I.

 

Para além do Museu Nacional Soares dos Reis, a obra de Joaquim Lopes (na imagem retratado por Heitor Cramez) encontra-se espalhada por vários museus e instituições públicas, de que são exemplo o Museu do Chiado, em Lisboa, o Museu de Grão Vasco, em Viseu, ou o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, e ainda em coleções particulares.

Joaquim Lopes por Heitor Cramez

‘O imaginário rural na pintura e literatura portuguesas no século XIX’

22 de Abril, 2024

Sábado, 27 abril, 11h00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Liliana Aguiar e Ana Magalhães
Mínimo de 5 pessoas e máximo de 20 pessoas

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de abril, decorre no próximo sábado, dia 27, pelas 11 horas, uma visita orientada sobre ‘O imaginário rural na pintura e literatura portuguesas no século XIX’.

 

A paisagem nacional portuguesa desenvolveu-se dentro da pintura de costumes e da literatura do romantismo, alcançando a sua máxima expressão com Silva Porto, Almeida Garrett e, posteriormente, com José Malhoa.

 

Dos costumes rurais de Roquemont, passando pelo pitoresco de Silva Porto e Ramalho Ortigão e culminando no portuguesismo de José Malhoa, o percurso da visita remete para a pintura e literatura que, na transição para o século XX, consagrou a designada pax rústica.

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Pelo 2º ano consecutivo, Jardins do MNSR recebem Porto Beer Fest

22 de Abril, 2024

De 12 a 16 junho, o Porto Beer Fest acontece no Museu Nacional Soares dos Reis, pelo segundo ano consecutivo.

 

Nesta oitava edição, o evento promete reunir mais de três centenas de marcas e “os melhores cervejeiros do mundo”, destaca a organização do festival da cerveja artesanal. O programa – a ser divulgado brevemente – inclui degustações, provas comentadas, aulas e oficinas, orientadas por especialistas na matéria.

 

A animação no recinto está garantida com performances, concertos e DJ sets.

 

Nos Jardins do Museu Nacional Soares dos Reis vão estar presentes vários profissionais e especialistas que, juntamente com os visitantes, vão celebrar a evolução na produção da cerveja artesanal.

Visita Orientada ‘Henrique Pousão. Do Porto à luz do Mediterrâneo’

19 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

 

Valor
8 Euros

Henrique Pousão desde cedo mostrou a sua aptidão para as artes, nomeadamente em retratos a lápis. A sua mudança para o norte, mais propriamente para Barcelos, aproximou-o ainda mais do percurso que viria a iniciar com a inscrição na Academia Portuense de Belas Artes em 1872.

 

Um percurso marcado por viagens que deixou impressas e por uma obra ímpar marcada pelo interesse absoluto dos valores da pintura em si e não dos temas ou da narrativa.

 

Na próxima sexta-feira, dia 26 abril, pelas 15 horas, o Museu Nacional Soares dos Reis promove uma visita orientada dedicada a Henrique Pousão. Um convite a uma viagem à vida e obra de um artista que se sagrou como pintor da primeira geração naturalista.

 

Henrique Pousão nasceu a 01 de janeiro de 1859, em Vila Viçosa, onde viria também a morrer, aos 25 anos.

 

Ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, tendo-se sagrado como pintor da primeira geração naturalista, e foi pensionista do Estado em França e Itália.

 

A sua obra está fortemente representada na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis, onde se encontram as obras “Casas Brancas de Capri”, “Senhora Vestida de Preto” e “Janelas das Persianas Azuis”, todas classificadas como tesouros nacionais.

 

A pintura de caminhos e ruas, pátios, casas, aspetos de Paris, testemunha o seu percurso criativo, que culmina nas estadias em Roma e Capri.

 

A sua obra, que revela o arrojo e o talento do jovem pintor e o seu interesse absoluto nos valores da pintura em si em detrimento dos temas ou da narrativa, foi entregue, após a sua morte prematura, à Academia Portuense de Belas Artes.

Círculo Dr. José de Figueiredo: Lançamento da nova Revista MVSEV

19 de Abril, 2024

Os Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis – Círculo Dr. José de Figueiredo promovem no próximo dia 23 de abril, pelas 18 horas, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, o lançamento de um novo número da Revista MVSEV.

 

A sessão contará com uma apresentação conduzida pelo Prof. Gonçalo Vasconcelos e Sousa, diretor da revista, focada no tema “Memórias iconográficas de dois vultos intelectuais da primeira metade do século XX: o republicano Prof. Duarte Leite Pereira da Silva e o monárquico Embaixador Alberto de Oliveira”.

 

Este número 26 da Revista MVSEV apresenta um conjunto de artigos sobre períodos históricos diferenciados, com principal ênfase nos séculos XIX e XX. Destacamos os artigos «Museu Nacional Soares dos Reis – 190 anos e o momento da renovação. A curadoria de uma exposição de longa duração como estratégia integral do Museu», de autoria do Diretor do MNSR, António Ponte, e «Um par de piveteiros da Fábrica de Miragaia. Nota sobre uma doação ao Museu Nacional Soares dos Reis», de autoria de José da Costa Reis, Gestor de Coleção do MNSR.

 

Com um total de 294 páginas, a revista inclui ainda artigos assinados por Luís Cabral, Mário Bruno Pastor, Maria de São José Pinto Leite e Joana Andresen Guedes, entre outros.

 

A revista tem distribuição gratuita para todos os membros dos Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis – Círculo Dr. José de Figueiredo.

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182º Aniversário de Nascimento de Antero de Quental

18 de Abril, 2024

Nascido a 18 abril de 1842, Antero de Quental tornou-se no símbolo de uma geração (a Geração de 70), sendo referência obrigatória na poesia, no ensaio filosófico e literário, no jornalismo, mas também nas lutas pela liberdade de pensamento e pela justiça social, onde se afirmou como ideólogo destacado.

 

Encontra-se representado no acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, num desenho de autoria de António Carneiro, datado de 1913.

 

‘Oriundo de uma das mais antigas famílias de colonizadores micaelenses, alinhada nos setores liberais da sociedade, Antero continuou essa tradição, a exemplo do avô, André da Ponte de Quental, signatário da Constituição de 1822, e do pai, Fernando de Quental, um dos “7 500 bravos do Mindelo”.

 

Desembarcado em Lisboa aos 10 anos de idade, para estudar no colégio de António Feliciano de Castilho, veio a ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1859, tornando-se rapidamente no líder dos estudantes e seu porta-voz, sendo o autor de vários manifestos contra o conservadorismo intelectual e sócio-político do tempo. Para esse prestígio contribuíam os poemas e artigos de crítica literária e política que ia escrevendo para os jornais e revistas coimbrãs.

 

O período mais estimulante da sua vida pública foi o que culminou com a organização, junto com Batalha Reis, das Conferências do Casino, que se inauguraram em 22-V-1871, no Casino Lisbonense. A sua finalidade era a reflexão sobre as condições políticas, religiosas e económicas da sociedade portuguesa no contexto europeu’ (fonte).

O pintor António Carneiro é um dos nomes maiores da pintura e do desenho em Portugal, encontrando-se representado na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

No ano passado, por ocasião do seu 150º Aniversário de Nascimento, o Museu Nacional Soares dos Reis (em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto) dedicou-lhe uma exposição temporária.

 

Integrada no projeto colaborativo de itinerâncias Outros lugares, a exposição temporária Desenhos de António Carneiro para o Inferno de Dante esteve patente na Casa dos Livros, um espaço então recém-criado na cidade do Porto, e mais recentemente no Lionesa Business Hub.

 

Quarenta e dois desenhos de António Carneiro, que se encontram no Museu Nacional Soares dos Reis e revelam o melhor do seu talento de poeta visionário, foram produzidos para ilustrar o Inferno da Divina Comédia de Dante Alighieri.

 

Pintor, professor da Escola de Belas-Artes do Porto, diretor artístico da revista Águia, ligado ao movimento da Renascença Portuguesa, António Teixeira Carneiro foi uma notável figura da cultura nortenha. Nasceu em 1872, em Amarante, e veio a falecer em 1930, no Porto.

 

Foi discípulo de Soares dos Reis e de Marques de Oliveira na Academia Portuense de Belas-Artes.

 

 

Créditos Imagem: @Museu Nacional Soares dos Reis (433 Pin Dep/ MNSR)

Impacto do investimento na economia da cidade do Porto

18 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe esta quinta-feira, a partir das 10h00, a apresentação de um estudo do projeto Porto Leading Investors, que irá mostrar o impacto económico, social e ambiental do grupo de empresas e investidores que têm vindo a contribuir, de forma decisiva, para a economia da cidade do Porto.

 

A iniciativa é da Câmara Municipal do Porto e a abertura do evento estará a cargo do vereador do Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo do Porto, Ricardo Valente. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, encerrará a sessão.

O estudo será apresentado por Hermano Rodrigues, principal da EY – Parthenon, seguido de uma mesa redonda, onde participam o assessor do conselho de administração da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Pedro Sousa Rodrigues, do diretor-geral da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos), João Maia, e da diretora da UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto), Maria Moura Oliveira.

 

Criado pela InvestPorto, o Porto Leading Investors é um programa de gestão de projetos de investimento dedicado a investidores e empresas com elevado interesse estratégico e impacto para a economia do Porto.

 

Recorde-se que a estratégia de atração de investimento direto estrangeiro do Porto é reconhecida, há três anos consecutivos, pela revista fDi Intelligence, do Financial Times, que coloca o Município entre as principais Cidades e Regiões Europeias do Futuro.

 

Consulte o programa.

 

 

Créditos: Câmara Municipal do Porto

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