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Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973

16 de Setembro, 2024

Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, com os curadores Rui Pinheiro, Sérgio Correia e Mafalda Martins. Dia 18 setembro, às 15 horas. Inscrições a decorrer comunicacao.mnsr@museusemonumentos.pt

 

A visita vai apresentar questões relacionadas com a prática fotográfica, a abordagem dos arquivos, a instalação expositiva, a par de questões históricas e de enquadramento com a Guerra Colonial.

A exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, é uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de Junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete. De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis. Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o acto de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspectos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.

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