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Henrique Moreira: Aniversário de Nascimento do ‘escultor do Porto’

9 de Maio, 2024

Natural de Avintes, Vila Nova de Gaia, Henrique Araújo Moreira nasceu a 9 maio de 1890.

 

Em 1905, com 15 anos de idade ingressou na Academia Portuense de Belas Artes, onde foi discípulo de José de Brito, António Teixeira Lopes, Sousa Pinto e Marques da Silva, e condiscípulo dos escultores Diogo de Macedo, António de Azevedo, Zeferino Couto, Sousa Caldas, Manuel Martins e Azulina Gouveia, dos pintores Joaquim Lopes, Heitor Cramez e Armando Basto e ainda dos arquitetos Manuel e Francisco Marques.

 

Após a conclusão da licenciatura passou a trabalhar no atelier do Mestre Teixeira Lopes, vindo, poucos anos depois, a seguir um caminho autónomo, tendo dedicado toda a sua vida profissional à produção escultórica.

São inúmeras as obras de autoria de Henrique Moreira espalhadas por todo o País, mas a parte mais substancial foi produzida para a cidade do Porto, sendo por isso justamente considerado “o escultor do Porto”.

 

Citem-se, a título de exemplo, o busto de Camilo Castelo Branco, na Avenida Camilo; A Juventude popularmente conhecida como a Menina da Avenida e Os Meninos, na Avenida dos Aliados, O Salva-vidas ou Lobo-do-mar e o monumento de homenagem a Raul Brandão na Foz do Douro, a estátua do Padre Américo no Jardim da República ou o Monumento aos Heróis da Guerra Peninsular na Rotunda da Boavista.

 

A sua obra, figurativa, academista e centrada na representação de figuras ilustres e populares, granjeou-lhe vários galardões e honrarias, tais como: a Medalha de ouro na Exposição Ibero-americana de Sevilha de 1929, vários prémios na Sociedade Nacional de Belas Artes (1916, 1917 e 1935), o Prémio Soares dos Reis, em 1963, a Medalha de Ouro da cidade do Porto e a Medalha de Honra da Vila de Avintes.

 

Henrique Moreira morreu no Porto em 16 fevereiro de 1979, sendo sepultado no Cemitério de Agramonte.

 

Encontra-se representado no acervo do Museu Nacional Soares dos Reis e da Casa-Museu Fernando de Castro, de onde destacamos o conjunto escultórico em barro policromado ‘Cantar ao Desafio’ (na imagem), peça de grande vivacidade cromática.

 

 

Fonte bibliográfica

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