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Felicidade Ramos

MNSR acolhe Laboratório do Mestrado em Museologia da FLUP

23 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, durante esta terça-feira, o Laboratório ‘Educação, mediação e interpretação em museus’, realizado no âmbito do Mestrado em Museologia da FLUP – Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

Sob a temática geral ‘Micropedagogias’, o Laboratório é desenvolvido com a participação do Centro de Arte Moderna – Fundação Gulbenkian.

 

O Mestrado em Museologia da FLUP oferece um programa de ensino e investigação num ambiente cientificamente inclusivo e de índole interdisciplinar.

 

Suportando-se em competências digitais, transversais e transferíveis, aposta num equilíbrio entre a teoria, a sua aplicação prática e a experimentação inovadora, no sentido de gerar e enfrentar novos desafios e de resolver problemas, crítica e criativamente, para o desenvolvimento integrado dos museus.

É neste âmbito que o Museu Nacional Soares dos Reis se assume como parceiro da instituição de ensino superior, proporcionando uma experiência imersiva aos estudantes, em contexto real.

 

Recorde-se que, este ano, o Museu Nacional Soares dos Reis é, novamente, uma das entidades de acolhimento das unidades curriculares transversais “Cultura, Arte e Património”, dirigidas a todos os estudantes de 1.º e 2.º ciclo da Universidade do Porto.

Reunião com elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros

23 de Abril, 2024

Decorreu, esta manhã, mais uma reunião de trabalho com elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros, no âmbito da contínua revisão e atualização do Plano de Segurança do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

A realização destas reuniões permite criar novas sinergias e cooperações mais estreitas entre o Museu Nacional Soares dos Reis – enquanto instituição que gere bens culturais – e os diferentes serviços que integram a Proteção Civil, tendo em vista uma gestão mais eficaz em situações de crise, com controlo e redução de perdas e danos.

 

Recorde-se que, em dezembro último, foi já realizado um simulacro de incêndio no Museu Nacional Soares dos Reis, o qual contou com o envolvimento e participação da Proteção Civil Municipal, Polícia de Segurança Pública, Regimento de Sapadores Bombeiros e empresa responsável pela realização do simulacro.

O objetivo do exercício visou a melhoria da capacidade de resposta da equipa do Museu a um eventual caso de incêndio nas instalações do Palácio dos Carrancas, garantindo não só a evacuação de pessoas, mas também a salvaguarda das obras que integram o acervo museológico (Simulacro de Intervenção e Evacuação de Bens Culturais).

O pintor Joaquim Lopes e a amizade com Raquel Soares dos Reis

23 de Abril, 2024

Nascido em Vila Nova de Gaia, a 23 de abril de 1886, Joaquim Lopes era amigo de Raquel Soares dos Reis, nascida nesse mesmo mês e ano (a 20 abril de 1886).

 

Raquel Engrácia de Macedo Soares dos Reis era filha de António Soares dos Reis e Amélia Aguiar de Macedo. Tinha apenas três anos quando o pai faleceu. O seu irmão mais novo, Fernando de Macedo Soares dos Reis, morreu muito jovem com apenas vinte e sete anos de idade, vítima de pleurisia.

 

Após a morte do pai, Raquel Soares dos Reis foi com a mãe e o irmão morar com os avós maternos durante cerca de 4 a 5 anos, até regressarem à casa-oficina, em Vila Nova de Gaia. Nunca casou, tendo acompanhado sempre a mãe.

 

Ao longo da sua vida, Raquel moveu esforços para ver recuperada a casa-oficina que o pai criou e onde a família viveu durante muitos anos, sendo apoiada nessa vontade pelo pintor Joaquim Lopes que, enquanto professor da Escola de Belas Artes do Porto, integrou uma comissão composta pelos professores Marques da Silva, Joaquim Lopes e Acácio Lino, que “levaram à Câmara o seu apoio de artistas e a promessa de colaborar no projeto de aquisição e reconstrução da casa-oficina em que a Câmara de Gaia se havia mostrado também empenhada”.

 

Em 1939, Raquel Soares dos Reis foi retratada por Joaquim Lopes, num óleo sobre tela que integra o acervo do Museu Nacional Soares dos Reis (ver imagem ao lado).

Joaquim Lopes matriculou-se na Escola de Belas Artes do Porto, em 1906, tendo como mestres José de Brito, em Desenho, e Marques de Oliveira, em Pintura. Este último teve grande influência na sua formação e a amizade e admiração que nutria pelo mestre estão bem patentes na obra que, mais tarde, escreveu sobre ele.

 

No Porto, Joaquim Lopes fez parte da Sociedade de Belas Artes do Porto, apresentando-se nas suas exposições desde 1918 e participando na tentativa de renovação levada a cabo por vários artistas.

 

Na sua vasta obra tocou vários géneros, como a paisagem, que constituiu motivo frequente da sua pintura, dando-lhe um colorido e vigor caraterísticos. Foi também autor de vários retratos, como o de Raquel Soares dos Reis; de cenas da vida quotidiana do povo; e de pintura histórica, de que é exemplo o painel Justiça de D. Pedro I.

 

Para além do Museu Nacional Soares dos Reis, a obra de Joaquim Lopes (na imagem retratado por Heitor Cramez) encontra-se espalhada por vários museus e instituições públicas, de que são exemplo o Museu do Chiado, em Lisboa, o Museu de Grão Vasco, em Viseu, ou o Museu do Abade de Baçal, em Bragança, e ainda em coleções particulares.

Joaquim Lopes por Heitor Cramez

‘O imaginário rural na pintura e literatura portuguesas no século XIX’

22 de Abril, 2024

Sábado, 27 abril, 11h00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Liliana Aguiar e Ana Magalhães
Mínimo de 5 pessoas e máximo de 20 pessoas

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de abril, decorre no próximo sábado, dia 27, pelas 11 horas, uma visita orientada sobre ‘O imaginário rural na pintura e literatura portuguesas no século XIX’.

 

A paisagem nacional portuguesa desenvolveu-se dentro da pintura de costumes e da literatura do romantismo, alcançando a sua máxima expressão com Silva Porto, Almeida Garrett e, posteriormente, com José Malhoa.

 

Dos costumes rurais de Roquemont, passando pelo pitoresco de Silva Porto e Ramalho Ortigão e culminando no portuguesismo de José Malhoa, o percurso da visita remete para a pintura e literatura que, na transição para o século XX, consagrou a designada pax rústica.

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Pelo 2º ano consecutivo, Jardins do MNSR recebem Porto Beer Fest

22 de Abril, 2024

De 12 a 16 junho, o Porto Beer Fest acontece no Museu Nacional Soares dos Reis, pelo segundo ano consecutivo.

 

Nesta oitava edição, o evento promete reunir mais de três centenas de marcas e “os melhores cervejeiros do mundo”, destaca a organização do festival da cerveja artesanal. O programa – a ser divulgado brevemente – inclui degustações, provas comentadas, aulas e oficinas, orientadas por especialistas na matéria.

 

A animação no recinto está garantida com performances, concertos e DJ sets.

 

Nos Jardins do Museu Nacional Soares dos Reis vão estar presentes vários profissionais e especialistas que, juntamente com os visitantes, vão celebrar a evolução na produção da cerveja artesanal.

Visita Orientada ‘Henrique Pousão. Do Porto à luz do Mediterrâneo’

19 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

 

Valor
8 Euros

Henrique Pousão desde cedo mostrou a sua aptidão para as artes, nomeadamente em retratos a lápis. A sua mudança para o norte, mais propriamente para Barcelos, aproximou-o ainda mais do percurso que viria a iniciar com a inscrição na Academia Portuense de Belas Artes em 1872.

 

Um percurso marcado por viagens que deixou impressas e por uma obra ímpar marcada pelo interesse absoluto dos valores da pintura em si e não dos temas ou da narrativa.

 

Na próxima sexta-feira, dia 26 abril, pelas 15 horas, o Museu Nacional Soares dos Reis promove uma visita orientada dedicada a Henrique Pousão. Um convite a uma viagem à vida e obra de um artista que se sagrou como pintor da primeira geração naturalista.

 

Henrique Pousão nasceu a 01 de janeiro de 1859, em Vila Viçosa, onde viria também a morrer, aos 25 anos.

 

Ingressou na Academia Portuense de Belas-Artes, tendo-se sagrado como pintor da primeira geração naturalista, e foi pensionista do Estado em França e Itália.

 

A sua obra está fortemente representada na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis, onde se encontram as obras “Casas Brancas de Capri”, “Senhora Vestida de Preto” e “Janelas das Persianas Azuis”, todas classificadas como tesouros nacionais.

 

A pintura de caminhos e ruas, pátios, casas, aspetos de Paris, testemunha o seu percurso criativo, que culmina nas estadias em Roma e Capri.

 

A sua obra, que revela o arrojo e o talento do jovem pintor e o seu interesse absoluto nos valores da pintura em si em detrimento dos temas ou da narrativa, foi entregue, após a sua morte prematura, à Academia Portuense de Belas Artes.

Círculo Dr. José de Figueiredo: Lançamento da nova Revista MVSEV

19 de Abril, 2024

Os Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis – Círculo Dr. José de Figueiredo promovem no próximo dia 23 de abril, pelas 18 horas, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, o lançamento de um novo número da Revista MVSEV.

 

A sessão contará com uma apresentação conduzida pelo Prof. Gonçalo Vasconcelos e Sousa, diretor da revista, focada no tema “Memórias iconográficas de dois vultos intelectuais da primeira metade do século XX: o republicano Prof. Duarte Leite Pereira da Silva e o monárquico Embaixador Alberto de Oliveira”.

 

Este número 26 da Revista MVSEV apresenta um conjunto de artigos sobre períodos históricos diferenciados, com principal ênfase nos séculos XIX e XX. Destacamos os artigos «Museu Nacional Soares dos Reis – 190 anos e o momento da renovação. A curadoria de uma exposição de longa duração como estratégia integral do Museu», de autoria do Diretor do MNSR, António Ponte, e «Um par de piveteiros da Fábrica de Miragaia. Nota sobre uma doação ao Museu Nacional Soares dos Reis», de autoria de José da Costa Reis, Gestor de Coleção do MNSR.

 

Com um total de 294 páginas, a revista inclui ainda artigos assinados por Luís Cabral, Mário Bruno Pastor, Maria de São José Pinto Leite e Joana Andresen Guedes, entre outros.

 

A revista tem distribuição gratuita para todos os membros dos Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis – Círculo Dr. José de Figueiredo.

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182º Aniversário de Nascimento de Antero de Quental

18 de Abril, 2024

Nascido a 18 abril de 1842, Antero de Quental tornou-se no símbolo de uma geração (a Geração de 70), sendo referência obrigatória na poesia, no ensaio filosófico e literário, no jornalismo, mas também nas lutas pela liberdade de pensamento e pela justiça social, onde se afirmou como ideólogo destacado.

 

Encontra-se representado no acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, num desenho de autoria de António Carneiro, datado de 1913.

 

‘Oriundo de uma das mais antigas famílias de colonizadores micaelenses, alinhada nos setores liberais da sociedade, Antero continuou essa tradição, a exemplo do avô, André da Ponte de Quental, signatário da Constituição de 1822, e do pai, Fernando de Quental, um dos “7 500 bravos do Mindelo”.

 

Desembarcado em Lisboa aos 10 anos de idade, para estudar no colégio de António Feliciano de Castilho, veio a ingressar na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra em 1859, tornando-se rapidamente no líder dos estudantes e seu porta-voz, sendo o autor de vários manifestos contra o conservadorismo intelectual e sócio-político do tempo. Para esse prestígio contribuíam os poemas e artigos de crítica literária e política que ia escrevendo para os jornais e revistas coimbrãs.

 

O período mais estimulante da sua vida pública foi o que culminou com a organização, junto com Batalha Reis, das Conferências do Casino, que se inauguraram em 22-V-1871, no Casino Lisbonense. A sua finalidade era a reflexão sobre as condições políticas, religiosas e económicas da sociedade portuguesa no contexto europeu’ (fonte).

O pintor António Carneiro é um dos nomes maiores da pintura e do desenho em Portugal, encontrando-se representado na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

No ano passado, por ocasião do seu 150º Aniversário de Nascimento, o Museu Nacional Soares dos Reis (em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade do Porto) dedicou-lhe uma exposição temporária.

 

Integrada no projeto colaborativo de itinerâncias Outros lugares, a exposição temporária Desenhos de António Carneiro para o Inferno de Dante esteve patente na Casa dos Livros, um espaço então recém-criado na cidade do Porto, e mais recentemente no Lionesa Business Hub.

 

Quarenta e dois desenhos de António Carneiro, que se encontram no Museu Nacional Soares dos Reis e revelam o melhor do seu talento de poeta visionário, foram produzidos para ilustrar o Inferno da Divina Comédia de Dante Alighieri.

 

Pintor, professor da Escola de Belas-Artes do Porto, diretor artístico da revista Águia, ligado ao movimento da Renascença Portuguesa, António Teixeira Carneiro foi uma notável figura da cultura nortenha. Nasceu em 1872, em Amarante, e veio a falecer em 1930, no Porto.

 

Foi discípulo de Soares dos Reis e de Marques de Oliveira na Academia Portuense de Belas-Artes.

 

 

Créditos Imagem: @Museu Nacional Soares dos Reis (433 Pin Dep/ MNSR)

Impacto do investimento na economia da cidade do Porto

18 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe esta quinta-feira, a partir das 10h00, a apresentação de um estudo do projeto Porto Leading Investors, que irá mostrar o impacto económico, social e ambiental do grupo de empresas e investidores que têm vindo a contribuir, de forma decisiva, para a economia da cidade do Porto.

 

A iniciativa é da Câmara Municipal do Porto e a abertura do evento estará a cargo do vereador do Pelouro da Economia, Emprego e Empreendedorismo do Porto, Ricardo Valente. O presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, encerrará a sessão.

O estudo será apresentado por Hermano Rodrigues, principal da EY – Parthenon, seguido de uma mesa redonda, onde participam o assessor do conselho de administração da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), Pedro Sousa Rodrigues, do diretor-geral da APICCAPS (Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e Sucedâneos), João Maia, e da diretora da UPTEC (Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto), Maria Moura Oliveira.

 

Criado pela InvestPorto, o Porto Leading Investors é um programa de gestão de projetos de investimento dedicado a investidores e empresas com elevado interesse estratégico e impacto para a economia do Porto.

 

Recorde-se que a estratégia de atração de investimento direto estrangeiro do Porto é reconhecida, há três anos consecutivos, pela revista fDi Intelligence, do Financial Times, que coloca o Município entre as principais Cidades e Regiões Europeias do Futuro.

 

Consulte o programa.

 

 

Créditos: Câmara Municipal do Porto

MNSR e Quarteirão Bombarda desenvolvem projeto ‘Afinidades’

17 de Abril, 2024

No âmbito da ação estratégica de ativação da sua relação com os ‘Vizinhos’, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) estabeleceu uma parceria com a Associação Quarteirão Criativo para o desenvolvimento de um projeto inédito, com duração de cinco anos.

 

O objetivo é ativar a comunidade local, aproximando-a da identidade e quotidiano do Museu, bem como potenciar a abertura do MNSR ao diálogo interdisciplinar e à facilitação da inovação de discursos artísticos presentes no quarteirão criativo da cidade do Porto.

 

O projeto ‘Afinidades’ é um ciclo de cinco edições, com temáticas anuais, compostas por exposições, workshops e conversas que exploram momentos de sintonia, empatia e semelhança entre a cultura da comunidade criativa do quarteirão Bombarda e a história e acervo do Museu Nacional Soares dos Reis.

Em 2024, o tema será a Joalharia Contemporânea, tendo a artista Inês Nunes como Curadora. O período de manifestação de interesse por parte dos participantes vai decorrer entre finais de abril e meados de junho.

 

A ativa comunidade artística será, assim, chamada a desenvolver propostas criativas e inovadoras de joalharia contemporânea em estreita relação com obras selecionadas do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis. O resultado dessas participações será, posteriormente, apresentado numa exposição anual que demonstre as “afinidades” entre a peça do Museu e as criações dos diversos artistas, a qual englobará um programa paralelo de conversas e workshops relacionados com o tema.

 

O projeto é desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, contando com o apoio mecenático do Super Bock Group, bem como o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

 

Sobre o Museu Nacional Soares dos Reis

O Museu Nacional Soares dos Reis tem origem no Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal. Conhecido como Museu Portuense, ficou instalado no extinto Convento de Santo António da Cidade, na praça de S. Lázaro.

 

Em 1839, passou para a direção da Academia Portuense de Belas Artes e, com a proclamação da República, passou a designar-se Museu Soares dos Reis em memória de um dos mais destacados nomes da Arte Portuguesa.

 

Em 1932, passou à categoria de Museu Nacional e, em 1940, procedeu-se à instalação do Museu no Palácio dos Carrancas, onde ainda se mantém.

 

 

Sobre a Quarteirão Criativo

A Quarteirão Criativo é uma associação para o desenvolvimento local da zona conhecida como Bombarda, ou o Quarteirão das Artes, no Porto.

 

Tem por missão coordenar as ações da comunidade local e a partilha de recursos para melhorar a vivência neste quarteirão, assegurando a conjugação das suas múltiplas dimensões: Social, Cultural, Ambiental, Urbanística e Económica.

 

O Quarteirão Bombarda é, há cerca de três décadas, um epicentro de negócios e de criativos. A concentração de galerias de arte contemporânea nesta zona, alimenta aquela que é uma marca reconhecida internacionalmente – Bombarda Porto Art District. Bombarda acolhe, atualmente, mais de 178 estabelecimentos, nas áreas do comércio, serviços de media e lazer, cultura e entretenimento.

 

 

Sobre Inês Nunes

Inês Nunes, 1979. Portuguesa, vive e trabalha em Lisboa. Artista e docente. Licenciada em Ciências Psicológicas – Ispa. Completou o Curso de Joalharia, o Curso Avançado de Artes Plásticas – Ar.Co, onde foi aluna, bolseira e docente no Departamento de Joalharia e ainda o Curso de Formação Artística de Desenho – SNBA. Estudou Arte e Design Têxtil – Escola Artística António Arroio e é docente no Curso de Produção Artística, Projeto e Tecnologias – Especialização de Ourivesaria.

 

A nível nacional e internacional, desenvolve o seu trabalho artístico nas áreas da Arte, do Design, da Psicologia da Arte e da Moda. Desde sempre colaborou ativamente em inúmeros acontecimentos, ações e projetos ligados às suas atividades – Da Pedagogia às Exposições. Através dos convites e desafios que lhes são apresentados, participa em colaborações específicas quer com particulares, quer com empresas. Realiza consultoria e gestão de projetos artísticos tendo sido convidada para palestras e apresentações do seu trabalho, no qual experimenta e explora a sua expressividade no conhecimento da Joalharia Contemporânea enquanto área multidisciplinar e artística.

 

O seu trabalho é representado em exposições, livros, revistas, plataformas e integra as coleções do MUDE, do Ar.Co e de colecionadores particulares.

 

 

Créditos Fotográficos @Matilde Cunha

‘O horizonte urbano industrial do Porto através da Fotografia’

17 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Duração
50 minutos

 

Entrada
Gratuita

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

No âmbito do programa paralelo da exposição temporária «A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia», o Museu Nacional Soares dos Reis promove, no próximo dia 18 abril, pelas 18 horas, uma visita comentada pelo historiador Nuno Resende.

 

A fotografia de paisagem é uma categoria com relevo na história da imagem urbana do Porto. Desde cedo, isto é, quando as notícias da invenção da fotografia chegaram à cidade na década de 1840, que os primeiros fotógrafos começaram a capturar as vistas urbanas, seguindo modelos da pintura e da gravura – sobretudo britânicas.

 

Houve um tempo em que chaminés de fábrica definiam o horizonte do Porto. Estas estruturas, assim como elementos de arquiteturas fabris, foram desparecendo à medida que a cidade expulsou a indústria dos seus limites e se tornou urbe de serviços e hoje plataforma para o turismo.

 

Através da fotografia procuramos observar e entender essas transformações, numa visita comentada pelo historiador Nuno Resende, no âmbito do programa paralelo da Exposição Temporária “A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia”. Entrada livre, sujeita a inscrição prévia através do formulário.

Olhares Cruzados: A pintura vista por quem pinta

17 de Abril, 2024

Atendendo ao elevado número de pré-inscrições para a sessão realizada em março, o Museu Nacional Soares dos Reis promove, na próxima sexta-feira, dia 19 abril, pelas 18 horas, uma nova sessão do Programa «Olhares Cruzados sobre as Coleções» dedicada ao tema ‘A Pintura vista por quem pinta’.

 

A entrada é livre, sujeita a inscrição prévia que pode ser efetuada aqui.

Nesta sessão, estará em destaque a obra “Casas brancas de Capri”, de Henrique Pousão, contando com a participação de Ana Paula Machado, gestora da coleção de pintura do Museu Nacional Soares dos Reis, e de Francisco Araújo, aluno de Mestrado em Artes Plásticas na Faculdade de Belas Artes do Porto, e autor de cópias de pormenores da obra em questão, no âmbito da disciplina de Técnicas da Pintura.

 

Na sessão ‘A Pintura vista por quem pinta’ será feita uma apresentação breve da pintura do ponto de vista da História da Arte, seguida da análise das técnicas e modos de fazer, desafios, recursos e respostas do pintor. Os participantes serão depois convidados a visitar a obra “Casas brancas de Capri” no seu espaço de exposição.

 

O Programa «Olhares Cruzados sobre as Coleções» pretende fomentar espaços de reflexão participada, através do cruzamento de diferentes olhares, leituras e interpretações sobre as obras das coleções do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Tendo presente que cada um dos objetos que integra as coleções tem o poder de transmitir mensagens, despertar emoções e provocar reflexões sobre questões sociais, políticas ou mesmo filosóficas, o Museu Nacional Soares dos Reis considera que as peças que integram o seu acervo são um recurso fundamental na construção de conhecimento e entendimento, não só dos objetos em si, mas também da pessoa, das instituições e do mundo.

 

É este o ponto de partida que, ao longo dos próximos meses, permitirá lançar ‘Olhares Cruzados sobre as Coleções’, abordando temas tão diversos como ‘Liberdades e transgressões à luz de obras escolhidas de Cristóvão de Figueiredo, Domingos Sequeira e José Tagarro’; ‘A Pintura do Romantismo como documento etnográfico do Minho’ ou as ‘Artes decorativas portuguesas’.

Conferência ‘A atualidade do Barroco’ por Eduardo Souto de Moura

16 de Abril, 2024

A conferência A Atualidade do Barroco foi apresentada, pela primeira vez, por Eduardo Souto de Moura, em Maio de 2015, encerrando o ciclo de Conferências dos Clérigos. Dada a sua importância e pertinência, enquanto estado da arte para esta investigação, será repetida pelo autor (“repetir nunca é repetir”– Siza), inaugurando a programação do Programa Siza Baroque.

 

A conferência terá lugar, no próximo sábado, pelas 16h00, no Museu Nacional Soares dos Reis. Entrada gratuita, mediante inscrição AQUI.

 

O Programa Siza Baroque vai decorrer ao longo de todo o ano com a participação dos investigadores do projeto e dos respetivos consultores. Inclui ainda uma exposição no Museu Nacional Soares dos Reis e um concerto de encerramento, com uma composição ‘barroca-contemporânea’ (como a obra de Siza), na Igreja dos Clérigos.

Natural do Porto (25 de Julho de 1952), Eduardo Souto de Moura diplomou-se em Arquitetura pela ESBAP – Escola Superior de Belas Artes do Porto (antecessora das atuais faculdades de Arquitetura e de Belas Artes da U.Porto) em 1980.

 

Ao longo de mais de 30 anos de carreira, Souto de Moura assinou projetos como os do mercado municipal de Braga (1980-84), a ponte Dell Accademia, em Veneza, Itália (1985), o Centro Português de Fotografia – Edifício da Cadeia da Relação do Porto (1997-2001), a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (1998-2003), parte da rede de metro do Porto (1997) ou o Estádio Municipal de Braga (2000-2003). Paralelamente, desenvolve uma vasta atividade académica em Portugal e no estrangeiro.

 

Em 2011, Souto de Moura foi distinguido com o Prémio Pritzker de Arquitetura, o mais importante galardão do mundo na área. Entre as inúmeras distinções que arrecadou ao longo da carreira, incluem-se ainda o Prémio Wolf (2012), o Prémio Carreira da Bienal Ibero-americana de Arquitectura e Urbanismo (2016), o Leão de Ouro na Bienal de Veneza (2018) e o Prémio Arnold W. Brunner, da Academia Americana de Artes e Letras (2019).

 

Créditos fotográficos @DR

Olhares em Diálogo | ‘Entre Viagens: Portugueses e Genes’

16 de Abril, 2024

‘Entre Viagens: Portugueses e Genes’ é o tema da próxima sessão do programa «Olhares em Diálogo no Museu Nacional Soares dos Reis. Ciclo de Visitas Orientadas a Duas Vozes», promovido pelo MNSR em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto.

 

A sessão está marcada para amanhã, 17 abril, sendo dirigida em exclusivo aos estudantes e profissionais do ICBAS, proporcionando visitas temáticas que permitem explorar as ligações entre a medicina, as ciências da vida e da saúde e a arte, colocando lado a lado as visões e perspetivas de gestores de coleção do Museu e de docentes do ICBAS.

 

Paula Oliveira, gestora de coleção do MNSR, e Rosário Almeida, Professora Associada do ICBAS, serão as orientadoras desta visita comentada dedicada ao tema ‘Entre Viagens: Portugueses e Genes’.

Rosário Almeida é Professora Associada do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto (UP) desde 2006. Licenciou-se em Bioquímica pela UP em 1986 e ingressou no ICBAS como Assistente Estagiária em 1987. Doutorou-se em Ciências Biomédicas, Especialidade de Bioquímica no ICBAS em 1995.

 

No ICBAS, é membro do departamento de Biologia Molecular e é responsável ou co-responsável por unidades curriculares na área da bioquímica estrutural e metabólica e, em particular, estrutura e função de proteínas.

 

A sua investigação foca-se principalmente no estudo das amiloidoses de transtirretina (TTR) tendo desenvolvido o seu projeto de doutoramento no Centro de Estudos de Paramiloidose do Hospital Geral de Santo António. Prosseguiu os seus trabalhos científicos no Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), sendo atualmente investigadora senior no Grupo de Neurobiologia Molecular no I3S – Instituto de Investigação e Inovação em Saúde.  Os trabalhos que tem desenvolvido visam conhecer os mecanismos moleculares e a patofisiologia da doença.

Em abril, descobrimos a ‘Dobra de 1728 do Reinado de D. João V’

15 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Ingresso
Entrada gratuita

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, na rubrica A Peça do Mês – A Escolha do Público, a moeda «Dobra de 1728 do Reinado de D. João V». As sessões comentadas, por Adelaide Carvalho e Diana Cardoso, decorrem nos dias 17 abril (18h00) e 18 abril (13h30). Inscrições a decorrer.

 

A coleção de Numismática do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) é composta por uma grande variedade de moedas, correspondendo a distintas épocas, numa cronologia que se estende desde o período romano até ao século XX.

 

Na numismática portuguesa, destaca-se o reinado do rei D. João V (1706-1750), uma vez que as suas moedas refletem a opulência de um período muito suportado pelo ouro do Brasil, estando hoje referenciadas como as moedas de ouro mais belas do mundo, destacando-se, por exemplo, o Dobrão, o Meio-Dobrão, a Dobra, a Peça, a Meia Peça, a Moeda e a Meia-Moeda.

 

Em Portugal, o monarca cunhou moeda em Lisboa e no Porto e no Brasil usou as da Baía, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre as moedas que integram a coleção de Numismática do MNSR, destaca-se a Dobra de 1728, cunhada em Minas Gerais, tema das próximas sessões da ‘Peça do Mês’.

MNSR assinala Dia Internacional dos Monumentos e Sítios

15 de Abril, 2024

No Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado a 18 de abril, o Museu Nacional Soares dos Reis promove uma visita orientada dedicada ao edifício do Palácio dos Carrancas, onde se encontra instalado, classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1934.

 

A participação é gratuita e as inscrições estão a decorrer aqui.

O edifício foi palco de grandes acontecimentos na cidade na 1ª metade do século XIX, como as Invasões Francesas e o Cerco do Porto, e, a partir de 1861, foi a residência da família real no Porto.

 

O Palácio dos Carrancas começou a ser construído em 1795 como habitação e fábrica da família Moraes e Castro, proprietária da Fábrica do Tirador de Ouro e Prata, na Rua dos Carrancas. A designação do Palácio remonta, precisamente, à antiga localização desta abastada família de negócios portuense.

 

Embora tenha sofrido, ao longo dos tempos, diferentes reutilizações, a traça original mantém-se, não se afastando muito do projeto original, atribuído a Joaquim da Costa Lima Sampaio. O Palácio dos Carrancas insere-se na corrente neoclássica que marcaria a arquitetura civil portuense no final do século XVIII com a construção do Hospital de Santo António, avançando significativamente pelo século XIX em edifícios como a Alfândega Nova, entre outros.

 

O Dia Internacional dos Monumentos e Sítios (DIMS) foi criado pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (ICOMOS) a 18 de Abril de 1982, e aprovado pela UNESCO no ano seguinte, com o objetivo de sensibilizar os cidadãos para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para a necessidade da sua proteção e valorização.

 

Celebrando o património nacional, comemoramos também a solidariedade internacional em torno do conhecimento, da salvaguarda e da valorização do património em todo o mundo.

 

Em 2024, o tema proposto para o DIMS pelo ICOMOS Internacional é “Catástrofes e conflitos à luz da carta de Veneza”, o qual propõe um olhar sobre o passado, como forma de reflexão sobre o património partilhado e os desafios que se colocam hoje e para o futuro.

À conversa com o curador de arte contemporânea João Silvério

12 de Abril, 2024

João Silvério, curador de arte contemporânea, estará presente no Museu Nacional Soares dos Reis, no próximo dia 21 abril, pelas 16 horas, numa conversa dedicada à Exposição «Teresa Gonçalves Lobo e Domingos Sequeira – um diálogo no tempo».

 

A iniciativa, integrada no programa paralelo da exposição temporária, contará ainda com as participações do Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte, do curador da exposição Bernardo Pinto de Almeida e da artista Teresa Gonçalves Lobo.

 

A entrada é gratuita, sujeita a inscrição prévia através do formulário online.

Patente ao público até 28 abril, a mostra coloca em diálogo a nova exposição de desenhos de Teresa Gonçalves Lobo com obras de Domingos Sequeira, o grande artista português da transição do século XVIII para XIX.

 

No diálogo que sustenta esta exposição, percebe-se como uma semelhante aproximação ao desenho e ao modo do riscar acontece nas obras destes dois artistas apesar da longa distância no tempo que os separa, mas cujo propósito de fazer nascer a forma desse uso do risco os aproxima.

 

Teresa Gonçalves Lobo nasceu em 1968 no Funchal. Vive e trabalha em Lisboa e no Funchal. Estudou desenho, pintura, gravura e fotografia no Ar.Co Centro de Comunicação Visual e no Cenjor, respetivamente. Encontra-se representada em diversas coleções, privadas e institucionais, em Portugal e no estrangeiro.

MNSR celebra um ano da reabertura da Exposição de Longa Duração

11 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) assinala, no próximo sábado, dia 13 abril, um ano sobre a inauguração da renovada Exposição de Longa Duração e consequente reabertura plena ao público daquele que é o primeiro museu de arte do País.

 

Após uma intervenção de requalificação, que determinou o encerramento parcial do Museu Nacional Soares dos Reis durante três anos, foi inaugurada, em abril 2023, a nova Exposição de Longa Duração, a qual reúne a coleção mais importante de arte portuguesa do século XIX.

 

No total são 1133 peças que contam a história do museu e da arte, distribuídas por 27 salas.

O Museu Nacional Soares dos Reis procura proporcionar oportunidades para novas leituras e novas narrativas, valorizando sempre o património cultural que integra e honrando a história de que é herdeiro.

 

A renovada Exposição de Longa Duração permite, assim, uma visão global do Museu Nacional Soares dos Reis num percurso narrativo que se entrecruza com a sua história e a forma como as coleções foram sendo integradas, bem como com os artistas aqui representados e as suas obras.

 

Desde a reabertura, o Museu Nacional Soares dos Reis totalizou cerca de 86 mil visitantes (60% nacionais e 40% estrangeiros), promoveu oito exposições temporárias e realizou cerca de 700 atividades de mediação (visitas, oficinas, sessões comentadas, entre outras).

 

O Museu Nacional Soares dos Reis é uma instituição cultural e artística de referência, detentora de uma coleção de dimensão internacional, estando em curso uma ação estratégica que visa afirmar o MNSR como um lugar de construção de significados a partir das suas coleções, um lugar de pertença e identidade promovendo a reflexão, a criatividade e o pensamento crítico contemporâneo.

 

A aproximação do Museu à comunidade tem sido consolidada através de parcerias com entidades externas que são parte do tecido cultural e social da cidade do Porto, permitindo a realização de atividades de proximidade comunitária, de que são exemplo os programas ‘Outros Lugares’, ‘Arte & Saúde’ e ‘Vizinhos’.

 

Ao longo do último ano, o MNSR tem conseguido reunir o contributo de vários mecenas, contando com o apoio permanente do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

Neto de Teixeira Lopes decisivo na recuperação dos Bonecos de Estremoz

11 de Abril, 2024

Nascido na freguesia de Mafamude, em Vila Nova de Gaia, a 11 abril de 1892, o escultor e professor José Maria de Sá Lemos era neto de Teixeira Lopes (pai), sendo filho de Adelino Augusto de Sá Lemos e de Emília Teixeira Lopes de Sá Lemos (filha de José Joaquim Teixeira Lopes).

 

Emília Teixeira Lopes casou com Adelino Sá Lemos, que se especializou na fundição de bronzes, tendo colaborado com os Teixeira Lopes (Pai e Filho) e criado uma empresa de sucesso nesse ramo. De notar que Emília estudou na Academia Portuense de Belas Artes, o que revela a abertura de espírito e modernidade de seu pai, numa época em que era raro as mulheres estudarem no ensino superior. Da sua descendência destaca-se o escultor José Maria Sá Lemos.

 

‘Cursou Escultura na Escola de Belas Artes do Porto e fez carreira no ensino. Foi professor e diretor da Escola Industrial e Comercial de Vila Nova de Gaia (atual Escola Secundária António Sérgio), diretor da Escola Industrial António Augusto Gonçalves, em Estremoz, entre 1932 e 1945, e lecionou na Escola Industrial Infante D. Henrique, no Porto, a partir de 1945.

 

Durante os anos em que viveu em Estremoz teve um papel fulcral na recuperação dos Bonecos de Estremoz, então em decadência, ao conseguir que a bonequeira Ana da Silva, conhecida como tia Ana das Peles, transmitisse o seu saber. Este foi depois fixado pelo oleiro mestre Mariano da Conceição (1893-1940) a partir da Olaria Alfacinha (1868-1995), fundada pelo seu avô Caetano Augusto da Conceição.

 

Com o artista Mariano da Conceição, Sá Lemos concebeu, durante os anos 40, o famoso Presépio de Altar do Figurado em barro de Estremoz, que associa a tradição dos presépios à dos tronos dos santos populares, gerando, assim, uma nova peça que hoje é uma das mais representativas da estética do barro local e do artesanato português em geral.

 

Em 20 abril de 2015, a Produção de Figurado em Barro de Estremoz foi inscrita no Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, por proposta do Município de Estremoz, dando assim continuidade ao processo de valorização e salvaguarda deste património encetado pelo escultor gaiense discípulo de António Teixeira Lopes. Finalmente, a 7 dezembro de 2017, a Produção de Figurado em Barro de Estremoz foi inscrita na Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade’.

Sá Lemos escreveu um pequeno, mas significativo artigo eivado de ternura e admiração pelo seu avô Teixeira Lopes (Pai), que constitui um testemunho essencial de alguém que privou com este e presenciou o seu labor.

 

José Joaquim Teixeira Lopes (1837-1918), também conhecido como Teixeira Lopes (Pai), dedicou-se desde muito cedo à criação de miniaturas em barro cozido, representando costumes populares que constituíram uma pequena mas significativa área dentre as diversas que a sua multifacetada produção artística abrangeu.

 

A proliferação de figurinhas e grupos atingiu a dimensão das dezenas e, apostando numa qualidade esculturo/pictórica elevada, conseguiu defrontar e vencer a vasta concorrência que invadia um mercado sôfrego de figuras, mas com limitadas apetências artísticas.

 

A sua fonte de inspiração principal foi a observação que fez dos costumes, trajes, profissões, personagens típicas, humorísticas ou que desenvolvem atividades lúdicas, de várias regiões do país num quase mapeamento da alma do povo português.

 

Dirigindo-se ao avô, Sá Lemos escreveu: “Tu, que conhecias até ao ámago os teus modêlos, reproduzia-los conversando com eles, mesmo ausentes, por que os tinhas dentro de ti, no coração: olha aquele “Aguadeiro”, Tanagra popular da saudosa R. do Laranjal, o que te levava a água todos os dias e contigo conversava, aquele que tu curaste de uma grande gripe com uma aplicação de ortigas”.

 

 

Fontes documentais:

Sá Lemos, José Maria de – “O Avô, alma de artista – Teixeira Lopes (Pai)” in Boletim Cultural de Gaia, nº 2, Novembro de 1966

Universidade Digital / Gestão de Documentação e Informação, 2017

Créditos de Imagem: José Maria Sá Lemos com Ti Ana das Peles na Escola Industrial António Augusto Gonçalves, 1935(?). In: Guerreiro, Hugo. 2018. Figurado de Estremoz. Produção património imaterial da humanidade. Estremoz/Porto. Edições Afrontamento.pp.30

D. Pedro IV ordena a criação do Museu de Pinturas e Estampas

11 de Abril, 2024

Em 11 de abril de 1833 foi expedida uma portaria ao pintor João Batista Ribeiro (na imagem) comunicando-lhe a intenção de Sua Majestade Imperial D. Pedro de Bragança em estabelecer um Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, na cidade do Porto.

 

O Museu foi instalado no extinto Convento de Santo António da Cidade, na praça de S. Lázaro, e ficou conhecido como Ateneu D. Pedro IV, o qual deu origem ao Museu Nacional Soares dos Reis.

 

João Baptista Ribeiro, figura do liberalismo portuense, foi nomeado, em 1836, Diretor do Museu, inaugurando a exposição Creação do Museo Portuense: com documentos officiaes para servir à História das Bellas Artes em Portugal, e à do Cêrco do Porto. Pelo trabalho desenvolvido enquanto responsável do Museu até 1839, foi considerado pioneiro da Museologia.

 

Pintor, desenhador, gravador e diretor da Academia Politécnica do Porto, João Batista Ribeiro foi aluno de Domingos Sequeira que o declarou como seu discípulo favorito. Nomeado agente cultural da cidade do Porto, organizou academias, museus, associações e coordenou a recolha do espólio dos conventos abandonados. Foi com este espólio que se constituiu o primeiro museu público português: o Museu de Pinturas e Estampas, mais tarde transformado em Museu Nacional Soares dos Reis.

 

As obras de João Batista Ribeiro centram-se essencialmente no retrato de grande dimensão e na pintura religiosa, patentes em várias igrejas e museus do país.

Em 1839, o Museu passou para a direção da Academia Portuense de Belas Artes, que promoveu uma série de exposições onde foram premiados notáveis artistas como Soares dos Reis, Silva Porto, Marques de Oliveira e Henrique Pousão, em sucessivas gerações de mestres e discípulos.

 

Com a proclamação da República passou a designar-se Museu Soares dos Reis em memória de um dos mais destacados nomes da Arte Portuguesa e, em 1932 passou à categoria de Museu Nacional.

Programa Siza Baroque inaugura com Conferência de Souto de Moura

10 de Abril, 2024

Eduardo Souto de Moura é o orador convidado da primeira conferência do Programa Siza Baroque, desenvolvido pelo Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. A conferência está agendada para o dia 20 abril, no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

O Programa Siza Baroque inaugura com a Conferência de Eduardo Souto de Moura e decorre ao longo de todo o ano com a participação dos investigadores do projeto e dos respetivos consultores. Inclui ainda uma exposição no Museu Nacional Soares dos Reis e um concerto de encerramento, com uma composição ‘barroca-contemporânea’ (como a obra de Siza), nos Clérigos de Nasoni.

 

O projeto de investigação Siza Barroco está na sua fase final, sendo que a divulgação dos resultados da investigação foi pensada para um público alargado através de um programa diverso e aberto à cidade do granito, segundo Siza, “de «oiro velho» ou «azulado».”

As relações entre a arquitetura de Álvaro Siza e o Barroco estão presentes em vários autores que escreveram sobre Siza, além de permanecerem no modo como o próprio, referindo-se ao Porto, e a Nasoni, em textos escritos, seus, anuncia o seu interesse e empenho em conhecer melhor a arquitetura e a cidade Barrocas.

 

O presente programa integra um conjunto de eventos que cruzam e entrecruzam a arquitetura de Siza, a arquitetura de Nasoni, a talha dourada, a música barroca-contemporânea, etc.

 

A 12 de setembro inaugura a exposição Siza Baroque, uma mostra patente até 31 de dezembro no Museu Nacional Soares dos Reis, lado a lado com a arte antiga e o projeto de Fernando Távora para o Museu.

 

A entrada é livre em todos os eventos, sujeita à lotação dos espaços.

Programa Siza Baroque

MNSR e Henrique Pousão em destaque na revista ‘A Magazine’

10 de Abril, 2024

Numa altura em que se assinalam os 140 anos da morte do artista Henrique Pousão, a revista ‘A Magazine’ fará o lançamento da sua nova edição no próximo dia 12 abril, na Cordoaria Nacional, no âmbito da LAAF – Lisbon Art and Antiques Fair.

 

Esta nova edição dedica particular atenção a Vila Viçosa, terra natal de Henrique Pousão, e integra, entre outros, textos de autoria de António Ponte, Diretor, e de Ana Paula Machado, Gestora de Coleção de Pintura, do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Considerado um dos nomes maiores da pintura portuguesa da segunda metade do século XIX, Henrique Pousão frequentou a Academia Portuense de Belas-Artes e foi pensionista do Estado em França e Itália.

Na coleção do Museu Nacional Soares dos Reis, a obra de Henrique Pousão está fortemente representada com destaque para as obras “Casas Brancas de Capri”, “Senhora Vestida de Preto” e “Janelas das Persianas Azuis”, todas classificadas como tesouros nacionais.

 

A revista ‘A Magazine’ resulta de uma candidatura vencedora ao Apoio ao Empreendedorismo Criativo pelo Magallanes ICC, do Centro Magalhães para o Empreendedorismo das Indústrias Culturais e Criativas.

 

De acordo com o seu editorial, ‘A Magazine comunica as várias dimensões do património cultural, das artes performativas, visuais e populares, do artesanato, da arqueologia, do enoturismo e gastronomia, da música, da literatura, e dos valores contemporâneos, criando conhecimento e reconhecimento dos mesmos’.

Visita Orientada: A pintura de Paisagem e o Naturalismo

10 de Abril, 2024

Sábado, 13 abril, 11h00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Ana Paula Machado
Mínimo de 5 pessoas e máximo de 20 pessoas

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de abril, decorre no dia 13, pelas 11 horas, uma visita orientada dedicada ao tema A pintura de paisagem e o Naturalismo.

 

A visita permitirá conhecer exemplos da obra de alguns naturalistas da escola do Porto, nomeadamente, Silva Porto, Artur Loureiro, Henrique Pousão e Sousa Pinto.

 

O Naturalismo foi um movimento estético e artístico que surgiu em França a partir de 1830, com a criação da Escola de Barbizon e através das pinturas de Théodore Rousseau (1812-1867), de Jean-François Millet (1814-1875) ou de Gustave Courbet (1819-1877).

 

Em Portugal, a estética naturalista e realista da Escola de Barbizon foi introduzida pelos pintores Silva Porto (1850-1893) e Marques de Oliveira (1853-1927), e durou até aos anos 20 do século XX.

 

Os pintores entraram em contacto com este novo movimento artístico durante a sua estadia em França, como pensionistas do Estado português.

 

Em 1867, as Academias de Belas Artes iniciam a atribuição de bolsas a alunos no estrangeiro. Silva Porto e Marques de Oliveira foram os primeiros bolseiros em Pintura.

 

Ingressaram na École des Beaux-Arts de Paris em 1873 e, na floresta de Barbizon, conviveram com um grupo de artistas seguidores da pintura de ar livre focando-se nos efeitos da luz sobre a paisagem.

 

Também Henrique Pousão seguiu para Paris em 1880. A pintura de caminhos e ruas, pátios, casas, aspetos de Paris, testemunha o seu percurso criativo, que culmina nas estadias em Roma e Capri.

 

A sua obra, que revela o arrojo e o talento do jovem pintor e o seu interesse absoluto nos valores da pintura em si em detrimento dos temas ou da narrativa, foi entregue, após a sua morte prematura, à Academia Portuense de Belas Artes.

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Visitas Orientadas à Exposição de Fotografia ‘Paisagem’

9 de Abril, 2024

Com curadoria de Rui Pinheiro, a exposição Paisagem apresenta uma seleção de fotografias do arquivo familiar de José Zagalo Ilharco, fotógrafo amador que deixou relevante obra, por poucos conhecida, num valioso testemunho de paisagens de Portugal do final do século XIX e início do século XX.

 

Nos próximos dias 12 e 26 abril, pelas 18 horas, serão realizadas visitas a esta exposição, orientadas pelo curador Rui Pinheiro e por Maria Carneiro (familiar de José Zagalo Ilharco), respetivamente. Inscrições a decorrer aqui.

José Zagalo Ilharco (Lamego, 1860 – Porto, 1910), fotógrafo amador, premiado internacionalmente com uma imagem do rio Souza, dedicou-se primordialmente à fotografia de paisagem, mas também à antropologia dos espaços, de que são exemplo as imagens agora reveladas do Porto e de Matosinhos.

 

As reproduções das melhores imagens que produziu foram reunidas em álbum pelo filho Norberto de Melo Zagalo Ilharco em dois volumes (1947) e, sendo propriedade dos herdeiros, são tornadas públicas num reconhecimento ao seu legado.

 

A seleção apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis inclui, entre originais e reproduções, sobretudo paisagens de Matosinhos, Leça da Palmeira, Porto e Douro. Das imagens apresentadas destaca-se, igualmente, um núcleo de fotografias realizadas em 1893 do velódromo Maria Amélia, produzidas antes da sua inauguração nos terrenos do Paço Real do Porto, onde se encontra instalado, atualmente, o Museu Nacional Soares dos Reis.

Visita à Exposição ‘A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia’

9 de Abril, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Valor
8 Euros

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

No âmbito do programa paralelo da exposição temporária «A faiança azul de safra da Fábrica de Miragaia», o Museu Nacional Soares dos Reis promove, no próximo dia 11 abril, pelas 15 horas, uma visita orientada pelo curador José da Costa Reis.

 

A organização museológica da exposição promove a relação desta coleção com outras coleções de artes decorativas do Museu Nacional Soares dos Reis, anteriores ao moderno conceito de design, valorizando a sua contextualização e interpretação com aproximações à história e às artes plásticas europeias, nomeadamente Pintura, Desenho e Gravura.

 

A exposição e respetivo roteiro pretendem reforçar a visibilidade e o conhecimento da coleção de cerâmica do Museu Nacional Soares dos Reis, um dos mais importantes acervos cerâmicos à guarda dos museus nacionais portugueses, estabelecendo a relação das influências da cultura inglesa na produção da Fábrica de Miragaia.

 

No conjunto das diferentes proveniências, o acervo de cerâmica do Museu inclui, atualmente, cerca de 4.000 peças de distintas tipologias: azulejaria, cerâmica de autor, núcleos de faiança portuguesa e espanhola (séculos XVI a XX), de porcelana chinesa e japonesa (séculos XVI a XX), de porcelana europeia (séculos XIX e XX) e de faiança holandesa de Delft (séculos XVII e XVIII).

 

A mostra estará patente até 23 junho 2024, contando com o apoio mecenático da AOF-Augusto Oliveira Ferreira e Lusitânia Seguros, bem como o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

Museu acolhe Conversa ‘Mulheres, Liberdade e Transgressões’

8 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, no próximo dia 14 abril, pelas 10h30, a tertúlia ‘Mulheres, Liberdade e Transgressões’, iniciativa organizada pela Secção da Mulher da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

 

A participação é gratuita, estando sujeita a inscrição prévia que poderá ser efetuada aqui.

 

A conversa visa evocar o Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, ao mesmo tempo que se associa às comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, criando um momento de discussão e partilha sobre os desafios e as conquistas das mulheres na sociedade portuguesa e no mundo.

A tertúlia contará com a participação de quatro mulheres, com trabalho desenvolvido em áreas relacionadas com as Mulheres: Joana Ramos, Psiquiatra; Carla Cerqueira, Doutorada em Ciências da Comunicação – especialização em Psicologia da Comunicação pela Universidade do Minho; Vera Silva, Antropóloga da Universidade de Coimbra; Irina Gorgal Carvalho, sexóloga da ULS Santo António.

 

A moderação estará a cargo de Ana Silva Pinto e Ana Matos Pires, da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental.

Almada Negreiros: figura ímpar no panorama artístico português

7 de Abril, 2024

Nascido a 7 abril de 1893, Almada Negreiros foi uma das figuras de proa da primeira geração do modernismo português. Começou como caricaturista, mas foi sobretudo como poeta que participou no movimento futurista lisboeta.

 

Em 1915, participa na génese de uma revista marcante para a literatura portuguesa — a revista Orpheu — com a qual colabora, juntamente com Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, Amadeo de Souza Cardoso e outros nomes das letras e das artes.

 

Essencialmente autodidata (não frequentou qualquer escola de ensino artístico), a sua precocidade levou-o a dedicar-se desde muito jovem ao desenho de humor. Mas a notoriedade que adquiriu no início de carreira prende-se acima de tudo com a escrita, interventiva ou literária.

Em 2017, o Museu Nacional Soares dos Reis, em colaboração com a Fundação Calouste Gulbenkian, acolheu a exposição “José de Almada Negreiros: desenho em movimento”. Com curadoria de Mariana Pinto dos Santos, a mostra reuniu 90 trabalhos reveladores da importância da linguagem cinematográfica na sua obra plástica.

 

Várias das obras selecionadas para a mostra estiveram na exposição “Almada Negreiros. Uma Maneira de Ser Moderno” que, no início desse ano, ocupou vários espaços do Museu Gulbenkian e da programação da Fundação, em Lisboa.

 

Em grande parte do trabalho de Almada Negreiros é bem visível a sua vontade de contar histórias com imagens, muitas das quais com apontamentos de humor, tanto em séries de desenhos, como em obras integradas em edifícios e mesmo em tapeçarias. Fascinado com a possibilidade de dar vida ao desenho e de o pôr em movimento, Almada Negreiros teve a intenção por diversas vezes de experimentar a animação, mas não chegou a concretizar o seu desejo.

 

A conjugação entre cinema e desenho surge em obras como a lanterna mágica La Tragedia de Doña Ajada (1929) e no filme desenhado O Naufrágio da Ínsua (1934), trabalhos especificamente concebidos para apresentações públicas em écran de cinema, real ou imaginado. A hibridez entre desenho e cinema está também expressa em alguns dos seus textos literários, poéticos e ensaísticos, onde se notam intersecções plásticas e cinematográficas.

 

“José de Almada Negreiros: desenho em movimento” esteve patente, no Museu Nacional Soares dos Reis, entre 30 de novembro 2017 e 18 de março 2018.

Visita Guiada à Exposição «Teresa Gonçalves Lobo e Domingos Sequeira»

5 de Abril, 2024

Por motivos imprevistos e alheios ao Museu Nacional Soares dos Reis, a conversa dedicada à Exposição «Teresa Gonçalves Lobo e Domingos Sequeira – um diálogo no tempo», com a participação de José Manuel dos Santos, curador e programador cultural, foi cancelada.

 

A iniciativa será substituída por uma visita guiada à exposição conduzida pela artista Teresa Gonçalves Lobo, amanhã, dia 6 abril, às 16 horas, com entrada livre.

A mostra coloca em diálogo a nova exposição de desenhos de Teresa Gonçalves Lobo com obras de Domingos Sequeira, o grande artista português da transição do século XVIII para XIX.

 

No diálogo que sustenta esta exposição, percebe-se como uma semelhante aproximação ao desenho e ao modo do riscar, acontece nas obras destes dois artistas apesar da longa distância no tempo que os separa, mas cujo propósito de fazer nascer a forma desse uso do risco os aproxima.

 

Teresa Gonçalves Lobo nasceu em 1968 no Funchal. Vive e trabalha em Lisboa e no Funchal. Estudou desenho, pintura, gravura e fotografia no Ar.Co Centro de Comunicação Visual e no Cenjor, respetivamente.

 

Tendo iniciado a sua carreira há quase duas décadas, Teresa Gonçalves Lobo centrou-se logo de início no desenho, campo expressivo onde tem desenvolvido notável pesquisa. Encontra-se representada em diversas coleções, privadas e institucionais, em Portugal e no estrangeiro.

‘Soares dos Reis e a relação com a anatomia humana’

5 de Abril, 2024

‘Soares dos Reis e a relação com a anatomia humana’ é o tema da próxima sessão do programa «Olhares em Diálogo no Museu Nacional Soares dos Reis. Ciclo de Visitas Orientadas a Duas Vozes», promovido pelo MNSR em parceria com o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto.

 

A sessão está marcada para o próximo dia 9 abril, sendo dirigida em exclusivo aos estudantes e profissionais do ICBAS, assim proporcionando visitas temáticas que permitem explorar as ligações entre a medicina, as ciências da vida e da saúde e a arte, colocando lado a lado as visões e perspetivas de gestores de coleção do Museu e de docentes do ICBAS.

 

Paula Santos, gestora de coleção do MNSR, Maria João Oliveira e Paula Proença, do Departamento de Anatomia do ICBAS, serão as orientadoras desta visita comentada dedicada ao tema ‘Soares dos Reis e a relação com a anatomia humana’.

António Soares dos Reis nasceu a 14 de outubro de 1847, no lugar de Santo Ovídio, freguesia de Mafamude, concelho de Vila Nova de Gaia. Com apenas 14 anos, matriculou-se na Academia Portuense de Belas Artes, onde – durante a frequência do curso – colheu vários prémios e louvores. Em poucos anos o curso estava concluído, obtendo o 1º prémio nas cadeiras de desenho, arquitetura e escultura.

 

Aos 20 anos, António Soares dos Reis tornou-se pensionista do Estado no estrangeiro. Entre 1867 e 1870 permanece em Paris como pensionista, recebendo lições de Jouffroy, Yvon e Taine. Em Paris recebe vários prémios pelos seus trabalhos.

 

Após breve estada em Portugal, em 1871 parte para Roma, etapa decisiva na sua formação. É em Roma que inicia a execução de O Desterrado (1872), obra de inspiração clássica, ensaio de transição para o naturalismo, premiada na Exposição Geral de Belas-Artes de Madrid de 1881.

 

Regressado ao Porto em 1873 para se dedicar à carreira artística, Soares dos Reis colabora em publicações e preside ao Centro Artístico Portuense. A partir de 1881, leciona Escultura na Escola de Belas-Artes do Porto, embora discorde da orgânica do ensino. Soares dos Reis é admirado pelos seus contemporâneos, recebe encomendas, participa em concursos e exposições, concebe monumentos públicos.

 

Incapaz de se sobrepor à incompreensão e ao descrédito lançados contra o seu valor artístico e de enfrentar a obstrução sistemática aos seus esforços de inovação como docente, recorreu ao suicídio, deixando uma obra ímpar na escultura da segunda metade do século XIX.

Curated Porto – Mostra de projetos e conferência Let’s Talk

4 de Abril, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, no próximo dia 9 abril, uma mostra dos 13 artistas que integram a 1ª fase do Curated Porto, bem como a conferência Let’s Talk, eventos promovidos pela Câmara Municipal do Porto. A participação é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia que pode ser efetuada aqui.

 

O objetivo é permitir a partilha de ideias que antecipam o futuro, partindo do papel que o turismo criativo desempenha no bem-estar da comunidade e nas economias locais.

 

A organização desafia todos os interessados a partilharem ideias sobre e para a cidade do Porto, contribuindo assim com a sua visão de turismo criativo, inovação e tecnologia. A conferência Let´s Talk visa promover “diálogos construtivos e a exploração de ideias disruptivas, fomentando parcerias nacionais e internacionais” em torno do turismo, pelo que englobará a sessão Pitch – Turismo Criativo, Inovação e Tecnologia. As inscrições para as apresentações de ideias estão a decorrer e as propostas podem ser submetidas até ao dia 7 abril, através do email visitporto@cm-porto.pt.

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