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Felicidade Ramos

Escultura L’Echo do Museu Soares dos Reis na Casa da Música

9 de Janeiro, 2025

A escultura L’ Echo (1915), obra do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, está a partir de hoje na Casa da Música, coincidindo com a abertura da temporada de programação para 2025, ano de celebração do 20º Aniversário da Casa da Música.

 

A iniciativa decorre no âmbito do projeto Outros Lugares, visando reforçar as relações de colaboração que o Museu Nacional Soares dos Reis tem vindo a cimentar com instituições culturais da cidade do Porto. Em 2025, o MNSR dá continuidade à parceria já estabelecida com a Casa da Música, apresentando peças selecionadas do seu acervo relacionadas com a música.

 

L’ Echo é uma escultura em gesso, datada de 1915, de autoria de Maria Ribeiro (Porto 1891-1989), doada pela própria ao Museu Nacional Soares dos Reis. Maria da Glória Ribeiro da Cruz pode considerar-se entre as primeiras alunas de Escultura com formação na Escola de Belas Artes do Porto. Fez estudos complementares em Paris, onde expôs no Salon de 1914.

 

A designação que atribuiu a este modelo de L’Echo, datado já numa fase de regresso ao Porto, parece revelar uma certa permeabilidade dos artistas portugueses a temas caros à arte francesa. Por sua vez, o tratamento do modelo nu mostra a persistência do estudo da figura humana no ensino de Escultura, que se estende muito para além dos primórdios do século XX.

António Ponte reconduzido como Diretor do Museu Soares dos Reis

27 de Dezembro, 2024

A Museus e Monumentos de Portugal, EPE anunciou, hoje, a nomeação de António Ponte para um novo mandato como Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis e Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto, cargo que desempenha desde abril de 2021.

 

Doutorado em Museologia pela Universidade do Porto, foi Diretor Regional da Cultura do Norte, Diretor do Paço de Duques de Bragança, em Guimarães, Coordenador do Museu de Vila do Conde e Presidente da Fundação Côa Parque. Desenvolve atividade docente no Instituto Politécnico do Porto e na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e é, desde 2020, Vice-Presidente do Comité Internacional do ICOM – DEMHIST.

Campanha Especial de Natal com descontos em Livros e Catálogos

5 de Dezembro, 2024

Campanha promocional de Natal a decorrer na loja do Museu Nacional Soares dos Reis, com descontos até 50%, em vários livros e catálogos, de temáticas relacionadas com Arte e Património.

 

Até 5 janeiro 2025.

De terça a domingo, das 10h00 às 18h00. Entrada livre para acesso à loja do MNSR.

Títulos disponíveis:

 

  • Esperando o sucesso. Henrique Pousão
  • Fábrica de Loiça de Miragaia
  • Obras-primas da cerâmica japonesa
  • Transparência. Abel Salazar
  • Vasos gregos.
  • Biombos Namban
  • A Índia em Portugal
  • Amadeo Souza-Cardoso Porto Lisboa, 2016-1916
  • Azul e Ouro
  • Desenhos Mestres Europeus Coleções Portuguesas II: Itália e Portugal
  • European Master Drawing from Portuguese Collections: Italy and Portugal
  • Espaços Imprevisíveis
  • João Allen – colecionar o mundo
  • Júlio Resende – a palavra e a mão

Ação de Formação para Professores em parceria com o PNA

29 de Novembro, 2024

Em parceria com o PNA – Plano Nacional das Artes, o Museu Nacional Soares dos Reis promove uma Ação de Curta Duração (ACD), com duração de 3 horas, para Professores do 2º Ciclo | 5º Ano, em formato de laboratório experimental, dedicada ao tema ‘O Museu como ferramenta educativa: fazer, pensar e sentir com a arte’.

 

A ação é limitada a 15 participantes, estando agendada para o dia 7 dezembro, das 10h00 às 13h00, no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Tendo como destinatários docentes das áreas disciplinares de História e Geografia de Portugal; Português; Matemática; Educação Visual e Tecnológica (Grupos de recrutamento 200, 210, 220, 230, 240), a ACD visa:

 

  1. Reconhecer o Museu e a Arte como agentes facilitadores no processo de ensino e aprendizagem das diferentes áreas disciplinares envolvidas;
  2. Identificar obras de arte com conexões curriculares para as diferentes áreas disciplinares;
  3. Explorar recursos e estratégias de trabalho transdisciplinar.

 

A participação é gratuita e será feito o pedido de certificação como Ação de Curta Duração de 3 horas. As inscrições devem ser efetuadas até ao dia 5 dezembro através de formulário online disponível AQUI.

MNSR organiza Colóquio ‘CAC 50 anos – A democratização vivida’

28 de Novembro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) promove no próximo dia 6 dezembro, a partir das 10 horas, o Colóquio ‘CAC 50 anos – A democratização vivida’, numa iniciativa realizada em parceria com a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, no âmbito da exposição homónima atualmente patente ao público no MNSR.

 

A participação é gratuita, estando sujeita a inscrição prévia através de formulário online.

O Centro de Arte Contemporânea (CAC) funcionou no Museu Nacional Soares dos Reis de 1976 a 1980, nascendo de um movimento de protesto ocorrido em 1974 e conhecido como “Enterro do Museu Nacional de Soares dos Reis”. Este período foi marcado por profundas mudanças políticas e sociais pós-25 de Abril, refletidas no setor cultural.

 

Graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva, o CAC organizou cerca de 100 exposições e várias atividades culturais, fruto de parcerias com embaixadas, institutos culturais e outras instituições. O objetivo era criar um Museu Nacional de Arte Moderna no Porto, concretizado mais tarde com o Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves. O CAC formou, ainda, uma coleção de arte contemporânea, com obras adquiridas pelo MNSR e doações de artistas e colecionadores.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’, patente no MNSR até 29 dezembro 2024, revisita a história desta aventura primordial no contexto institucional português. Por sua vez, o colóquio que agora será realizado visa suscitar e estimular o pensamento crítico sobre o impacto e o papel precursor que o CAC teve na promoção da arte contemporânea em Portugal.

 

O colóquio, resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis e a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, onde Fernando Pernes exerceu atividade docente, contará com painéis de discussão, nos quais colaboram responsáveis por instituições culturais, programadores, críticos de arte, investigadores, galeristas e artistas, proporcionando uma reflexão sobre a importância da liberdade e da descentralização cultural para o processo democrático do país.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra e respetivo colóquio ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ contam com mecenato do BPI e Fundação “la Caixa”, e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

 

Programa

 

10h00 – Acolhimento

10h30 – Abertura do colóquio

10h45 – Painel I – Museus e programação em centros culturais de arte contemporânea

Intervenientes – Marta Almeida (Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto), Marta Mestre (Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Guimarães) e João Laia (Departamento de Arte Contemporânea, Ágora, Cultura e Desporto, Porto).

Moderação: Ana Nascimento (MNSR)

 

11h45 – Intervalo

 

12h00 – Painel II – Galerias e colecionismo privado

Intervenientes – Adelaide Duarte (Instituto de História da Arte, Universidade Nova de Lisboa), Pedro Álvares Ribeiro (Casa de São Roque e colecionador, Porto) e Fernando Santos (Galeria Fernando Santos, Porto)

Moderação: Ana Mântua (MNSR)

 

13h00/15h00 – Pausa

 

15h00 – Painel III – Contextos críticos

Intervenientes: Sílvia Tavares Chicó (crítica de arte, Lisboa), Bernardo Pinto de Almeida (Faculdade de Belas Artes da Universidade, Porto), Maria de Fátima Lambert (Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico do Porto).

Moderação: Lúcia Almeida Matos (Faculdade de Belas Artes da Universidade, Porto).

 

16h00 – Intervalo

 

16h30 – Painel IV – A palavra aos artistas

Intervenientes: António Quadros Ferreira, Carlos Carreiro, Emília Nadal, Graça Martins, Joaquim Pinto Vieira, Manuel Casimiro, Zulmiro de Carvalho.

Moderação: Miguel von Hafe Pérez (curador da exposição) e Inês Silvestre (Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa).

Visitas temáticas à obra ‘Descida da Cruz’, de Domingos Sequeira

20 de Novembro, 2024

Adquirida pela Fundação Livraria Lello e colocada em depósito no Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), a pintura ‘Descida da Cruz’, de Domingos Sequeira, integra o circuito expositivo do MNSR desde junho último e tem despertado a atenção e curiosidade dos visitantes.

 

Com o objetivo de permitir uma fruição mais detalhada sobre a obra, serão realizadas visitas temáticas, com duração de 15 minutos e sujeitas à lotação de 10 pessoas por sessão.

 

As visitas são gratuitas, mediante inscrição prévia, através do formulário online.

Calendário das Visitas

3 dezembro (terça-feira), 17h30, visita orientada por Ana Paula Machado

5 dezembro (quinta-feira), 17h30, visita orientada por Ana Nascimento

10 dezembro (terça-feira), 17h30, visita orientada por Ana Paula Machado

12 dezembro (quinta-feira), 17h30, visita orientada por Ana Nascimento

 

‘Descida da cruz’, pintura sacra datada de 1827, faz parte de um grupo de quatro pinturas tardias de Domingos Sequeira, executadas em Roma, onde o artista morreu em 1837.

 

Domingos Sequeira é considerado o mais talentoso e original pintor português do seu tempo, tendo desempenhado um papel fundamental no desenvolvimento da arte portuguesa de início do século XIX.

Museu Nacional Soares dos Reis renova Exposição de Longa Duração

19 de Novembro, 2024

A partir do próximo dia 25 novembro, o Museu Nacional Soares dos Reis dará início ao processo de renovação da Exposição de Longa Duração, introduzindo novas peças na narrativa expositiva.

 

Inaugurada em abril de 2023, a Exposição de Longa Duração (ELD) do Museu foi concebida com o objetivo de permitir a rotatividade de peças, visando a introdução regular de novidades que potenciem o aumento de públicos e a atração de visitantes.

 

Sendo um espaço vivo e dinâmico, com uma intensa programação regular, o Museu Nacional Soares dos Reis possui um acervo muito rico e diverso. A maior parte das obras encontra-se em reserva, já que a ELD apresenta apenas 1133 das cerca de 18.000 peças que compõem a totalidade do acervo.

A renovação da ELD permitirá expor as novas incorporações, fruto de recentes aquisições e doações, bem como depósitos e cedências particulares e institucionais, onde se incluem a Fundação de Serralves – Museu de Arte Contemporânea e o Novo Banco.

 

Entre as novidades a introduzir na Exposição de Longa Duração destacam-se reproduções de algumas das fotografias artísticas realizadas por Aurélia de Souza, cujo acervo, composto por cerca de duas centenas de negativos de vidro, foi adquirido pela Museus e Monumentos de Portugal, EPE através da Comissão para a Aquisição de Obras de Arte para os Museus e Palácios Nacionais.

 

Das recentes aquisições, salientam-se ainda o «Autorretrato do 1.º Marquês de Montebelo com seu filho Francisco e a aia D. Bernardina», considerado um dos primeiros autorretratos portugueses; a pintura «Cena de interior com grupo familiar da Casa dos Marqueses de Pombal» de Nicolas Delerive; a pintura «Pateo do Martel» de José Malhoa e a cama de campanha inglesa de João Francisco Allen.

 

A ELD será ainda enriquecida com o Autorretrato do pintor Raul Maria Pereira, recentemente doado ao Museu Nacional Soares dos Reis por Mariele Delucchi Pereira (neta do pintor) e família. A galeria de desenhos de Soares dos Reis receberá, igualmente, novas incorporações, assim como a sala dedicada a Henrique Pousão.

 

De igual modo, serão expostas obras que, no momento da reabertura do Museu, integravam exposições temporárias, nomeadamente “Vida e Segredo. Aurélia de Souza 1866-1922” e “António Carneiro. O poeta com pincéis”.

 

Com uma História de quase 200 anos, o Museu Nacional Soares dos Reis procura proporcionar oportunidades para novas leituras e novas narrativas, valorizando sempre o património cultural que integra e honrando a história de que é herdeiro.

 

Distribuídas por 27 salas de exposição, as peças selecionadas para a Exposição de Longa Duração contam a história do museu e da arte portuguesa, sobretudo do século XIX.

 

Estima-se que esta primeira renovação da Exposição de Longa Duração, após a reabertura do MNSR, esteja concluída no início do mês de dezembro.

Diretor do MNSR no Encontro da Rede de Museus do Médio Tejo

18 de Novembro, 2024

O Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte, apresenta hoje a comunicação “Uma exposição de longa duração como curadoria global do Museu Nacional Soares dos Reis”, no 6.° Encontro da Rede de Museus do Médio Tejo, organizado em parceria com o Município do Torres Novas, sob o tema “A investigação em museus”.

 

Assumindo a pertinência da temática que foi igualmente eleita como o mote para do Dia Internacional dos Museus em 2024, a organização da iniciativa pretende dar mais um passo para a consolidação do seu trabalho e para a afirmação da atividade do setor nas diferentes áreas e contextos culturais, sociais, económicos e ambientais, da região e do próprio território nacional.

 

Com um programa que pretende dar a conhecer equipamentos e projetos de referência nacional, Torres Novas será palco da reunião de alguns especialistas nacionais na área da museologia e de momentos que permitirão refletir e discutir sobre outras importantes e emergentes áreas de atuação.

A Rede de Museus do Médio Tejo foi constituída em 2018, resultado de um protocolo entre a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo e o Instituto Politécnico de Tomar.

 

Trata-se de uma estrutura informal composta por museus e núcleos museológicos integrados na Rede Portuguesa de Museus, outros museus municipais, entidades museológicas do Estado Português e privadas que, entre outras iniciativas, tem realizado um Encontro anual.

Catálogo da Exposição ‘CAC – 50 anos’ já disponível

15 de Novembro, 2024

O catálogo da Exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ está, a partir de hoje, disponível para venda na loja do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Com base num trabalho meticuloso de levantamento documental realizado por Inês Silvestre, o catálogo, com conceção gráfica de Márcia Morais, conta ainda com dois artigos do curador da exposição, Miguel von Hafe Pérez, e três ensaios da autoria de Leonor Oliveira, Sofia Ponte e Adelaide Duarte.

 

A mostra revisita a história dos acontecimentos que, em 1974, conduziram à criação do Centro de Arte Contemporânea, recriando alguns dos seus momentos expositivos e trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

Nascido de uma reclamação da cidade, o CAC – Centro de Arte Contemporânea instala-se, cerca de dois anos depois, justamente no Museu Nacional Soares dos Reis, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

De 1976 a 1980, o Centro de Arte Contemporânea promoveu cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Um intenso dinamismo de programação só possível graças ao estabelecimento de parcerias com embaixadas, institutos culturais estrangeiros e instituições, que permitiram a apresentação de importantes exposições de arte contemporânea em itinerância nacional e internacional no Porto.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ ficará patente no Museu Nacional Soares dos Reis até 29 dezembro 2024, contando com mecenato do BPI e Fundação “la Caixa”, e apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

Jornada sobre Prevenção do Tráfico Ilícito de Bens Culturais

13 de Novembro, 2024

No próximo dia 15 novembro, o Museu Nacional Soares dos Reis recebe a visita dos participantes da Jornada sobre Prevenção do Tráfico Ilícito de Bens Culturais.

 

Com o apoio do Município do Porto, a Jornada sobre Prevenção do Tráfico Ilícito de Bens Culturais vai decorrer, nos dias 14 e 15 de novembro, no Anfiteatro Nobre da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

 

A iniciativa marca, pela primeira vez em Portugal, o Dia Internacional contra o Tráfico Ilícito de Bens Culturais, que se assinala a 14 de novembro, com organização do Conselho Internacional de Museus (ICOM) e o apoio do CITCEM – Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória”, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e da Câmara do Porto.

Ao longo de dois dias, a reflexão pretende sublinhar a importância da Convenção da UNESCO de 1970, contribuindo para aumentar a consciencialização, melhorar o intercâmbio de informações e cooperação (incluindo com países não pertencentes à União Europeia) e fortalecer a capacitação e especialização, com a apresentação de novos projetos internacionais relacionados com a prevenção do tráfico ilícito.

 

Os trabalhos do dia 14 de novembro serão dirigidos em inglês, sem lugar a tradução simultânea. No dia seguinte, estão previstas duas visitas que serão orientadas em português. A primeira está marcada para as 10h30, no Museu Romântico, e a segunda para as 12h30, no Museu Nacional Soares dos Reis.

Em ambos os dias, a entrada é livre, estando todas as atividades sujeitas a registo prévio.

MNSR integra programação do novo evento Circuitos’24

12 de Novembro, 2024

Nos próximos dias 15, 16 e 17 de novembro, cerca de 50 espaços do Porto dedicados à arte contemporânea abrem portas para um novo evento: Circuitos’24.

 

Sendo o mais antigo museu de arte de Portugal, berço do Centro de Arte Contemporânea, o Museu Nacional Soares dos Reis integra a iniciativa, promovida pela Galeria Municipal do Porto, que visa dar visibilidade às pessoas e aos projetos que formam o tecido artístico da cidade. Assim, o fim de semana tem como principal objetivo fortalecer o contacto e a familiaridade entre o público e a produção contemporânea da cidade.

 

Dos contextos institucionais e museológicos, passando pelos espaços de arte autogeridos por artistas e as galerias comerciais, cada um destes espaços de criação, mostra e pensamento integra uma sugestão de circuito diário, à qual acresce uma lista de eventos com diferentes propostas programáticas, entre inaugurações, concertos, performances, conversas e outras atividades.

Durante a iniciativa Circuitos’24 será ainda lançado o Mapa de Arte Contemporânea do Porto, uma plataforma digital que pretende permitir o acesso rápido à localização e informações sobre uma ampla variedade de espaços de arte contemporânea na cidade.

 

Para além da Exposição de Longa Duração, os visitantes do Museu Nacional Soares dos Reis terão ainda oportunidade de conhecer e explorar as seguintes exposições temporárias:

 

CAC 50 anos: A Democratização Vivida

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, e com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea – 50 anos: A Democratização Vivida’ evoca a história do CAC – Centro de Arte Contemporânea, embrião da Fundação de Serralves e do seu Museu de Arte Contemporânea. Conhecido como o ‘Enterro do Museu’, ocorrido a 10 junho de 1974, o protesto de artistas realizado à porta do Museu viria a dar origem à criação do Centro de Arte Contemporânea (CAC 1976-1980).

A exposição revisita a história desta aventura primordial no contexto institucional português, recriando alguns dos seus momentos expositivos e trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Afinidades na Joalharia Contemporânea

O projeto Afinidades é um ciclo de cinco edições, com temáticas anuais, compostas por exposições, workshops e conversas que exploram momentos de sintonia, empatia e semelhança entre a cultura da comunidade criativa do quarteirão Bombarda e a história e acervo do Museu Nacional Soares dos Reis. Em 2024, o tema é a Joalharia Contemporânea, tendo a artista Inês Nunes como Curadora e a obra ‘Firmino’ como referência. O resultado das participações no concurso é apresentado numa exposição anual que demonstra as “afinidades” entre a peça do Museu selecionada e as criações dos diversos artistas.

 

Memória Próxima

As questões da memória têm sido objeto de pesquisa de João Paulo Serafim. Desde 2005, tem vindo a desenvolver o projeto MIIAC-Museu Improvável Imagem e Arte Contemporânea, no qual – através da fotografia e da bibliografia – combina memórias pessoais e coletivas.

Ao longo de 2024, numa residência artística no Museu Nacional Soares dos Reis, João Paulo Serafim explora os temas basilares do seu trabalho num processo que intitulou de ‘Memória Próxima’. O resultado dessa residência é apresentado no formato de exposição no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Siza, Câmara Barroca

Exposição realizada no âmbito do projeto de investigação Siza Barroco, desenvolvido pelo Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto. Siza Barroco é um projeto de investigação que visa pôr em evidência a relação entre a ideia de Barroco e a obra de Álvaro Siza. As relações entre a arquitetura de Álvaro Siza e o Barroco estão presentes em vários autores que escreveram sobre Siza, além de permanecerem no modo como o próprio Siza, referindo-se ao Porto e a Nasoni em textos escritos, anuncia o seu interesse e empenho em conhecer melhor a arquitetura e a cidade Barrocas.

 

Exposição/Instalação Luxúria

Luxúria é uma proposta artística de Pedro Bastos, que se compõe de formas e processos criativos complementares, entre imagem estática e extática, fruto de uma investigação artística, sensorial e técnica, com o recurso ao cruzamento multidisciplinar entre o digital e analógico, entre a imagem fixa e em movimento. Estabelecem-se diálogos a partir de iconografias comuns de luxúria na escultura medieval no Norte de Portugal, trazendo para a atualidade e para uma realidade cinematográfica e dramatizada, ou romantizada, estas temáticas, efetuando leituras e releituras das mesmas, salientando os seus aspetos estéticos sob o prisma de uma poética contemporânea.

‘Coroa de Víboras’, de Mina Gallos, vence Concurso Afinidades

11 de Novembro, 2024

A peça ‘Coroa de Víboras’, de autoria de Mina Gallos, elaborada em barro cozido e vidrado, é a grande vencedora do Concurso ‘Afinidades na Joalharia Contemporânea’.

 

Desde julho, a exposição homónima, com curadoria de Inês Nunes, deu palco a artistas e joalheiros do quarteirão Bombarda, cujos objetos artísticos foram inspirados pela escultura “Busto de Firmino”, de António Soares dos Reis, ligando o património do Museu Nacional Soares dos Reis à produção artística contemporânea.

 

As peças dos participantes foram, ao longo destes quatro meses, apreciadas pelos visitantes da exposição e por um júri especializado, composto por figuras de relevo da joalharia contemporânea. A eleição da peça vencedora traduz, assim, o resultado da soma das apreciações dos elementos do Júri e da votação do público.

Esta obra, representada pela Galeria Cruzes Canhoto, “destaca-se pela sua singularidade, expressão artística e contribuição para o universo da joalharia contemporânea”, considera o Júri.

 

Na descrição da autora Mina Gallos, a peça vencedora foi idealizada como “uma coroa de víboras como uma coroa de louros como uma coroa de espinhos”, evocando “a dualidade que se estabeleceu entre o mestre/artista (Soares dos Reis) e o aluno/modelo (Firmino) numa relação ambivalente de poder e submissão, de desejo e tentação. Um objeto que pode adornar a cabeça enquanto coroação da mestria artística, mas igualmente enquanto marca de um processo de martirização”.

 

O anúncio dos resultados do concurso decorreu, no passado sábado, durante a sessão de encerramento da primeira edição do Afinidades que regressará em 2025.

 

O projeto Afinidades é um programa plurianual desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, contando com o mecenato do Super Bock Group e o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Sobre a autora *

Natural de Barcelos, Mina Gallos (Felismina Faria da Silva) encontra-se representada no Quarteirão Bombarda na Galeria Cruzes Canhoto. Desde cedo, mostrou interesse pela atividade de manipular o barro, tendo começado a executar os primeiros trabalhos, aos 11 anos, na Galante, uma das empresas de cerâmica da região que se dedicavam à produção de figurado de molde. Mais tarde, mudou-se para uma das empresas concorrentes, a Cerâmica Magrou, por onde haviam passado diversos mestres do figurado de Barcelos.

 

Em 2015, após a morte da mãe, Mina Gallos decidiu começar a criar peças da sua autoria. Os Galos e as Bonecas que desenvolveu, e que logo lhe granjearam alguma atenção por parte dos colecionadores de arte popular, continham já uma marca muito pessoal, refletindo quer a sua vasta experiência profissional quer a personalidade singular da artista.

 

Mais recentemente, dando asas à sua imaginação fértil e inquieta, começou a criar um conjunto de figuras do domínio do fantástico, onde os animais se confundem com feras e demónios, explorando o imaginário profundamente religioso e dualístico daquela região do Minho.

 

*Biografia adaptada do site Cruzes Canhoto

MNSR presente na AR-PA TURISMO cultural em Valladolid

8 de Novembro, 2024

De 15 a 17 novembro, o Museu Nacional Soares dos Reis estará representado na AR-PA TURISMO cultural, feira do Património, da Cultura e do Turismo Cultural, que se realiza em Valladolid – Espanha, como uma evolução da Feira AR&PA – Bienal Ibérica de Património Cultural.

 

AR-PA TURISMO cultural 2024 é um evento promovido pelo Conselho de Cultura, Turismo e Desporto da Junta de Castela e Leão, com o objetivo de juntar os intervenientes do setor do património cultural (material ou imaterial) de forma transversal e, simultaneamente, gerar cruzamentos entre as áreas fundamentais da Cultura e do Turismo.

 

A exemplo do que tem sucedido na última década, a Spira é a parceira portuguesa da Junta de Castela e Leão na organização deste certame, o qual contará com alguns representantes portugueses de caráter público, cuja atividade se interrelaciona com as entidades congéneres espanholas nas chamadas “Ilhas Temáticas” do evento.

 

A participação portuguesa estará assente em três grandes eixos temáticos (Gestão de Património, Cultura e Língua), contando com a presença do Museu Nacional Soares dos Reis que assegurará a representação da área da Cultura (Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E).

 

Na Gestão de Património, Portugal estará representado pelo Projeto Três Minas (Vila Pouca de Aguiar) e Fundação Côa Parque (Ministério da Cultura), enquanto a Comissão para as Comemorações dos 500 Anos do Nascimento de Camões representará a Língua Portuguesa.

Diretor do MNSR participa em conferência internacional de museus

29 de Outubro, 2024

O Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, António Ponte, participa na Conferência “Museum Leadership in the 21st Century: Regional Challenges and Global Impacts”, a realizar em Livingstone, na Zâmbia, de 1 a 5 de novembro.

 

A iniciativa é organizada por vários comités do ICOM – International Council of Museums, a maior organização internacional de museus e profissionais de museus dedicada à preservação e divulgação do património natural e cultural mundial, tais como o INTERCOM, NATHIST, ICOM África, entre outros.

 

No dia 2 de novembro, António Ponte irá proferir a comunicação dedicada ao Museu Nacional Soares dos Reis: A Museum acts locally and thinks globally.

 

As linhas gerais da Conferência “Museum Leadership in the 21st Century: Regional Challenges and Global Impacts” são definidas por três temas principais, todos relacionados com a angariação de fundos, a transformação digital e o planeamento estratégico.

 

Os diferentes parceiros baseiam-se nos resultados do inquérito global de liderança INTERCOM 2021 e centram-se nos temas centrais desse inquérito em grande escala, especificamente a angariação de fundos, a gestão de museus, a transformação digital e o planeamento estratégico para o setor dos museus numa perspetiva regional.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis é o único museu português representado no painel internacional de conferencistas.

 

Esta participação conta com a colaboração da Museus e Monumentos de Portugal, EPE e do CDJF Amigos do MNSR.

Vencedor do ‘Afinidades 2024’ anunciado a 9 novembro

29 de Outubro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) e a Associação Quarteirão Criativo (QC) assinalam o fim da primeira edição do projeto Afinidades no próximo dia 9 de novembro de 2024. Culminando em celebração e no tão aguardado anúncio da peça vencedora do concurso, o evento terá lugar entre as 16h00 e as 18h30, no MNSR.

 

A programação de encerramento integra ainda o lançamento da publicação Afinidades na Joalharia Contemporânea, que documenta todo o percurso desta edição e cataloga a participação dos 18 artistas representados na exposição. Será também aberta a votação para a escolha do tema do Programa Afinidades 2025, promovendo uma nova fase de envolvimento com a comunidade.

Programa

16h00

  • Abertura da Sessão
  • Apresentação da jornada da primeira edição do Afinidades
  • Abertura da votação do tema do Afinidades 2025
  • Lançamento da Publicação ‘Afinidades na Joalharia Contemporânea’

 

16h30

  • Anúncio da Peça Vencedora

 

16h45 – 18h30

  • Convívio e Celebração

 

Desde julho, a exposição “Afinidades na Joalharia Contemporânea”, com curadoria de Inês Nunes, deu palco a artistas e joalheiros do quarteirão Bombarda, cujos objetos artísticos foram inspirados pela escultura “Busto de Firmino”, de António Soares dos Reis, ligando o património do MNSR à produção artística contemporânea.

 

As peças dos participantes foram, ao longo destes quatro meses, apreciadas pelos visitantes da exposição e por um júri especializado, composto por figuras de relevo da joalharia contemporânea. O anúncio da peça vencedora abrirá caminho para a sua integração na loja do MNSR.

 

Este programa plurianual é desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, contando com o mecenato do Super Bock Group e o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

Afinidades na Joalharia Contemporânea: Visita e Conversa

4 de Outubro, 2024

Dando continuidade ao diálogo criativo promovido pela parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis e a Associação Quarteirão Criativo, decorre no próximo dia 12 outubro, no MNSR, uma conversa com Ana Campos e Cristina Filipe, artistas e investigadoras, moderada por Inês Nunes, curadora do projeto Afinidades na Joalharia Contemporânea.

 

Ana Campos, cuja obra é marcada pela exploração e desconstrução das formas tradicionais da joalharia, e Cristina Filipe, conhecida pelo seu trabalho teórico e artístico, trarão uma perspetiva atual sobre o desenvolvimento da joalharia contemporânea em Portugal. Ambas têm contribuído de forma significativa para esta área artística, tanto a nível nacional como internacional.

 

Moderada por Inês Nunes, a conversa incidirá sobre o conhecimento e experiência das duas investigadoras nas suas abordagens ao universo da joalharia contemporânea enquanto expressão artística e cultural.

Será ainda uma oportunidade para o público explorar o conceito de “afinidades” a partir do tema central desta edição – Firmino – destacando-se António Soares dos Reis enquanto referência na Arte que muito contribuiu para a educação, inovação, cultura e identidade do nosso país. Através das múltiplas dimensões e tal como ilustrado na exposição, reflete-se sobre o papel da joalharia contemporânea.

 

Esta conversa é parte integrante de uma tarde dedicada à joalharia contemporânea e à exploração da vizinhança do Museu Nacional Soares dos Reis (o quarteirão Bombarda) com o seguinte programa:

 

15h00 – 15h45: Visita Orientada à Exposição “Afinidades na Joalharia Contemporânea”
Uma visita guiada pela exposição, destacando a variedade de obras e artistas que participaram no projeto e como foram influenciados pelo conceito “afinidades”.

 

15h45 – 16h30: “Afinidades na Joalharia Contemporânea”: uma Conversa com Ana Campos e Cristina Filipe, moderada por Inês Nunes.

 

16h30 – 17h30: Visita Orientada – Circuito do Quarteirão Bombarda
Esta visita guiada oferece a oportunidade de explorar o Quarteirão de Miguel Bombarda, visitando as galerias e lojas que representam os 18 participantes da exposição. O itinerário inclui: Scar ID, CRU Creative Hub, Galeria Trindade, Galeria Cruzes Canhoto, Ó! Cerâmica, Tincal Lab, Collectiva e The Jewellery Experience.

 

O projeto Afinidades é uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis e a Associação Quarteirão Criativo, promovendo a ligação entre a história do museu e a produção artística contemporânea da cidade do Porto. Com uma programação anual, o projeto inclui exposições, workshops e conversas, incentivando o diálogo criativo entre a coleção do museu e a comunidade artística local, entre o passado e o presente, a tradição e a inovação.

 

O projeto conta com o apoio mecenático do Super Bock Group e do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

MNSR recebe estreia da nova proposta artística de Pedro Bastos

4 de Outubro, 2024

Artista plástico e realizador, Pedro Bastos apresenta uma nova proposta artística, intitulada ‘Luxúria’, com estreia agendada para o Museu Nacional Soares dos Reis, no dia 24 outubro, pelas 18 horas. A apresentação do filme Luxúria será acompanhada de uma performance musical a cargo de Rui Souza.

 

Luxúria compõe-se de formas e processos criativos complementares, entre imagem estática e extática, fruto de uma investigação artística, sensorial e técnica, com o recurso ao cruzamento multidisciplinar entre o digital e analógico, entre a imagem fixa e em movimento. Estabelecem-se diálogos a partir de iconografias comuns de luxúria na escultura medieval no Norte de Portugal, trazendo para a atualidade e para uma realidade cinematográfica e dramatizada, ou romantizada, estas temáticas, efetuando leituras e releituras das mesmas, salientando os seus aspetos estéticos sob o prisma de uma poética contemporânea.

 

Trata-se de uma exposição/instalação que estará, igualmente, patente ao público no Museu de Alberto Sampaio, em Guimarães (a partir de 25 outubro), e no Museu do Abade de Baçal, em Bragança (a partir do dia 26 outubro).

Pedro Bastos é artista visual e cineasta. Os seus filmes, Ao Lobo da Madragoa (2013), Cabeça D’Asno (2016), Ambulatório Através da Poesia de Augusto dos Anjos & António Nobre (2019) e Flyby Kathy (2023), têm sido apresentados em vários festivais nacionais e internacionais, tais como IFFR – Internacional *International Film Festival of Rotterdam, Oberhausen ISFF Mostra de São Paulo, Festival du Nouveau Cinéma Montreal, IndieLisboa, Curtas de Vila do Conde, Bucharest International Experimental Film Festival, etc. Participou na Biennale d’Art Contemporain – Jeune Création Européenne 2015/17. Teve a suas obras expostas em instituições nacionais e internacionais. Participou nas residências artísticas da Contextile 2022 – Bienal de Arte Têxtil Contemporânea. Publicou os livros Piche (2020) e Souvenirs Satânicos (2023).

 

Exposição/instalação patente ao público até 31 dezembro, com entrada livre.

Exposição ‘De Passagem – Moçambique 1970–1973’ patente até 13 outubro

4 de Outubro, 2024

Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, pelos curadores Mafalda Martins e Rui Pinheiro. Dia 11 outubro, às 11 horas.

 

Inscrições a decorrer AQUI

A exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, é uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de Junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete. De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis. Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o acto de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspectos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.

Celebração dos Dias Europeus da Conservação e Restauro | 2024

3 de Outubro, 2024

De 14 a 20 de outubro, um pouco por toda a Europa, celebram-se os Dias Europeus da Conservação e Restauro, iniciativa promovida pela Confederação Europeia de Associações de Conservadores-Restauradores, com o objetivo de sensibilizar para a importância da conservação do património e dos profissionais que intervêm no mesmo.

 

A data é comemorada desde 2018, Ano Europeu do Património Cultural, iniciativa da Comissão Europeia, enquadrada pelos grandes objetivos da promoção da diversidade, do diálogo intercultural e da coesão social.

O conservador-restaurador é um profissional altamente qualificado, que estuda matérias interdisciplinares, desde a química à biologia, passando pela história da arte, arqueologia e museologia. Este profissional tem a seu cargo tarefas de elevada complexidade e responsabilidade e trabalha frequentemente em redes multidisciplinares.

 

No Museu Nacional Soares dos Reis é desenvolvido um trabalho contínuo nas áreas de conservação e restauro, no contexto da gestão e acompanhamento das diferentes coleções.

 

A equipa de conservadores e restauradores participa, ainda, em projetos de investigação com o objetivo de contribuir para novos estudos sobre técnicas e procedimentos de conservação e restauro.

Mais de 5.340 visitantes usufruíram de entrada gratuita no MNSR

1 de Outubro, 2024
Visitantes no MNSR

Durante os meses de agosto e setembro, mais de 5.340 pessoas usufruíram de entrada gratuita no Museu Nacional Soares dos Reis, recorrendo à utilização do Voucher 52, o novo modelo de entradas gratuitas nos museus, monumentos e palácios tutelados pelo Estado central.

 

A entrada gratuita para cidadãos portugueses ou residentes em Portugal deixou de estar restringida aos domingos e feriados e passou a ser possível escolher 52 dias por ano de acesso grátis, desde 1 de agosto deste ano.

 

Para garantir o acesso aos museus, monumentos e palácios, os visitantes devem apresentar o cartão de cidadão nas bilheteiras para um registo, a fim de se poder contabilizar, numa base de dados central, o limite dos 52 dias por cada ano civil.

MNSR acolhe performance no âmbito do Family Film Project

30 de Setembro, 2024

Integrado num festival internacional de cinema sobre arquivo, memória e etnografia, o Family Film Project, este evento pretende desafiar artistas e teóricos a explorarem a performatividade a partir de material ou conceitos de arquivo pessoal ou de terceiros. Dia 15 outubro, pelas 17 horas, com entrada livre.

 

O Family Film Project é um festival de cinema que decorre anualmente no Porto, desde 2012. Além das sessões de cinema, o Family Film Project organiza vários tipos de eventos culturais paralelos: exposições e instalações, filmes-concerto, performances em locais diversos da cidade, masterclasses, conferências e lançamentos de livros.

 

Com diversas linhas de atuação, o festival coloca-se nas barreiras concetuais entre o cinema e as outras artes e áreas de pensamento.

Na presente edição do Family Film Project, a secção Private Collection será dedicada ao pensamento de Foucault. A intenção é apresentar um conjunto de propostas performativas nos seus valores expandidos (interdisciplinaridade, deslocamentos espaciais, deslocamentos temáticos) capazes de dialogar com algumas das noções centrais de Foucault.

 

Na performance ‘Para escapar à normapatia: esquizoanálise para todos’, Susana Caló e Godofredo Enes Pereira exploram uma polifonia de material documental e de arquivo, de vídeo, imagem, histórias orais e música, para apresentar a sua investigação sobre o inconsciente institucional e a ideia de uma ‘análise militante’.

 

Sinopse

Um cineasta é chamado para filmar um hospital psiquiátrico. Decide dar a camara aos pacientes para serem eles a filmar a sua vida diária. Um grupo de pacientes oferece dinheiro a uma pessoa que sonha ser ciclista. Um cozinheiro que faz terapia na cozinha ao mesmo tempo que prepara as refeições. Uma cozinha que é também uma ópera. Uma creche em que as crianças é que mandam. Um motorista que nunca tirou a carta. Uma reunião semanal onde não se fala sobre nada. Um sistema de salários em que cada um recebe o que precisa. Uma lavandaria que é lugar de encontro. Dois investigadores que investigam a própria vida. Consultas de psicoterapia por carta. Uma vaga de cristal. Dizia Jean Oury que a normopatia era a nossa doença. Dizia Tosquelles que depois de conhecer pessoas normais nunca mais teve dificuldade em compreender os loucos. Estórias-máquinas para re-imaginar a política. Só através do desejo se pode ler o desejo.

 

Biografias

Susana Caló é investigadora em filosofia, psicopolítica e semiótica. Doutorou-se no Centro de Investigação em Filosofia Moderna Contemporânea, em Londres, com uma reconstrução da política da linguagem e da semiótica a partir do trabalho do ativista e psicanalista Félix Guattari. A sua investigação atual dedica-se a reconstruir histórias menores da psicanalise e psiquiatria nas suas intersecções com lutas político-sociais mais amplas, e a vida colectiva dos conceitos no pensamento francês do pós-guerra, através de histórias orais e construção de arquivos. É investigadora convidada no Centre for Humanities and Health, King’s College London e co-investigadora do projeto “Pragmatic Genealogy of Concepts” (KCL), financiado pela British Academy. É membro do coletivo Other Ways to Care, e co-fundadora da plataforma Chaosmosemedia.

 

Godofredo Enes Pereira é arquiteto, investigador e diretor do mestrado em Environmental Architecture no Royal College of Art, em Londres. É doutorado pelo Centre for Research Architecture da Goldsmiths University London. Na última década, tem vindo a desenvolver investigação, publicações e exposições sobre arquitetura ambiental, territórios existenciais e equipamentos coletivos. É co-investigador no projeto “Scales of Climate Justice” com financiamento da British Academy e fundador do GIT/Grupo de Investigação Territorial.

 

Desde 2017, Susana Caló e Godofredo Pereira trabalham no livro CERFI. Análise militante, Equipamento coletivo e Programação Institucional, com publicação prevista para 2024, pela Minor Compositions.

Conversa ‘Será possível viver sem misteriosidade? E o cérebro?’

27 de Setembro, 2024

“Será possível viver sem misteriosidade? E o cérebro?” é o tema da próxima sessão do Ciclo de Conversas no Palácio dos Carrancas, promovido pelos Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Com os professores Jaime Milheiro e Manuel Sobrinho Simões como oradores principais, a conversa terá moderação de Carlos Magno, encenação musical de Gil Milheiro e pinturas de Joaquim Pinto Vieira.

 

Dia 3 outubro, pelas 18 horas, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Inscrições através do email: amigosdomnsr@gmail.com

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Desde a sua fundação, em 1940, os Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis têm colaborado com o Museu na realização, evolução, – promoção dos seus projetos e programas, na aquisição de obras de arte, – valorização e organização de espaços para o enriquecimento de coleções com nomes ligados ao mais ilustre do mundo das Artes e Letras.

Faça parte dos Amigos do Museu

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O papel fundamental do turismo na promoção da paz mundial

27 de Setembro, 2024

Celebra-se, hoje, o Dia Mundial do Turismo, sob o tema “Turismo e Paz”. Desde 1980, o Dia Mundial do Turismo é celebrado, anualmente, a 27 de setembro, por ter sido o dia que entraram em vigor as diretivas consideradas como mais marcantes para o turismo global.

 

A Organização Mundial do Turismo pretende demonstrar com esta comemoração, a importância do turismo e do seu valor cultural, económico e social.

 

A busca pela paz é um esforço contínuo, e o progresso através do turismo é mais relevante do que nunca. O setor pode desempenhar um papel vital como catalisador para promover a paz e o entendimento entre nações e culturas e no apoio a processos de reconciliação.

É nesta lógica que este ano, o Dia Mundial do Turismo, promovido pelo Turismo da ONU, tem como tema “Turismo e Paz”, sendo Tbilisi, capital da Geórgia, a anfitriã das celebrações oficiais do Dia Mundial do Turismo 2024, destacando a interseção entre viagens e harmonia global.

 

No alinhamento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, destaca-se especialmente o ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes, que promove a paz global através do turismo responsável, enfatiza a importância da compreensão intercultural e da cooperação internacional. Pretende-se, assim, refletir sobre o papel fundamental do turismo na promoção da paz mundial.

 

Considerado um dos maiores setores económicos do mundo, de acordo com o Turismo da ONU, este setor assume-se de importância vital para a economia de muitos países, que têm no turismo um elemento essencial para o crescimento e desenvolvimento económico.

 

Sendo um setor que regista elevados índices de crescimento, o turismo não só apresenta benefícios económicos, como assume importância fulcral na promoção da cultura, língua e costumes de um país, povo ou população.

Exposição ‘De Passagem – Moçambique 1970–1973’ – Visita Orientada

23 de Setembro, 2024

Visita Orientada à Exposição De Passagem – Moçambique 1970–1973, pelo autor Mário Martins, integrada no circuito de inaugurações, no Porto, dos Encontros da Imagem. Dia 28 setembro, às 17 horas.

 

Entrada livre.

A exposição De Passagem, Moçambique 1970–1973, de Mário Martins, é uma extensão no Porto dos Encontros da Imagem – Festival Internacional de Fotografia e Artes Visuais, com programação da The Cave Photography e curadoria de Mafalda Martins, Miguel Refresco, Rui Pinheiro e Sérgio Correia.

 

Mário Martins nasceu em Vila Real a 25 de Junho de 1948, filho de pais flavienses. Como milhares de portugueses, foi chamado para a Guerra Colonial em 1970, mobilizado contra a sua vontade. Esteve em Moçambique como alferes miliciano numa companhia de intervenção independente, em operações no Niassa, Zambézia e Tete. De lá trouxe as vivências apresentadas nesta exposição, que revelam a sua preocupação social numa guerra que considerava sem sentido e que fortaleceram a sua afinidade com o movimento libertador do 25 de Abril de 1974. Este idioma universal que é a fotografia seduziu-o desde sempre, mas só em Moçambique se imbuiu profundamente na sua prática.

 

Um olhar sobre o olhar, revisitando este arquivo pessoal de fotografias originais, impressas há mais de 50 anos, é a proposta apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis. Uma narrativa deambulante, que encerra em si partes de uma coleção organizada, comentada, parcialmente fechada e onde constam elementos inerentes à prática fotográfica e a experiências de impressão, anotações técnicas e processos químicos e físicos imanentes. Imagens que transcendem a data em que foram feitas, expondo-as à razão que as antecede, algures entre o exercício de contestação ou o acto de sobrevivência.

 

50 anos depois de Abril, a possibilidade de perscrutar a Guerra Colonial sob múltiplos aspectos, num diálogo intrínseco entre memória e contemporaneidade, que transpõe a história linear e a abre a novos entendimentos.

MNSR acolhe última série de conferências do Programa Siza Baroque

23 de Setembro, 2024

José Miguel Rodrigues, Joana Couceiro, Ana Tostões e Jorge Figueira são os oradores da segunda e última série de conferências no âmbito do Programa Siza Baroque, desenvolvido pelo Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo, da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto.

 

As conferências proporcionarão um olhar sobre a obra de Álvaro Siza através de três lentes distintas, com a realização de um debate final, moderado por Sílvia Ramos, investigadora do projeto.

 

O ciclo de conferências vai decorrer no dia 28 setembro, das 11h00 às 18h00, no Museu Nacional Soares dos Reis, onde está patente a Exposição ‘Siza, Câmara Barroca’.

 

A entrada é livre, sujeita a inscrição até ao dia 27 de setembro através de formulário online.

Cerimónia das Exéquias em Memória de D. Pedro IV, o “Libertador”

19 de Setembro, 2024

Por ocasião do 190º aniversário da morte de D. Pedro IV, irá decorrer a Cerimónia das Exéquias em Memória de D. Pedro IV, no dia 24 de setembro, pelas 21h30, na Igreja da Lapa, no Porto.

 

Do programa da cerimónia, faz parte a Evocação de D. Pedro IV de Portugal, I do Brasil e Leitura de elogio fúnebre; e um concerto com a participação do Coro Polifónico da Lapa, Grupo Coral de Ribeirão, Alexandra Quinta e Costa (soprano), Banda do Exército (destacamento do Porto), Filipe Veríssimo (órgão), João Veríssimo (piano), sob direção do Capitão Artur Cardoso.

D. Pedro I do Brasil ou D. Pedro IV de Portugal, “o Libertador”, foi o primeiro Imperador do Brasil como Pedro I de 1822 até sua abdicação em 1831, e também Rei de Portugal e Algarves como Pedro IV entre março e maio de 1826. Era o quarto filho do rei João VI de Portugal e da rainha Carlota Joaquina da Espanha.

 

Um dos pontos de visita obrigatória no âmbito da Rota Porto Liberal é o Museu Nacional Soares dos Reis, cuja origem remonta ao Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na guerra civil.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis tem à sua guarda algumas peças que constituíram a farda de Coronel de Caçadores nº 5, usada por D. Pedro de Alcântara, duque de Bragança, durante o Cerco do Porto: dolman, colete, boné, chapéu armado, espada, talabarte, boldrié (cinturão com talim para suspensão de espada) óculo, porta-mapas.

 

A primeira sala da nova exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, em rotatividade, os elementos dos uniformes utilizados por D. Pedro durante a guerra civil.

 

Recorde-se que a Rota Porto Liberal foi criada em 2017, agregando várias entidades: Câmara Municipal do Porto, Direção Regional de Cultura do Norte, Exército Português, Venerável Irmandade de Nª Sª da Lapa, Museu e Igreja da Misericórdia do Porto e Museu Nacional Soares dos Reis, na divulgação dos lugares associados a esse tempo de luta e ao contributo dado por D. Pedro IV, também libertador do Brasil e seu primeiro imperador, enquanto país independente.

 

Descubra a Rota aqui

MNSR acolhe lançamento do livro ‘Gente do Porto e da Ordem da Trindade’

18 de Setembro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis recebe, no próximo dia 26 de setembro, pelas 18 horas, a sessão de lançamento do livro “Gente do Porto e da Ordem da Trindade”, de Luís Lima. A apresentação estará a cargo do Prof. Doutor Mário Bruno Pastor, sendo uma oportunidade para conhecer histórias sobre os benfeitores, médicos e corpos gerentes que ajudaram a minimizar as carências sociais da cidade, especialmente através da Farmácia, Hospital, Liceu e Lar da Ordem da Trindade.

 

A Celestial Ordem Terceira da Santíssima Trindade é uma instituição com uma história que se confunde com a da cidade do Porto desde o século XVIII.

 

Fundada a 14 de maio de 1755 e com um património histórico, artístico, cultural, religioso e assistencial sem paralelo, a Ordem da Trindade realiza ações de serviço e responsabilidade social com um papel ativo no apoio aos mais idosos, promovendo o debate na comunidade sobre como todos podemos contribuir para uma sociedade mais inclusiva. Conta, para isso, com um conjunto de Irmãos diretamente vinculados às suas atividades.

 

Em 2020, no ano em que celebrou 265 anos, iniciou um importante projeto de reabilitação das suas infraestruturas, nomeadamente a reestruturação do hospital, a ampliação das Unidades de Cuidados Continuados e a criação das condições para um novo espaço de exposição da história e do espólio da Ordem.

Visita orientada com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

17 de Setembro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis promove, no próximo dia 26 setembro, pelas 15 horas, uma visita orientada à exposição temporária evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa – LGP.

 

As visitas são abertas à participação de todos os interessados, não sendo exclusivas para pessoas Surdas, estando sujeitas a inscrição prévia que pode ser efetuada aqui.

 

Visando proporcionar uma experiência mais inclusiva e acessível a pessoas surdas, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) promove um ciclo de visitas orientadas, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa – LGP. A iniciativa resulta de um protocolo de colaboração estabelecido com o Município de Vila Nova de Famalicão, através do qual é assegurada a colaboração de Luísa Peixoto, Tradutora e Intérprete em Língua Gestual Portuguesa.

 

Estas visitas guiadas inclusivas serão realizadas a áreas temáticas da Exposição de Longa Duração do MNSR, bem como às exposições temporárias patentes no Museu.

‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’ é a mais recente exposição temporária, evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, o qual nasceu e permaneceu no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1976 e 1980, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

Durante este período foram promovidas cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostraram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea –  50 anos: A Democratização Vivida’ recria alguns dos seus momentos expositivos, trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra fica patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o apoio mecenático do BPI e Fundação “la Caixa”, e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

123º Aniversário de Nascimento do poeta e escritor José Régio

17 de Setembro, 2024

No dia em que se assinala o 123º Aniversário de Nascimento de José Régio, recordamos a exposição «José Régio [Re]visitações à Torre de Marfim», comissariada por Rui Maia, e apresentada no Museu Nacional Soares dos Reis em 2021.

 

José Régio é o pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira. Nasceu em 17 setembro de 1901, em Vila do Conde, cidade onde viveu a infância e adolescência e fez os primeiros estudos.

 

Após uma estadia de dois anos no Porto, para concluir o 3.º ciclo do curso liceal, foi para Coimbra para frequentar a Faculdade de Letras. Aí se licenciou em Filologia Românica, em 1925, defendendo a tese intitulada “As correntes e as individualidades na Moderna Poesia Portuguesa”, trabalho onde foi feita, pela primeira vez, a apologia dos poetas da revista Orpheu.

Cedo, iniciou a sua atividade literária em jornais e revistas. É de salientar a colaboração de José Régio, já na década de 20, nas revistas portuenses Crisálida e A Nossa Revista e também nas coimbrãs Bizâncio e Tríptico. Mas foi em Coimbra que consolidou as suas qualidades literárias, fruto do intenso contacto com os livros que vieram a influenciar a sua obra, como ainda pelo convívio com os intelectuais que marcaram um dos períodos mais fecundos do séc. XX, tanto na criação literária como na crítica.

 

No ano seguinte à conclusão da licenciatura, publicou o seu primeiro volume de poesia Poemas de Deus e do Diabo, assinando-o com o pseudónimo literário José Régio.

 

Em março de 1927, fundou com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca, a revista Presença que durou treze anos e foi considerada o órgão divulgador do “segundo modernismo”.

 

Concluído o Curso da Escola Normal, iniciou a carreira docente, com uma breve experiência como professor provisório, no Liceu Alexandre Herculano, no Porto, até ser nomeado, em 1930, professor efetivo no liceu de Portalegre, cargo que exerceu até se reformar, em 1962.

 

Desde então, viveu alternando a sua residência entre Vila do Conde e Portalegre, até que em 1966, se instalou definitivamente em Vila do Conde.

 

José Régio morreu a 22 de dezembro de 1969, vítima de doença cardíaca.

 

Em 2021, o Museu Nacional Soares dos Reis apresentou a exposição «José Régio [Re]visitações à Torre de Marfim». Uma mostra de poesia e desenho que permite um maior conhecimento da produção de José Régio.

 

Desenhos de cariz intimista, referências do imaginário do poeta, fixados a tinta-da-china, aguada, lápis de cor e cera pigmentada, consolidando o risco prévio a grafite, marcam o manuscrito do autor, ora incluídos na tessitura do poema, ora antecipando-o ou sucedendo-o, materializando a impressão fugaz que lhe parecia escapar, lê-se na apresentação feita pelo curador Rui Maia.

 

Esta mostra é resultado das atividades do grupo de trabalho nacional estruturado no âmbito da evocação dos 50 anos da morte de José Régio, que se assinalou em 2019.

Em setembro, descobrimos o ‘Esquife’ do Convento de Santa Clara

16 de Setembro, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Ingresso
Entrada gratuita

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, na rubrica A Peça do Mês – A Escolha do Público, um ‘Esquife’ proveniente do Convento de Santa Clara de Vila do Conde. As sessões comentadas, por Paula Oliveira, decorrem nos dias 25 setembro (13h30) e 26 setembro (18h00). Inscrições a decorrer.

 

Um esquife que servia para enterrar as freiras” é a informação que chegou até nós e que recorda a primitiva função desta peça no grandioso Convento de Santa Clara de Vila do Conde. Foi executado em pau-preto e latão dourado, materiais utilizados pelos ensambladores portugueses em finais do século XVII para a criação das suas melhores obras.

 

Situado numa pequena colina, na periferia da malha urbana de Vila do Conde, com vistas sobre o vale do rio Ave e sobre a própria cidade, o Convento de Santa Clara foi fundado em 1318 por D. Afonso Sanches, filho ilegítimo do rei D. Dinis e sua mulher D. Teresa Martins, com o intuito de acolher senhoras da nobreza com poucos recursos.

 

Foi doado no ano seguinte à Ordem de Santa Clara, tendo funcionado como convento feminino até à sua extinção no século XIX. O edifício conventual foi parcialmente reedificado em 1777, sendo alvo de sucessivas alterações até finais do século XX.

 

Integrado num vasto conjunto monumental, que integra também a Igreja Gótica de Santa Clara, o respetivo claustro e o aqueduto, a sua volumetria assume-se de forma majestosa perante a vila e sobre o vale do rio Ave, com uma imagem neoclássica.

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