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Felicidade Ramos

24 agosto: Evocação da Revolução Liberal do Porto de 1820

22 de Agosto, 2024

A 24 de agosto de 1820 teve início o movimento do levante militar que haveria de dar origem à Revolução Liberal do Porto, a qual abriu uma nova era em Portugal.

 

Os locais, as histórias e os protagonistas da revolução liberal e da guerra civil estão em destaque numa rota que mostra o Porto como palco de confrontos entre Liberais e Absolutistas, as fações lideradas pelos príncipes irmãos, D. Pedro e D. Miguel.

 

Um dos pontos de visita obrigatória é o Museu Nacional Soares dos Reis.

O confronto entre ideais, no início do século XIX, marcou fortemente o Porto. Desde a Revolução de 1820 até à vitória liberal na Guerra Civil de 1832-34, a cidade viveu intensamente o confronto entre estes dois mundos, duas formas de organização social, económica, religiosa e de mentalidades. Em 1829 os absolutistas no poder mandam enforcar em praça pública os homens que ficaram conhecidos como Os Mártires da Liberdade, exibindo as suas cabeças decepadas, como forma de aviso aos demais revoltosos.

 

Palco de confrontos entre as duas fações em luta – Liberais e Absolutistas –, lideradas pelos dois príncipes irmãos, D. Pedro e D. Miguel, o Porto sofreu um cerco de 13 meses (1832-33) que deixou marcas profundas na cidade e levou a um sofrimento atroz da sua população. Estas marcas perduraram na memória urbana, nas suas ruas e lugares, mas também na música, nas artes, na arquitetura.

 

A Rota Porto Liberal lança-lhe o desafio de descobrir os lugares associados a esse tempo de luta e o coração do Rei Soldado, também libertador do Brasil e seu primeiro imperador, enquanto país independente.

 

Um dos pontos de visita obrigatória é o Museu Nacional Soares dos Reis, cuja origem remonta ao Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na guerra civil.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis tem à sua guarda algumas peças (ver imagens) que constituíram a farda de Coronel de Caçadores nº 5, usada por D. Pedro de Alcântara, duque de Bragança, durante o Cerco do Porto: dolman, colete, boné, chapéu armado, espada, talabarte, boldrié (cinturão com talim para suspensão de espada) óculo, porta-mapas.

 

A primeira sala da nova exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, em rotatividade, os elementos dos uniformes utilizados por D. Pedro durante a guerra civil.

 

Recorde-se que a Rota Porto Liberal foi criada em 2017, agregando várias entidades: Câmara Municipal do Porto, Direção Regional de Cultura do Norte, Exército Português, Venerável Irmandade de Nª Sª da Lapa, Museu e Igreja da Misericórdia do Porto e Museu Nacional Soares dos Reis, na divulgação dos lugares associados a esse tempo de luta e ao contributo dado por D. Pedro IV, também libertador do Brasil e seu primeiro imperador, enquanto país independente.

 

Descubra a Rota aqui

Evento assinala o Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia

22 de Agosto, 2024

No âmbito da Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’, patente no Museu Nacional Soares dos Reis, com trabalhos fotográficos dos autores ucranianos Kostiantyn, Vlada Liberov e Yurko Dyachyshyn, decorre, no próximo dia 29 agosto, pelas 16h30, um evento que assinala o Dia da Memória dos Defensores da Ucrânia.

 

A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis, o Consulado da Ucrânia no Porto e a Associação dos Ucranianos em Portugal – Núcleo da Área Metropolitana do Porto, sendo o evento organizado em homenagem a todos os que morreram na luta pela independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia.

Com a presença de vários convidados institucionais, a sessão será presidida por Alina Ponomarenko, cônsul da Ucrânia no Porto, e contará com diversos momentos de poesia e música, interpretados por Sofia Couto, Svitlana Holomonova e Grupo Folclórico Ucraniano Shum.

 

A exposição fotográfica dos trabalhos Konstianyn, Vlada Liberovi e Yurko Dyachyshyn – patente até 30 agosto – pretende mostrar o impacto da agressão militar russa na vida dos ucranianos e dos cidadãos da Europa de Leste.

 

Nenhum dos autores das obras expostas é fotógrafo de guerra, pelo que a exposição revela, igualmente, como a guerra mudou também a vida dos fotógrafos.

Livros, revistas e catálogos em promoção na Loja do MNSR

20 de Agosto, 2024

De 23 de agosto a 8 de setembro, o Museu Nacional Soares dos Reis realiza uma campanha de promoção, com descontos até 50% em vários livros, revistas e catálogos à venda na loja do Museu.

 

Abordando temáticas diversas relacionadas com a Arte e o Património, os títulos disponíveis podem ser adquiridos – a preços mais convidativos – durante o horário normal de funcionamento do Museu Nacional Soares dos Reis (de terça a domingo, das 10h00 às 18h00). Entrada livre.

Entre os vários títulos disponíveis, destacam-se:

 

  • AZUL E OURO

O catálogo resulta do levantamento extenso, realizado nas coleções públicas e privadas portuguesas, de objetos em esmalte produzidos nas oficinas de Limoges e de peças de ourivesaria com essa matéria com as mais variadas origens de fabrico. Traz, ainda, a público estudos desenvolvidos nos últimos anos e permite posicionar as peças pertencentes a coleções portuguesas num quadro patrimonial de abrangência europeia.

 

  • JULIO RESENDE. A PALAVRA E A MÃO

Catálogo da exposição que tem como fio condutor a relação do pintor com escritores como Vergílio Ferreira, Eugénio de Andrade, Mário Cláudio, Vasco Graça Moura, Fernando Namora ou Viale Moutinho, que abordaram o seu trabalho em diferentes momentos do seu longo itinerário artístico. Contempla outras dimensões da relação entre a palavra e a imagem, nomeadamente através das ilustrações literárias a que Júlio Resende se dedicou, da banda desenhada e do desenho humorístico, que desde cedo publicou na imprensa, e da produção de figurinos e cenários para textos dramáticos levados à cena pelo Teatro Experimental do Porto, pelo Teatro Experimental de Cascais e pela Seiva Trupe.
Pintura e desenho, estudos e projetos destinados a uma prática artística abrangente e de grande cunho experimental permitem observar Júlio Resende entre a imagem e o texto, na multiplicidade de discursos a que se soube adaptar e que sobre ele foram elaborados.

 

  • FÁBRICA DE LOIÇA DE MIRAGAIA

Catálogo da exposição dedicada à Fábrica de Louça de Miragaia, a qual teve a sua duração temporal desde 1775 até meados do século XIX. Este estudo permite conhecer o seu espaço, processos de fabrico e conspecto social, para além, de apresentar o “livro de receitas cerâmicas” da fábrica. O catálogo contém imagens de loiça decorativa e utilitária, com a respetiva descrição, dimensão, período de fabrico e marca.

 

  • JOÃO ALLEN. COLECIONAR O MUNDO

Catálogo da exposição sobre João Allen nos 170 anos da sua morte. Os comissários, Rui Morais e José Costa Reis, com a colaboração da família de João Allen e das outras instituições que detêm coleções que lhe pertenceram, Câmara Municipal do Porto e Misericórdia do Porto, partiram do estudo do passaporte da viagem a Itália que João Allen realizou em 1826/1827 e criaram uma exposição que traça o percurso dessa viagem e mostra a sua influência na abertura do museu deste colecionador na cidade do Porto, em 1837.

 

  • METAMORFOSES DA HUMANIDADE (BILINGUE), GRAÇA MORAIS

“Metamorfoses da Humanidade” é um catálogo bilingue da exposição que esteve patente no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, no Museu Nacional de Arte Contemporânea e no Museu Nacional Soares dos Reis. Trata-se de um conjunto de mais de oito dezenas de desenhos e pinturas sobre papel, todos de 2018, onde assistimos do lado de cá da tela a uma reflexão silenciosa sobre a natureza humana, em temas tão densos e pouco felizes como a guerra, a perda absoluta, a fome, a morte e o sofrimento. A esperança, essa, surge apenas como uma réstia, uma luz ao fundo de um túnel que parece não ter fim à vista.

Visita Orientada à Exposição CAC – 50 anos: A Democratização Vivida

12 de Agosto, 2024

Visita Orientada à Exposição ‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’, por Ana Mântua, está agendada para o próximo dia 22 agosto, pelas 15 horas.

 

Aberta à participação de todos os interessados, a visita é gratuita e está sujeita a inscrição prévia através do formulário disponível aqui.

‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’ é a mais recente exposição temporária, evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, o qual nasceu e permaneceu no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1976 e 1980, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

Durante este período foram promovidas cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostraram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea –  50 anos: A Democratização Vivida’ recria alguns dos seus momentos expositivos, trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra fica patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o mecenato do BPI e Fundação “la Caixa” e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

117º Aniversário de Nascimento do escritor Miguel Torga

12 de Agosto, 2024

Assinala-se, hoje, dia 12 agosto, o 117º Aniversário de Nascimento de Miguel Torga, autor de vasta e variada produção literária, largamente reconhecida.

 

No livro «Portugal», Miguel Torga escreve sobre a sua relação com a cidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis, onde atualmente se encontra representado na Exposição de Longa Duração.

“Eu gosto do Porto. Não do porto erudito do Sampaio Bruno ou do burguês e literário do Ramalho. Gosto de um Porto cá muito meu, de que vou dizer já, e amo-o de um amor platónico, avivado de ano a ano à passagem para a minha terra natal, quando o Menino Jesus acena lá das urgueiras.

 

Entro então nele a tiritar de frio, atravesso-o molhado de nevoeiro, arranjo quarto, e deito-me no aconchego dessa velha e casta paixão que nos une. No dia seguinte, pela manhã, levanto-me, compro um jornal, embarco, e a minha visita anual e discreta acabou.

 

De vez em quando perco a cabeça, estrago os horários e vou ao Museu Soares dos Reis ver o Pousão, passo pela igreja de S. Francisco, ou meto-me num eléctrico e dou a volta ao mundo, a descer à Foz pela Marginal e a subir pela Boavista (…)”. (Miguel Torga, Portugal, Porto pps. 39-40)

 

Adolfo Correia da Rocha nasceu em 1907, em S. Martinho de Anta, Sabrosa, onde concluiu, com distinção, os estudos primários.

 

Oriundo de uma família humilde de camponeses e sem grandes recursos económicos, trabalhou no Porto, passou pelo Seminário de Lamego e, ainda adolescente, emigrou para o Brasil. De regresso a Portugal, cursou Medicina em Coimbra, onde viveu e faleceu em 1995.

 

De personalidade veemente e intransigente, foi poeta presencista, numa primeira fase associado ao grupo da Presença que cedo abandonou.

 

Adotou o pseudónimo Miguel Torga, em homenagem a dois grandes vultos da cultura ibérica, Miguel de Cervantes e Miguel de Unamuno, e ainda à torga, planta brava da montanha com fortes raízes.

 

A sua extensa obra aborda, entre outros temas, o drama da criação poética, o desespero humanista, o sentimento telúrico, a problemática religiosa, o iberismo e o universal.

 

Defensor da liberdade e da justiça, teve obras censuradas, foi vítima de perseguição política e esteve preso, apesar de nunca ter aderido a qualquer partido político.

 

Laureado com numerosos prémios literários nacionais e internacionais, foi candidato a Prémio Nobel da Literatura.

Serviço Educativo promove oficina ‘Esta é a minha praia’

8 de Agosto, 2024

Oficina ‘Esta é a minha praia’

11 agosto, domingo, 10h30/12h30

 

Público-alvo | Famílias com crianças dos 5 aos 12 anos

 

Entrada | Gratuita

 

Inscrições se.mnsr@museusemonumentos.pt

Partindo das paisagens marinhas do naturalismo e de elementos característicos desta paisagem presentes na escultura O Desterrado, de autoria de António Soares dos Reis, nesta oficina para famílias propõe-se um exercício de modelação com argila e gessos criando-se objetos que poderão integrar essas paisagens.

 

Dinamizada pelo Serviço Educativo do Museu Nacional Soares dos Reis, a oficina ‘Esta é a minha praia’ será orientada por Jorge Coutinho.

 

Apaixonado pela arte e pela natureza, entusiasta da economia circular e da reciclagem, Jorge Coutinho assume-se como um ‘explorador autodidata’ que busca o conhecimento para transformar simples objetos do dia-a-dia em acessórios de joalharia, luminárias, cadernos, figurado em gesso, entre outros.

 

Colaborador de várias publicações e autor premiado em múltiplos concursos nacionais, Jorge Coutinho é ilustrador científico, fotógrafo de natureza e paisagem, dinamizador de oficinas e ateliers didáticos no Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, onde trabalha há mais de 15 anos.

Visita «Uma casa incomum – a Casa-Museu Fernando de Castro»

7 de Agosto, 2024

Sábado, 10 agosto, 11H00
Duração: 1h (aprox.)
Visita orientada por Ana Mântua
Mínimo de 5 pessoas e máximo de 12 pessoas

Inscrições aqui

 

Iniciativa exclusiva para membros do Círculo Dr. José Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

No âmbito da programação proposta para o mês de agosto, decorre no dia 10, pelas 11 horas, uma visita orientada à Casa-Museu Fernando de Castro, no Porto.

 

O acervo da Casa-Museu Fernando de Castro é constituído por diferentes coleções reunidas ao longo de várias décadas. É composto, maioritariamente, por arte religiosa com representações eruditas e de cariz popular, pintura naturalista portuguesa e artes decorativas. Destaca-se, ainda, um interessante núcleo de caricaturas e alguns livros da autoria de Fernando de Castro, colecionador, artista e poeta.

 

Fernando de Castro (Sé, 23 nov. 1888 – Paranhos, 7 out. 1946) foi um colecionador e empresário portuense reconhecido pela sua veia poética manifesta em publicações, com gosto pela leitura e inclinação para o desenho tendo criado várias séries de caricaturas.

 

Fernando de Castro viveu na rua das Flores junto da loja do pai, cujo negócio prosperou em vidros, espelhos e papéis pintados. Entre 1893-1908, o empresário empenhou-se na construção de uma nova casa situada na rua de Costa Cabral.

 

Desde cedo, Fernando de Castro cresceu dentro de um imaginário pleno de figuras de estilo e de ícones, em particular no que diz respeito ao mobiliário e recheio da casa de Costa Cabral— património que conservou e respeitou após a morte do pai em 1918.

 

Na idade adulta, desenvolveu os seus interesses culturais num círculo de amigos ligados aos negócios e com um gosto particular pelas artes e letras. Terá sido após a morte da mãe em 1925 que Fernando de Castro fez novas aquisições de peças.

 

A Casa-Museu Fernando de Castro é administrada pelo Museu Nacional Soares dos Reis desde 1952. As visitas estão sujeitas a marcação prévia. Saiba mais aqui.

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175º Aniversário de Nascimento de Joaquim Vitorino Ribeiro

6 de Agosto, 2024

Joaquim Vitorino Ribeiro nasceu no Porto a 6 de agosto de 1849. Cursou a Academia Portuense de Belas-Artes, onde teve como professor João António Correia.

 

Em 1873 foi para Paris completar a sua educação artística, como pensionista particular e depois do Estado. Aí estudou com o célebre professor da Escola de Belas-Artes Alexandre Cabanel, tal como os seus conterrâneos Silva Porto, Henrique Pousão, Sousa Pinto.

 

Produzida em 1879, a obra “Mártir Cristão” de Joaquim Vitorino Ribeiro, que integra a exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis, foi exposta em 1880 no Salon (França), tendo sido referida pelo jornal “Le Figaro”.

Adquirida pouco depois para o Museu Municipal do Porto, O Mártir, estará presente desta vez em Madrid na Exposição de Bellas Artes de 1881.

 

No Porto, para além de expor nas Trienais da APBA (1869, 1874, 1881), tomou parte nas Exposições d’Arte de 1888, 1889, 1893 e 1894. As suas obras irão aparecendo regularmente nas mais conhecidas exposições realizadas nesta cidade em 1917, 1927, 1932, 1933, 1936.

 

Outra faceta da sua personalidade foi a de colecionador apaixonado, enchendo a sua casa de um numeroso e interessante núcleo de peças, tendo sido transformada na Casa-Museu Vitorino Ribeiro graças à doação que os seus filhos, o Dr. Pedro Vitorino e o Arquiteto Emanuel Ribeiro, fizeram à Câmara Municipal do Porto.

Casa da Família Vitorino Ribeiro @Arquivo Municipal do Porto

Casa da Família Vitorino Ribeiro @Arquivo Municipal do Porto

Exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’

5 de Agosto, 2024

De 20 a 30 agosto, o Museu Nacional Soares dos Reis acolhe a exposição ‘Entre a Luz e a Escuridão. A luta pela Liberdade’, com trabalhos fotográficos dos autores ucranianos Kostiantyn, Vlada Liberov e Yurko Dyachyshyn.

 

A mostra é resultado de uma parceria entre o Museu Nacional Soares dos Reis, o Consulado da Ucrânia no Porto e a Associação dos Ucranianos em Portugal – Núcleo da Área Metropolitana do Porto, na sequência da recente visita ao MNSR da cônsul da Ucrânia no Porto, Alina Ponomarenko.

 

A exposição fotográfica dos trabalhos Konstianyn, Vlada Liberovi e Yurko Dyachyshyn pretende mostrar o impacto da agressão militar russa na vida dos ucranianos e dos cidadãos da Europa de Leste.

As fotografias mostram a guerra da Rússia contra a Ucrânia, numa realidade sem adornos, enfeites ou encenações. Nenhum dos autores das obras expostas é fotógrafo de guerra, pelo que a exposição revela, igualmente, como a guerra mudou também a vida dos fotógrafos.

 

Retratados e autores das fotografias viram a escuridão mas viram também a verdadeira luz da coragem, do apoio mútuo e da resiliência. Ao observar os rostos das pessoas fotografadas é possível perceber o que significa viver no limite entre a luz e a escuridão.

 

 

SOBRE OS AUTORES

 

Kostiantyn e Vlada Liberov

Odesa, Ucrânia

 

Desde 2018, Kostiantyn e Vlada Liberov têm trabalhado no domínio da fotografia artística. Após a invasão Russa da Ucrânia em grande escala, passaram a fazer reportagens fotográficas: filmaram o rescaldo da guerra em Kharkiv, Sievierodonetsk, Lysychansk, Mykolaiv, Bucha, Irpin, Kherson e Bakhmut. Deslocaram-se várias vezes à linha da frente e fotografaram os soldados Ucranianos nas suas posições.

 

As fotografias foram publicadas em diversos meios, como The New York Times, Los Angeles Times, The Wall Street Journal, The Insider, The Independent. Uma das fotografias foi selecionada pela revista Time como uma das 100 melhores fotografias de 2022.

 

Em 2023, Kostiantyn Liberov recebeu a Ordem de Mérito «por significativos serviços no fortalecimento da soberania estatal ucraniana, coragem e dedicação demonstradas na defesa da soberania e integridade territorial da Ucrânia».

 

 

Yurko Dyachyshyn

Lviv, Ucrânia

 

Dedica-se à fotografia, à arte de rua e à instalação. Desde 2003, tem vindo a documentar a vida quotidiana das ruas de Lviv. Colabora ativamente com a Agence France-Presse / AFP.

 

As suas fotografias foram publicadas em inúmeras publicações internacionais, com destaque para o New York Times, CNN, The Guardian, The Telegraph, Der Spiegel, Die Weltwoche, La Repubblica, Metronews, De Standard, The Wall Street Journal, Washington Post, Feature Shoot.

 

Vencedor de concursos internacionais: Prémio Especial do Júri no «Humanity Photo Awards 2013» (Pequim, China), 1º lugar na categoria «Fotografia de Reportagem» no «ZESTAW 2011» (Świdnica, Polónia), Medalha de Ouro da FIAP, «31th Zagreb Salon» (Zagreb, Croácia), entre outros.

MNSR na lista dos locais de visita obrigatória sugeridos pela SIC

4 de Agosto, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis integra a lista dos quatro locais sugeridos pelo canal de televisão SIC para um roteiro de visita nas cidades do Porto e Amarante.

 

Torre dos Clérigos, Museu Municipal Amadeo de Souza-Cardoso e Igreja de São Gonçalo de Amarante completam o périplo. Veja aqui a reportagem.

Voucher 52 garante acesso gratuito a museus e monumentos

1 de Agosto, 2024
Fachada do Museu Nacional Soares dos Reis

Entra hoje em vigor o Voucher 52, através do qual os cidadãos nacionais ou residentes em Portugal passam a ter acesso gratuito aos museus, monumentos e palácios, sob gestão da Museus e Monumentos de Portugal, em qualquer dia da semana.

 

O Voucher tem um limite de 52 acessos gratuitos por pessoa em cada ano civil, sendo que, após a entrada em vigor a 1 agosto, são 22 as entradas gratuitas asseguradas até ao final do presente ano.

Pinturas de François Clouet estão de regresso ao MNSR

31 de Julho, 2024

Retrato de Henrique II de França (1559) e Retrato da Princesa Margarida de Valois (1561), de François Clouet, considerado o maior pintor e desenhista francês da segunda metade do século XVI, estão de regresso ao Museu Nacional Soares dos Reis após intervenção de conservação e restauro.

 

Pode apreciar estas pinturas no 2º piso da Exposição de Longa Duração. De terça a domingo, das 10 às 18 horas.

Ambos os retratos pertenceram à coleção de João Allen, negociante de origem inglesa (mais propriamente irlandesa), nascido em Viana do Castelo a 1 de maio de 1781.

 

Filho de Duarte Guilherme Allen, cônsul de Inglaterra em Viana do Castelo, foi condecorado com a ordem da Torre e Espada pela coragem demonstrada na Guerra Peninsular, para a qual se voluntariou.

 

Foi um dos promotores da criação do Palácio de Cristal, assim como do primeiro banco portuense, o Banco Comercial.

 

Fundou o Novo Museu Portuense ou Museu Allen, o primeiro a ter catálogos impressos em Portugal (o primeiro foi editado em 1853), sendo um reputado crítico de arte.

 

A extraordinária coleção reunida por João Allen foi comprada após a sua morte pela Câmara do Porto, tornando-se parte do acervo do primitivo Museu Municipal e estando hoje integrada no Museu Nacional Soares dos Reis.

MNSR acolhe Festival Internacional de Poesia do Porto

24 de Julho, 2024

Depois de uma iniciativa de divulgação que espalhou versos pelas ruas da cidade, vai decorrer a primeira edição do Festival Internacional de Poesia do Porto (FIPP), organizado pela Poetria, a única livraria especializada em poesia e teatro do País, localizada no Porto.

 

Até ao dia 27 de outubro, vários espaços da cidade vão receber as mais diversas dinâmicas, desde visitas orientadas, sessões de leitura a conversas, passando por oficinas de escrita criativa e performances de textos poéticos e em prosa, em torno da temática. Entre os locais de acolhimento do Festival Internacional de Poesia do Porto encontra-se o Museu Nacional Soares dos Reis.

“O FIPP é um festival internacional de poesia do Porto. Queremos que seja um evento cultural de referência, anual, dedicado à celebração da poesia e à promoção da arte poética, como uma forma de expressão contemporânea”, explica o responsável Francisco Reis, acrescentando: “O tema da primeira edição propõe uma renovação, um renascimento, no fundo, uma reflexão sobre a ideia de colapso, explorando a força transformadora da poesia”.

 

As dinâmicas do festival decorrem sempre ao fim de semana, sexta-feira a domingo, pelas 19 horas. Ao longo de cada semana, a organização divulga no site a programação para o fim de semana correspondente.

 

A participação nas atividades é completamente gratuita. Dependendo do local, como é o caso do Museu Nacional Soares dos Reis, pode ser necessária inscrição prévia pelo email se.mnsr@museusemonumentos.pt.

 

Consulte aqui as iniciativas a decorrer no Museu Nacional Soares dos Reis.

Em agosto, descobrimos Curvatura/Variação 5D, de Zulmiro Carvalho

23 de Julho, 2024

Público
Jovens e adultos

 

Ingresso
Entrada gratuita

 

Inscrições
Formulário online (até 48 horas de antecedência)

O Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, na rubrica A Peça do Mês – A Escolha do Público, uma das peças que integram a exposição comemorativa da atividade do Centro de Arte Contemporânea (CAC). A peça Curvatura/Variação 5D será apresentada pelo próprio autor, o escultor Zulmiro Carvalho, no dia 8 agosto, às 13h30. Inscrições a decorrer.

 

As criações de Zulmiro de Carvalho podem ser encontradas um pouco por todo o País e no estrangeiro, desde o Porto – no Jardim de S. Lázaro, no Cemitério do Prado do Repouso e na Fundação de Serralves – a Lisboa, no Metropolitano, na Caixa Geral de Depósitos e nas coleções da Fundação Calouste Gulbenkian, até à Alameda Carlos Assumpção, em Macau, ou no Museu Britânico, em Londres. Na sua terra natal (Valbom, Gondomar), é autor do Pórtico do Monte Crasto, uma escultura em ferro que simboliza a porta de entrada para o Monte Crasto.

 

A obra do escultor tem recebido diversos prémios nacionais e integra numerosas exposições individuais e coletivas, em Portugal, em simpósios e mostras internacionais.

 

‘Curvatura (1971) corresponde a um período criativo da maior importância no trajeto do escultor Zulmiro de Carvalho. É na tensão entre a receção prolixa da arte minimal americana e a experiência da nova escultura britânica que [as esculturas produzidas neste período] constituem um exemplo claro da formalização de metodologias que transgridem com assertividade os resistentes cânones da escultura moderna que ainda se arrastavam à época no nosso contexto.

Zulmiro de Carvalho sempre soube trabalhar com o espaço interno da escultura em articulação com o espaço físico da envolvente, quer natural, quer construída. Diálogo que convoca não só a própria história da arte, como também questiona o tipo de espaço que estas obras habitam.

Formas simples, volumes sóbrios, construções rigorosas e superfícies lisas e cuidadas constituem o vocabulário de Zulmiro de Carvalho, artista que trabalha, desde meados dos anos sessenta, com escultura e desenho, práticas dirigidas por uma constante investigação das formas e da linguagem plástica. São sobretudo conhecidas as esculturas que realizou para espaços exteriores’.

 

HAFE PEREZ, MIGUEL VON, adaptado de Zulmiro de Carvalho. Esculturas, Galeria Quadrado Azul, Porto, 2018

Propostas de Joalharia Contemporânea inspiradas em ‘Firmino’

19 de Julho, 2024

Tendo por inspiração a escultura e dois desenhos preparatórios de ‘Firmino’, da autoria de António Soares dos Reis e pertencentes ao acervo do MNSR, cerca de duas dezenas de artistas responderam à chamada para participar no concurso do projeto plurianual ‘Afinidades’.

 

As propostas criativas estão agora em exposição, no Museu Nacional Soares dos Reis, numa mostra que se prolonga até 16 novembro, altura em que será conhecido o nome do vencedor/a.

 

O projeto ‘Afinidades’ é desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis, em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, contando com o mecenato do Super Bock Group e o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Estão em exposição peças de joalharia elaboradas por joalheiros e artistas de diferentes áreas disciplinares, representados no Quarteirão Bombarda: Ana Pina, Andreia Reimão, Benedetta Grasso, Carla Faro Barros, Diogo Dalloz, Joana Santos, Luís Mendonça, Luma Boêta, Margarida Valente, Maria João Portal, Mina Gallos, Monica Faverio, Noemí Díaz Patiño, Paula Castro, Paulo Azevedo, Sílvia Pinto Costa, Susana Barbosa e Telma Pinto de Oliveira.

 

As propostas são votadas pelos visitantes da exposição e por um júri, processo através do qual se elegerá uma peça vencedora com a consequente integração da mesma na Loja do Museu.

 

Conheça aqui as propostas a concurso.

MNSR na lista dos museus mais pesquisados na internet

18 de Julho, 2024
Homepage site MNSR

O Museu Nacional Soares dos Reis integra a lista dos museus portugueses mais pesquisados online, liderando a tabela a Norte e sendo apenas superado pela Fundação Calouste Gulbenkian, Museu Nacional do Azulejo e Museu Nacional de Arte Antiga.

 

De acordo com a pesquisa efetuada pela Preply, uma plataforma internacional de ensino de idiomas, os três museus mais procurados online localizam-se em Lisboa, enquanto o Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, ficou na quarta posição, seguindo-se o Museu da Marinha; Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia; Museu Nacional do Traje; Museu da Carris; Museu do Tesouro Real  e Museu Nacional de História Natural e da Ciência, todos localizados em Lisboa.

 

A procura na internet por museus em Portugal registou um aumento de 50% no ano passado. A procura por exposições e instalações específicas também se tem destacado, com a Preply a indicar que o destaque foi para a busca por “experiências interativas como “Dalí: Cybernetics” e “Frida Kahlo, a Biografia Imersiva””.

 

A pesquisa da Preply procurou também apurar quais são os museus localizados fora do país que os portugueses mais procuram na internet e concluiu que o Museu do Louvre, em Paris, lidera as buscas, seguindo-se o Museu do Prado, em Madrid, o Museu de Orsay, também em Paris; e o Museu Van Gogh, em Amesterdão.

 

Apresentado, oficialmente, no dia 13 abril 2023, aquando da reabertura plena do Museu Nacional Soares dos Reis, o site oficial do museu totaliza, até ao momento, 127 mil utilizadores, com mais de 423 mil páginas visualizadas e mais de 1 milhão de eventos registados.

Exposição ‘Paisagem’ na Bienal de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa

18 de Julho, 2024

De 7 agosto a 21 outubro, a 3ª Bienal de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa apresenta ‘Paisagem’, uma exposição inédita da obra de José Zagalo Ilharco, fotógrafo amador de grande mérito, premiado a nível nacional e internacional.

 

A mostra com curadoria de Rui Pinheiro, que esteve patente no Museu Nacional Soares dos Reis entre janeiro e abril deste ano, ruma agora até ao Museu de Lamego, cidade onde José Zagalo Ilharco nasceu a 31 outubro de 1860.

 

Dedicou-se especialmente à fotografia de paisagem, com enfoque em Matosinhos, Leça da Palmeira, Porto, Lamego, Guarda e Penafiel. A sua obra fotográfica, composta por mais de 260 imagens, integra ainda uma série de retratos dos seus familiares e amigos, bem como das casas onde residiu e respetivos jardins.

 

O título desta exposição inspira-se no homónimo da fotografia do Rio Sousa, premiada em Bruxelas, em 1895.

 

Quando jovem adulto, José Zagalo Ilharco fixou residência na cidade do Porto, onde se tornou um bem-sucedido homem de negócios, entre outros, nos setores dos Seguros e do Comércio, tendo-se dedicado ainda, nos seus tempos livres, a diversas atividades culturais e recreativas, com destaque para a fotografia amadora e a floricultura, interesses que partilhava com o seu amigo Aurélio Paz dos Reis, pioneiro cineasta português.

 

José Zagalo Ilharco foi sócio fundador e diretor do Real Velo Club do Porto, tendo fotografado, em 1893, ano da sua fundação, o grupo de membros da Direção e o Velódromo, localizado nas traseiras do Palácio das Carrancas, onde se encontra instalado o Museu Nacional Soares dos Reis. José Zagalo Ilharco faleceu a 5 novembro de 1910, no Porto, repentinamente, aos 50 anos de idade.

 

Paisagem é, precisamente, o tema deste ano da Bienal de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa. Para além da dimensão estética inerente às propostas expositivas, interessou à curadoria da Bienal (Manuela Matos Monteiro e João Lafuente) que as obras apresentadas produzissem uma reflexão crítica sobre o papel do humano – coletivo e individual – no desenho da paisagem e na forma como quotidianamente a habitamos.

As 11 exposições – que se distribuem por vários polos da região – abordam sobretudo o território português com ênfase em Lamego e no Vale do Varosa. Além das exposições, uma residência artística, uma conferência, conversas com os autores, um concurso de fotografia sobre o território e outros eventos do programa contribuirão para pensar a paisagem e qual o lugar do humano.

 

Bienal de Fotografia de Lamego e Vale do Varosa
Inauguração: 20 julho de 2024

10h30 Mosteiro de Salzedas
11h30 Torre da Ucanha
15h00 Museu de Lamego
17h00 Castelo de Lamego
18h00 Casa da Torre de Lamego

 

Curadoria: Manuela Matos Monteiro e João Lafuente

 

Autores: Duarte Belo | José Zagallo Ilharco | Luís Quinta | Manuel Valente Alves | Manuela Matos Monteiro e João Lafuente | Álvaro Domingues | Adelino Marques | Augusto Lemos e Conceição Magalhães | Alexandre Delmar | coletiva internacional

 

 

Créditos Fotográficos José Zagalo Ilharco @Coleção Particular

Visita orientada com interpretação em Língua Gestual Portuguesa

18 de Julho, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis promove, no próximo dia 25 julho, pelas 15 horas, uma visita orientada à exposição temporária evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa – LGP.

 

As visitas são abertas à participação de todos os interessados, não sendo exclusivas para pessoas Surdas, estando sujeitas a inscrição prévia que pode ser efetuada aqui.

 

Visando proporcionar uma experiência mais inclusiva e acessível a pessoas surdas, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) promove um ciclo de visitas orientadas, com interpretação em Língua Gestual Portuguesa – LGP. A iniciativa resulta de um protocolo de colaboração estabelecido com o Município de Vila Nova de Famalicão, através do qual é assegurada a colaboração de Luísa Peixoto, Tradutora e Intérprete em Língua Gestual Portuguesa.

 

Estas visitas guiadas inclusivas serão realizadas a áreas temáticas da Exposição de Longa Duração do MNSR, bem como às exposições temporárias patentes no Museu.

‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’ é a mais recente exposição temporária, evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, o qual nasceu e permaneceu no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1976 e 1980, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

Durante este período foram promovidas cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostraram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea –  50 anos: A Democratização Vivida’ recria alguns dos seus momentos expositivos, trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra fica patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o apoio mecenático do BPI e Fundação “la Caixa”, e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

Encontro Clássicos com Companhia no Velódromo do MNSR

17 de Julho, 2024

Organizado pelo Automóvel Club de Portugal, o Clássicos com Companhia vai decorrer no próximo dia 21 julho, no Velódromo Rainha D. Amélia, do Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR), dando início à parceria entre ambas as entidades, para que o MNSR seja palco destes encontros.

 

Na edição inaugural desta parceria, o Automóvel Club de Portugal promove, igualmente, o Encontro dos Franceses do Norte, para que todos se juntem e comemorem a indústria automóvel francesa, mostrando a elegância dos seus modelos.

 

Todos os interessados em participar só terão de comparecer com o seu carro clássico e juntar-se ao grupo para animadas conversas sobre um tema que a todos agrada. As histórias, os gostos e as experiências neste inesgotável mundo dos clássicos vão estar em cima da mesa, sempre na companhia de um café.

O encontro Clássicos com Companhia passará, assim, a realizar-se no 3º domingo de cada mês, no Velódromo do Museu Nacional de Soares dos Reis do Porto, com a entrada a fazer-se pela Rua de Adolfo Casal Monteiro.

 

Os veículos históricos fazem parte do património cultural imaterial, simbolizando a evolução histórica da mobilidade da sociedade portuguesa, sendo um fator representativo da liberdade de circulação conferido a todos os cidadãos. A realização de atividades do ACP no Velódromo Rainha D. Amélia constituirá, assim, uma forma de valorização, dinamização e atração de novos visitantes ao MNSR.

 

Em 1894, quando a bicicleta se transformava num fenómeno social urbano, D. Carlos – sócio honorário do Automóvel Club de Portugal – autorizou o Real Velo Clube a construir nos quintais do seu Paço, hoje Museu Nacional Soares dos Reis, uma pista para velocipedistas.

 

Inaugurado nesse mesmo ano, a 29 junho, o Velódromo, de que ainda restam significativos vestígios, veio responder ao crescente entusiasmo que a elite do Porto dos finais do século XIX sentia pela bicicleta. A designação do velódromo resulta do nome da esposa do rei D. Carlos I: a rainha Dona Amélia.

 

Créditos Fotográficos: ACP

MNSR acolhe atividade do 1.º Encontro Nacional Prescrição Cultural

16 de Julho, 2024
Prescrição Cultural – Arte, Bem-Estar e Inclusão

Que papel pode ter a arte na formação dos profissionais de saúde? Como podemos fazer dos museus espaços de bem-estar? São algumas das questões a que o 1.º Encontro Nacional | Prescrição Cultural vai procurar responder, já nos próximos dias 19 e 20 de julho, no Salão Nobre da Reitoria da U.Porto e no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

Numa reflexão conjunta, médicos, psicólogos, historiadores de arte e mediadores culturais vão partilhar resultados, conhecimento e experiências no terreno, tendo como mote a promoção do bem-estar e da inclusão através da arte e da cultura. Através de um diálogo transdisciplinar, este encontro nacional pretende enfatizar a relação entre arte e saúde, reforçando o seu impacto social e a sua importância para a melhoria da qualidade de vida.

 

O evento é gratuito, mas sujeito a inscrição (até dia 17 de julho). Aqui

Os principais protagonistas serão os profissionais de saúde e de mediação cultural, mas a comunidade académica e a sociedade civil também são chamadas para esta reflexão conjunta sobre arte e saúde. O I Encontro Nacional | Prescrição Cultural – Arte, Bem-Estar e Inclusão vai decorrer durante os dias 19 e 20 de julho, na Reitoria da Universidade do Porto e no Museu Nacional Soares dos Reis.

 

O que podemos esperar da Prescrição Cultural é o tema da sessão inaugural do Encontro, agendada para as 10h00 do dia 19, sexta-feira, no Salão Nobre da Reitoria. A resposta caberá a Fátima Vieira, Vice-Reitora para a Cultura e Museus da U.Porto, a que se seguirá a apresentação de experiências concretas em Portugal.

 

Um dos momentos altos da manhã será a apresentação, por parte de docentes da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação (FPCEUP), da nova Unidade Curricular de Competências Transversais e Transferíveis (CTT) de Prescrição Cultural, que estará em oferta a todos os estudantes da U.Porto já a partir do próximo ano letivo, e que cruzará diferentes áreas disciplinares.

 

A partir das 14h00, a investigadora Anita Jensen, da Universidade de Lund (Suécia), vai partilhar resultados de casos de estudo e mostrar como as artes podem, efetivamente, ser integradas nas áreas da saúde e da assistência social, impactando a qualidade de vida dos participantes e promovendo uma maior conexão entre as dimensões social, da saúde e do bem-estar geral.

 

Para refletir o papel da arte na formação de profissionais da área da saúde haverá, a partir das 15h00, uma mesa-redonda com: João Luís Barreto Guimarães, médico, poeta e docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), onde leciona a cadeira de “Introdução à Poesia”; Luís Campos, Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente; Rui Amaral Mendes, docente da Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP) e responsável pela unidade curricular de “Poesia e Fotografia em Medicina”; e Ana Zão, médica, pianista e Regente da Unidade Curricular “Medicina, Música e Mente” do ICBAS.

 

Mediação Cultural será o tema a trazer à mesma mesa Alice Semedo e Hugo Barreira, docentes e investigadores da Faculdade de Letras da U.Porto (FLUP); Lúcia Matos, docente, investigadora e diretora da Faculdade de Belas Artes da U.Porto (FBAUP), e Virgínia Gomes, coordenadora do projeto EU no musEU, para pessoas com a doença de Alzheimer e seus cuidadores.

 

Este primeiro dia do evento culminará, pelas 17h30, com a apresentação do Consórcio Prescrição Cultural que, entre outras medidas, permitirá a formação de profissionais que já estão no terreno (médicos, psicólogos, artistas e mediadores culturais). Participarão deste momento: Jorge Sobrado, vice-presidente para a Cultura e Património da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N); António Ponte, diretor do Museu Nacional Soares dos Reis; Flávio Vieira, diretor do Museu Alberto Sampaio; Teresa Albuquerque, diretora da Casa Mateus; e Fátima Vieira, vice-reitora da U.Porto para a Cultura e Museus.

 

No dia 20 de julho, o encontro será no Museu Nacional Soares dos Reis. A partir das 10h00, estão previstas várias atividades, desde uma visita orientada “Do beijo à Saudade”, até uma dinâmica dedicada aos “Lugares de Empatia”.

 

O projeto de Prescrição Cultural foi desenvolvido pela Unidade e Cultura da U.Porto. A participação no encontro é gratuita, mas sujeita a inscrição obrigatória.

Música-cénica em Concerto pelo Ensemble Music Theater

16 de Julho, 2024
Ensemble Music Theater

O Ensemble Music Theater apresenta-se, no dia 21 julho, pelas 16 horas, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis. Entrada livre.

 

Um elenco de 12 obras são executadas por piano, dois violinos, violoncelo e uma narradora-personagem. O Ensemble Music Theater traz ao palco do Museu Nacional Soares dos Reis música-cénica, pela mão de compositores como Kurt Weill, Hans Eisler, Ennio Morricone, Karl Jenkins, entre outros, que emergem através de um repertório criativo e reproduzem ideias cénicas.

Sobre os Compositores

 

Ennio Morricone

As suas composições são como rios que fluem em sons, pintando paisagens. Cada acorde é um convite à imaginação, à surpresa, ao encantamento. As suas melodias convidam-nos a voar para além do tudo

 

Philip Glass

Um minimalismo que nos transporta para um universo desconhecido de sensações. As suas notas são cristais em suspensão

 

Kurt Weill

A sua música cénica é uma mistura de jazz, cabaret e clássica, é um quadro que nos desperta para um bailado de notas, vibrantes e livres, que nos convida a imaginar estórias de gloria

 

Karl Jenkins

Compositor genial e visionário. Mistura géneros e tradições, desafiando os limites das sensações

 

Jacob de Haan

Cada nota é uma estória, por vezes um sussurro que nos obriga a escutar, como se tratasse do fluir de um rio sereno

 

Hans Zimmer

É considerado um dos maiores compositores de trilhas sonoras e é conhecido por seu estilo único e emocional, numa abordagem épica e emotiva

 

Hanns Eisler

As suas melodias são eco de resistência onde arte e política se entrelaçam. Da parceria eterna com Brecht nasceu uma magia cénica

Olhares Cruzados sobre ‘O Homem, os Animais e o Ambiente do trabalho’

15 de Julho, 2024

‘O Homem, os Animais e o Ambiente do trabalho, da companhia até à subsistência’ é o tema da próxima sessão do programa «Olhares Cruzados sobre as Coleções», promovido pelo Museu Nacional Soares dos Reis. A sessão está marcada para o próximo dia 18 julho, pelas 18 horas.

 

A relação entre o homem e os animais é antiga – da alimentação à domesticação – tendo assumido configurações variadas ao longo dos tempos. A forma como nos relacionamos com os animais está intrinsecamente relacionada com o estilo de vida e cultura em que estamos inseridos. A aproximação entre espécies tem estado na origem de problemas novos e que apelam a uma abordagem integrada da saúde.

 

Nesta conversa, com Ana Paula Machado e Paulo Martins da Costa (ICBAS), falaremos de algumas obras que espelham as várias relações entre homem, animal e ambiente, em busca de melhor perceber estas dinâmicas e de encontrar respostas adequadas quando necessário.

Paulo Martins da Costa, professor auxiliar (desde 2006) com agregação (2020) do ICBAS/UPorto é graduado em medicina veterinária (1994; Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa) e doutorado em Ciências Biomédicas pela Universidade do Porto, ensinando nas áreas da tecnologia alimentar e segurança alimentar.

 

Membro efetivo (desde 2007) do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto e responsável (desde 2009) pelo laboratório de Microbiologia e Tecnologia Alimentar do departamento de Produção Aquática do ICBAS/UPorto.

 

Com trabalhos de investigação em diferentes domínios, dedica-se em particular ao estudo da transferência de bactérias multirresistentes aos antibióticos entre diferentes biomas interligados (humanos, animais e ambiente), bem como à avaliação do potencial antibacteriano de compostos de síntese ou extraídos de fontes naturais (e.g. fungos marinhos e cianobactérias), tendo sido autor em 56 artigos científicos publicados em revistas nacionais. Com experiência em microbiologia alimentar e clínica, participou em diversos projetos de investigação.

Visita Orientada à Exposição CAC – 50 anos: A Democratização Vivida

8 de Julho, 2024

Miguel von Hafe Pérez, curador, vai orientar uma visita à Exposição ‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’, no próximo dia 13 julho, pelas 11 horas.

 

Aberta à participação de todos os interessados, a visita é gratuita e está sujeita a inscrição prévia através do email comunicacao.mnsr@museusemonumentos.pt

‘CAC – 50 anos: A Democratização Vivida’ é a mais recente exposição temporária, evocativa dos 50 Anos do Centro de Arte Contemporânea, o qual nasceu e permaneceu no Museu Nacional Soares dos Reis entre 1976 e 1980, graças aos contributos de Fernando Pernes, Etheline Rosas e Mário Teixeira da Silva.

 

Durante este período foram promovidas cerca de 100 exposições e várias atividades culturais. Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Álvaro Lapa, Júlio Pomar, Emília Nadal, Eduardo Nery, entre tantos outros, mostraram as suas obras de forma antológica pela primeira vez no Porto.

 

Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição ‘Centro de Arte Contemporânea –  50 anos: A Democratização Vivida’ recria alguns dos seus momentos expositivos, trazendo à luz muitos documentos gráficos pouco conhecidos.

 

Integrando o programa oficial das Comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, a mostra fica patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final de 2024, contando com o mecenato do BPI e Fundação “la Caixa” e o apoio institucional do Círculo Dr. José de Figueiredo – Amigos do MNSR.

MNSR na lista dos Prémios Travelers’ Choice 2024 do Tripadvisor

5 de Julho, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acaba de receber o Prémio Travelers’ Choice 2024 do Tripadvisor, figurando assim entre os 10% das melhores atrações do mundo.

 

Os vencedores dos Travelers’ Choice, anteriormente designados Certificados de Excelência, atribuídos desde 2011, distribuem-se nas categorias de alojamento, restaurantes e atrações em todo o mundo que propiciaram continuamente a melhor experiência aos clientes/visitantes.

 

Para António Ponte, Diretor do Museu Nacional Soares dos Reis, esta distinção confirma a “crescente procura por parte dos visitantes, nacionais e estrangeiros, e valida o trabalho de equipa que tem vindo a ser desenvolvido, procurando proporcionar uma experiência de excelência a todos os que usufruem e visitam o Museu”.

Recentemente distinguido com o Prémio Museu do Ano 2024, pela Associação Portuguesa de Museologia, o Museu Nacional Soares dos Reis totalizou, no primeiro ano após a reabertura, cerca de 86 mil visitantes (60% nacionais e 40% estrangeiros), promoveu oito exposições temporárias e realizou cerca de 700 atividades de mediação (visitas, oficinas, sessões comentadas, entre outras).

 

“Tem sido um desafio constante, com uma intensa e diversificada atividade que contribui para solidificar a reputação do Museu Nacional Soares dos Reis. As sucessivas distinções com que temos sido premiados traduzem o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido, criando mais responsabilidade para o futuro”, considera António Ponte.

 

O Prémio Travelers’ Choice é atribuído àqueles que recebem um elevado volume de avaliações e opiniões que excedem as expetativas da Comunidade do Tripadvisor ao longo de um período de 12 meses, sendo considerados a qualidade, a quantidade e a menor antiguidade das avaliações. São, igualmente, considerados o tempo de permanência dos estabelecimentos no site e a posição no ranking do Índice de popularidade.

Lançamento do Catálogo Raisonné da obra de Aurélia de Souza

5 de Julho, 2024

Integrando 471 obras, de 107 proprietários privados e nove entidades públicas, o Catálogo Raisonné da obra de Aurélia de Souza (versão digital) será apresentado no próximo dia 10 julho, pelas 18 horas, no Museu Nacional Soares dos Reis, contando com o apoio do Círculo Dr. José de Figueiredo e o mecenato da Fundação Millennium bcp.

 

Em 2020, o Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) e o Instituto de História da Arte da Universidade Nova de Lisboa, em parceria com a Universidade Católica do Porto, a Câmara Municipal de Matosinhos e a Câmara Municipal do Porto, lançaram-se na tarefa de identificar, catalogar e fotografar toda a obra conhecida da pintora Aurélia de Souza.

 

Feito um apelo público por vários meios de comunicação para que os proprietários, muitos deles desconhecidos, dessem a conhecer as obras em sua posse, a tarefa veio a revelar-se de dimensão avassaladora. Aurélia de Souza surpreendeu com uma produção de volume inesperado.

 

“Atingimos mais de 470 números de catálogo – em que incluímos algumas obras de que temos fotografias, mas que não foi possível localizar – mas a produção é superior, o que significa que não se trata de um estudo fechado como bem assume o seu carácter de catálogo digital, sendo de admitir revisões regulares”, refere a Historiadora de Arte e coordenadora do projeto Raquel Henriques da Silva.

 

A presente versão do Catálogo Raisonné inclui algumas das fotografias de autoria de Aurélia de Souza, pertencentes ao conjunto composto por cerca de duas centenas de negativos de vidro, recentemente adquirido pela Comissão para a Aquisição de Obras de Arte para os Museus e Palácios Nacionais, para enriquecer o acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, o qual integra já várias obras de Aurélia de Souza, entre elas, o Autorretrato, classificado como Tesouro Nacional.

 

“Este espólio fotográfico encontra-se ainda por inventariar e estudar, mas tratando-se de um conjunto muito importante para a plena valorização da artista, entendeu-se incluir algumas das fotografias desse conjunto no catálogo, como documentação associada a outras obras”, sublinha Raquel Henriques da Silva.

O Catálogo Raisonné de Aurélia de Souza (1866-1922) é uma das atividades realizadas no âmbito da evocação do centenário da sua morte que incluiu, também, as exposições Aurélia de Souza Vida e Segredo e Aurélia de Souza AS CASAS, bem como um congresso internacional cujas atas serão publicadas ainda este ano.

 

O levantamento e estudo da obra completa de Aurélia foi desenvolvido ao longo dos últimos três anos, por uma equipa de trabalho composta pela Conservadora Ana Paula Machado, pela Conservadora-Restauradora Maria Aguiar, e pelas Historiadoras de Arte Raquel Henriques da Silva e Elena Komissarova, baseada no Museu Nacional Soares dos Reis e no Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa.

 

O trabalho contou, ainda, com o apoio do Centro de Investigação em Ciência e Tecnologia das Artes da Universidade Católica Portuguesa, Câmara Municipal do Porto, Câmara Municipal de Matosinhos, Universidade do Porto, Laboratório HERCULES – Universidade de Évora, Laboratório Nacional de Engenharia Civil, Laboratório José de Figueiredo, e de numerosos colecionadores privados, sobretudo os familiares da pintora, e o mecenas do projeto, a Fundação Millennium bcp.

‘A Morte de Camões’ em exposição dedicada ao maior poeta português

4 de Julho, 2024

O desenho ‘A Morte de Camões’, de Domingos Sequeira, em depósito no Museu Nacional Soares dos Reis, integra a exposição Épico e Trágico – Camões e os românticos, a inaugurar no próximo dia 11 julho, no Museu Nacional de Arte Antiga.

 

Comissariada por Alexandra Markl e Raquel Henriques da Silva, a exposição decorre no âmbito das celebrações em 2024 dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões (1524-1580), o maior poeta português, autor d’Os Lusíadas, inspirado em A Eneida de Virgílio, que narra a história de Portugal numa perspetiva mítica, centrada na viagem de Vasco da Gama.

‘Desde finais do século XVIII, Camões e alguns temas de Os Lusíadas conhecem crescente divulgação internacional, contextualizados numa cultura pré-romântica. A vida aventurosa do poeta torna-se ela própria motivo literário e artístico. É neste ambiente que Francisco Vieira Portuense realiza uma série de composições, visando ilustrar cada um dos 10 Cantos do poema, num projeto para uma grandiosa edição. Essa publicação nunca será concretizada mas, no início de 1817 saía em França uma cuidada e amplamente ilustrada edição monumental de Os Lusíadas, por iniciativa do Morgado de Mateus.

 

Por estes mesmos anos, vários criadores portugueses, todos a viver fora do país e quase em simultâneo, consagram obras celebrativas a Camões: Domingos Bomtempo dedica-lhe uma Missa de Requiem, em 1817, e Almeida Garrett compõe um extenso poema, editado em 1825. Coincidentemente, em 1824, Domingos Sequeira, apresenta, no Salon de Paris, o quadro ‘A Morte de Camões’ que, no final, enviou para o Rio de Janeiro, oferecendo-o ao recente imperador D. Pedro I (D. Pedro IV de Portugal). A obra perdeu-se depois, mas existe um conjunto de desenhos preparatórios que evocam o poeta nos últimos momentos de vida, recebendo a terrível notícia da derrota de D. Sebastião na batalha de Alcácer Quibir. «Ao menos morro com a Pátria!» exclamaria ele.

 

O conjunto de obras expostas consagra o arranque do romantismo na arte portuguesa, comprometida com a celebração da história nacional e dos seus heróis. E os temas camonianos, entre eles o dos últimos momentos do poeta, continuaram a ter eco e a ser abordados, ao longo de todo o século XIX, tanto por pintores portugueses como por alguns europeus’.

MNSR recebe doação de Autorretrato do pintor Raul Maria Pereira

4 de Julho, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acaba de receber um autorretrato do pintor Raul Maria Pereira, por doação particular de Mariele Delucchi Pereira (neta do pintor) e família.

 

Trata-se de um óleo sobre tela, assinado e datado de 1914, e que vem agora enriquecer o acervo da coleção de pintura do MNSR.

 

Natural do concelho de Sabrosa, Raul Maria Pereira foi contemporâneo de Aurélia de Souza na Academia de Belas Artes do Porto,  tendo sido discípulo e amigo de Marques de Oliveira.

No Porto, frequentou ainda o atelier do pintor transmontano João Augusto Ribeiro que, para além das aulas de pintura, lhe despertou outros interesses nas áreas da Literatura, História e Filosofia. Foi, também, pensionista em Roma com uma bolsa patrocinada pelo Visconde de São João da Pesqueira.

 

Pintor, arquiteto e diplomata, Raul Maria Pereira foi uma personalidade muito prestigiada no Peru e no Equador, para onde se mudou em 1908, a convite do diretor da Escola de Belas Artes dessa cidade com o propósito de aí lecionar.

 

Fez uma longa  carreira como arquiteto nessa cidade e em Lima, no Peru, para onde se transferiu em 1917, com múltiplos projetos para edifícios públicos, paralelamente com a carreira de retratista. Na década de 20, foi Cônsul e Cônsul Geral de Portugal no Peru.

Homenagem ao Fundador: Dia de D. Pedro IV comemorado a 9 julho

3 de Julho, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis (MNSR) assinala o Dia de D. Pedro IV, em homenagem ao seu fundador, numa iniciativa agendada o próximo dia 9 julho, com o apoio da Câmara Municipal do Porto, Anilupa – Associação de Ludotecas do Porto e editora By the book.

 

A data de celebração está associada ao histórico Desembarque das tropas liberais, na Praia de Pampelido, a norte do Porto, ocorrido a 8 julho 1832, durante as Guerras Liberais, nome pela qual ficou conhecida a Guerra Civil Portuguesa.

O programa de evocação do Dia de D. Pedro IV inicia-se pelas 18h30, com a exibição da curta-metragem ‘A nossa arte a espreitar para o infinito’, filme de animação realizado pelos alunos do 3º ano da Escola Artística do Conservatório de Música do Porto, com orientação da Anilupa – Associação de Ludotecas do Porto, no âmbito do programa Porto de Crianças, da Câmara Municipal do Porto.

 

Pelas 19h00, decorrerá uma palestra por Augusto Moutinho Borges e António Pereira de Lacerda sobre ‘O Coração de D. Pedro entregue à Cidade do Porto pelo Conde de Campanhã’, pelas 19h30, terá lugar a apresentação da obra ‘Amélia de Leuchtenberg, Imperatriz do Brasil, Duquesa de Bragança’, de autoria de Cláudia Thomé Witte.

 

A participação no evento é gratuita, estando sujeita a inscrição prévia que deverá ser efetuada através do email comunicacao.mnsr@museusemonumentos.pt

 

A primeira sala da renovada exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis apresenta, em rotatividade, elementos dos uniformes utilizados por D. Pedro durante a guerra civil, tendo o MNSR à sua guarda as seguintes: dolman, colete, boné, chapéu armado, espada, talabarte, boldrié (cinturão com talim para suspensão de espada) óculo, porta-mapas.

 

Refira-se que o Museu Nacional Soares dos Reis tem origem no Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na Guerra Civil Portuguesa.

Simpósio desvenda património musical de antigo mosteiro

3 de Julho, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis acolhe, no próximo dia 5 julho, a partir das 14 horas, o Simpósio ‘Musica Monialium’, uma das iniciativas do projeto “A Música em estilo concertante no antigo Mosteiro de São Bento da Avé-Maria do Porto (1764-1834)”, financiado pela FCT e realizado pelo Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical da Universidade Nova de Lisboa.

 

O encontro pretende apresentar à comunidade científica e ao público em geral os resultados das diversas linhas de investigação que compõem o projeto, desde a transcrição e disponibilização das partituras musicais pertencentes ao antigo mosteiro, como também o estudo da prática musical, dos modelos pré-composicionais e das influências na música produzida no cenóbio beneditino feminino da cidade.

 

Durante a transição dos séculos XVIII e XIX, as religiosas do antigo Real Mosteiro de São Bento da Avé-Maria do Porto deram origem a um legado artístico de valor inestimável. A música encomendada e interpretada por aquelas mulheres durante as principais celebrações litúrgicas atingiu um nível técnico de elevado virtuosismo, que rivalizava com o dos mais importantes centros musicais do país.

 

Com o encerramento definitivo do mosteiro no final do século XIX, as partituras foram transferidas para a Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa. Pese embora diversos estudos prévios tenham abordado vários aspetos acerca do antigo mosteiro, nenhum estudou em profundidade a integralidade dos manuscritos preservados, valiosa fonte de investigação ainda desconhecida tanto pela comunidade científica, quanto pelo público geral.

O projeto AVEMUS propõe o estudo e resgate deste corpus de partituras musicais, através da transcrição completa e edição crítica das obras provenientes do mosteiro beneditino feminino do Porto, para além da apresentação de comunicações em congressos e da publicação de artigos científicos, da realização de um simpósio, da produção de um álbum discográfico com uma seleção de obras do corpus musical tratado pelo projeto, da organização de concertos e de uma exposição temática.

 

O presente projeto, ao dar a conhecer a notável música conventual do Porto nos séculos XVIII e XIX, visa aproximar os habitantes e visitantes – presentes e futuros – da cidade invicta do seu extraordinário património imaterial.

Instalação Sonora ECO ( ) LAPSO: Encontro com o artista Henrique Fernandes

3 de Julho, 2024

No âmbito da instalação sonora ECO ( ) LAPSO, patente no Museu Nacional Soares dos Reis até ao final deste mês, decorre na próxima sexta-feira, dia 5 julho, pelas 17 horas, um encontro com o autor Henrique Fernandes/ Sonoscopia.

 

Entrada gratuita, sujeita a prévia inscrição através do email comunicacao.mnsr@museusemonumentos.pt

A instalação sonora ECO ( ) LAPSO, da autoria de Henrique Fernandes/ Sonoscopia, estabelece um diálogo entre a escultura em gesso L’ Echo! (1915), de Maria Ribeiro (Porto 1891-1989), obra do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis, e uma composição musical produzida a partir de gravações sonoras e material de arquivo relacionados com o 25 de abril.

 

A presente obra explora o ECO em justaposição com o LAPSO, fenómenos de perceção auditiva e de comunicação. O sentido estético e sensorial da obra artística é elemento provocador de uma proposta de escuta individualizada do presente, a partir de uma relação de ressonância com o tempo-memória.

 

ECO ( ) LAPSO apresenta-se como uma instalação sonora site-specific, composta por um conjunto de caixas de transporte de obras de arte, dispostas no espaço expositivo e transformadas em elementos de difusão sonora.

 

Para além do material sonoro, proveniente de diversos registos áudio de abril de 1974, a Sonoscopia e um conjunto alargado de artistas realizaram, no passado dia 25 de abril, uma série de gravações de campo, em todo o território nacional, no sentido de elaborar um mapa sonoro, fazendo o contraponto temporal cinquenta anos depois.

 

Com curadoria de Rui Pinheiro, este projeto conta com o apoio mecenático do Millennium bcp e da Lusitânia Seguros e integra o programa das comemorações dos 50 anos do 25 de abril.

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