No passado domingo, várias dezenas de entusiastas de automóveis clássicos reuniram-se no Museu Nacional Soares dos Reis, dando início ao Passeio dos Ingleses, numa iniciativa do ACP-Clássicos, com apoio do CDJF – Amigos do MNSR.
Os participantes Pedro Villas-Boas e o seu neto Miguel foram surpreendidos ao ver a fotografia do tio-avô Alfredo Vieira Coelho Peixoto Pinto de Vilas-Boas, conde Paçô Vieira, no Velódromo do Museu, e aproveitaram a oportunidade para registar o inusitado momento.
Alfredo Vieira Coelho Peixoto Pinto de Vilas-Boas, conde Paçô Vieira, foi presidente do Velo Club do Porto, fundado em 1893, com sede no antigo Chalet do Palácio de Cristal.
Na falta de um recinto para a prática do ciclismo em expansão em finais do século XIX entre as elites da cidade, o rei D. Carlos cedeu os terrenos da quinta do Palácio Real (onde hoje se encontra o Museu Nacional Soares dos Reis) para a construção do velódromo, inaugurado a 29 junho de 1894 e designado Velódromo Rainha Maria Amélia.
Após a implantação da República, o Velódromo esteve inativo. Em 1915 reapareceu com a designação de Velo-Club do Porto e manteve a atividade no local até à década de 1930. Com a instalação do Museu Nacional Soares dos Reis em 1940, o espaço foi transformado num jardim arqueológico.
As obras de reabilitação do edifício em 2001 recuperaram a memória do antigo Velódromo, com a construção dos dois semi-círculos nos topos que fechavam a pista, e com a exposição de alguns registos fotográficos da época.
Entre as fotografias, encontra-se Alfredo Vieira Pinto de Vilas-Boas, conde Paçô Vieira, junto à bancada do Real Velo Club do Porto, num registo de José Zagalo Ilharco, fotógrafo amador, sócio fundador e diretor do Real Velo Club do Porto.