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Bienal’25 Fotografia do Porto pela primeira vez no MNSR

17 de Abril, 2025

A 4.ª edição da Bienal Fotografia do Porto irá decorrer de 15 de maio a 29 de junho, sob o mote “Amanhã Hoje”, em diversos locais da cidade que acolherão o trabalho de mais de 50 artistas nacionais e internacionais.

 

O Centro Português de Fotografia, a Reitoria da Universidade do Porto, a Estação de Metro de São Bento, a Casa do Infante e, pela primeira vez, o Museu Nacional Soares dos Reis, a Galeria da Biodiversidade, o espaço de intervenção cultural Maus Hábitos e a Galeria Municipal do Porto acolhem as 16 exposições e 48 atividades, com entrada gratuita, além do evento internacional Futures Meet-up no Porto.

 

A organização desafiou 14 curadores e 51 artistas nacionais e internacionais a explorar a relação entre as ações do presente e as consequências do futuro.

O título “Amanhã Hoje” reflete “a essência desta edição, mas também da Bienal enquanto plataforma de criação: interrogar o tempo presente e imaginar futuros possíveis. A Bienal cria espaços para que artistas, curadores, especialistas e organizações desenvolvam projetos em conjunto, cruzando investigação artística e curatorial e ação pública”, explica Virgílio Ferreira, codiretor artístico da Bienal.

 

Um dos destaques da programação vai para a exposição ViViFiCAR, que habitará o Museu Nacional Soares dos Reis, e abraça os conceitos de “viver e ficar” como forma essencial de conhecer verdadeiramente um lugar e a sua comunidade.

 

A visita inaugural à exposição decorre no dia 17 maio, pelas 14h30, estando agendada uma visita orientada para o dia 31 maio, pelas 16h00, no Museu Nacional Soares dos Reis, com os artistas Augusto Brázio, James Newitt e Lara Jacinto, e os curadores Gabriela Vaz-Pinheiro, Jayne Dyer e Virgílio Ferreira.

 

Apresentando os trabalhos desenvolvidos em contexto de residência artística por Augusto Brázio, James Newitt e Lara Jacinto em Torre de Moncorvo, Mêda e Sabrosa (respetivamente), esta exposição traduz-se numa reflexão sobre a pertença, abordando temas como a emigração, a atividade mineira e a relação entre o ser humano e o ambiente que o rodeia.

 

Do olhar de Augusto Brázio emerge um corpo de trabalho que reforça o sentido de pertença humana ao ecossistema envolvente de Torre de Moncorvo. Na instalação vídeo de James Newitt, a atividade mineira é examinada como metáfora – referenciando o passado, o presente e o futuro – ao mesmo tempo que alude a tudo o que permanece fora do alcance do olhar distante em Mêda. No projeto de Lara Jacinto, o retrato surge com um magnetismo vertiginoso que sugere a possibilidade de uma relação tangível com a experiência do outro. O outro é, aqui, o imigrante, que conta a história de uma geografia fortemente marcada pela emigração.

 

A Bienal Fotografia do Porto é organizada e produzida pela Ci.CLO.

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