Escultores contemporâneos
17 novembro (6ª feira), 11h00
Público | Jovens e adultos
Valor | bilhete de entrada + 2 EUR
Visita orientada por Paula Santos
Inscrições: Formulário online (com 48 horas de antecedência)
Artistas de renome da escultura do século XX retomaram o seu lugar na exposição de longa duração do Museu, ao fim de mais de três décadas de afastamento do público.
Neste reposicionamento, a seleção de peças foi alargada tornando possível uma noção mais clara acerca da continuidade da disciplina, do naturalismo à escultura modernista.
Nesta visita, conduzida por Paula Santos Triães, Gestora de Coleção, são apresentados escultores portugueses relevantes, alguns na linhagem de Teixeira Lopes, o Grand Prix da Exposição Universal de 1900.
Biografia de António Teixeira Lopes
Discípulo de António Soares dos Reis e autor, entre outras, da icónica escultura Infância de Caim (na imagem), António Teixeira Lopes nasceu a 27 outubro 1866, em Vila Nova de Gaia.
António Teixeira Lopes (1866-1942) iniciou a aprendizagem de escultura com o seu pai, o escultor José Joaquim Teixeira Lopes, e foi discípulo de Soares dos Reis, na Academia Portuense de Belas-Artes, de Cavalier e Barrias, na École de Paris.
Em 1889, assume já um estilo próprio em Caim (Museu Nacional de Soares dos Reis), caraterizado pelo dramatismo da expressão facial e corporal que manterá ao longo da sua obra, como nas peças A Viúva e Caridade (Museu do Chiado), nas alegorias à História (no jazigo de Oliveira Martins, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa) e à Dor (estátua funerária no Cemitério de Agramonte, no Porto).
Tratou, essencialmente, temas religiosos para igrejas e hospitais, como Rainha Santa Isabel (Igreja de Santa Clara-a-Nova), Senhora de Fátima (Hospital de Fátima) e Santo Isidoro (Igreja Paroquial de Santo Isidoro, em Marco de Canaveses).
Pontualmente dedicou-se à escultura monumental nas homenagens a Soares dos Reis (Gaia), Infante D. Henrique, Afonso de Albuquerque, Camões, Antero de Quental, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós (esta no Largo Barão de Quintela, em Lisboa).
Foi professor de escultura na Escola de Belas-Artes do Porto e foi condecorado com a 1.ª medalha do Grémio Artístico (1897), com o Grand Prix do Salon de Paris (1900) e a Grã-Cruz de Santiago da Espada.