No âmbito do programa paralelo da Exposição Portreto de la Animo. Art Brut etc, patente no Museu Nacional Soares dos Reis, decorre no próximo dia 7 novembro, pelas 18 horas, a Visita Comentada « Os desafios da conservação e restauro de Arte Bruta», por Joana Guerreiro e Salomé Carvalho.
A visita faz parte de um ciclo de iniciativas a decorrer com o apoio da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental.
Os desafios da conservação e restauro de Arte Bruta
Visita comentada | Joana Guerreiro e Salomé Carvalho
7 de novembro, 18h00
Local: Museu Nacional Soares dos Reis
Entrada livre, sujeita à capacidade da sala e a inscrição prévia, através do email comunicacao@mnsr.dgpc.pt
A conservação e restauro de Art Brut desperta novos desafios. Ser artista sem intenção de o ser define a nota biográfica comum a grande parte dos autores que contribuíram para o nascimento do conceito de Arte Bruta. Quando o conservador analisa e define uma metodologia para a conservação deste espólio, não poderá descurar o contexto social, cultural e biográfico do autor.
A obra é a obra e a sua circunstância – a singularidade e a contingência dos materiais reflete a autoria. O gesto percursor de pensar, criar com o que está à mão; a precaridade material presente nos suportes e superfícies; a memória do simples objeto antes do cunho artístico. A conservação deverá, assim, contribuir para a permanência imaterial respeitando a fragilidade da matéria.
Joana Guerreiro é Conservadora-Restauradora na Divisão Municipal de Arquivo Histórico do Município do Porto. Mestre em História do Império Português pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, licenciada em Arte, Conservação e Restauro pela Escola das Artes, UCP e licenciada em Arqueologia pela Universidade do Minho. Durante dez anos colaborou com o Centro de Conservação e Restauro da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa, onde participou em inúmeros projetos, incluindo intervenções de conservação e restauro de obras da coleção Treger Saint Silvestre, em depósito no Centro de Arte Oliva.
Salomé Carvalho é licenciada e doutorada em Conservação e Restauro pela Universidade Católica do Porto, professora e investigadora na área da Conservação e Restauro há 17 anos. Conservadora-restauradora no Museu Nacional Soares dos Reis há 12 anos, tem formação complementar em diversas áreas da Conservação e Restauro, como escultura, cerâmica e vidro, têxteis, conservação preventiva, História da Arte, gestão de risco, gestão de ciência, gestão de projeto SCRUM e gestão editorial. Foi membro da Direção da ARP (Associação Profissional de Conservadores-restauradores de Portugal) de 2016 a 2020 e faz parte de comités executivos e científicos em encontros e publicações científicas.