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Visita Orientada aos Tesouros Nacionais da coleção do Museu

15 de Janeiro, 2024

Uma Visita Orientada aos Tesouros Nacionais da coleção do Museu Nacional Soares dos Reis é a proposta para a tarde do próximo dia 26 janeiro, pelas 15 horas.

 

Em Portugal, existem 1600 objetos classificados como Tesouro Nacional. Desta lista fazem parte dez objetos que integram as coleções do Museu Nacional Soares dos Reis e que se encontram na exposição de longa duração.

 

Inscrições
Formulário online (com 48 horas de antecedência)

Os bens classificados como de interesse nacional, também designados de Tesouros Nacionais, representam valor cultural de significado para a história e para a memória coletiva. A sua perda ou degradação significariam dano irreparável para o património cultural e para a memória coletiva.

 

O Museu Nacional Soares dos Reis possui um conjunto de 10 peças classificadas como bens de interesse nacional, também designadas de Tesouros Nacionais. Uma classificação atribuída aos objetos de incontestável valor nacional pela sua antiguidade, autenticidade, criatividade, exemplaridade, memória, originalidade, raridade ou singularidade.

 

A realização desta Visita Orientada é, assim, uma excelente oportunidade para percorrer as galerias da nova Exposição de Longa Duração do Museu, detendo particular atenção nas obras de maior relevo.

 

Lista dos Tesouros Nacionais no MNSR

 

O Desterrado
António Soares dos Reis (1847-1889)
1872
Mármore de Carrara

 

Autorretrato de Aurélia de Souza
Aurélia de Sousa (1866-1922)
c. 1900
Óleo sobre tela

 

Casas brancas de Capri
Henrique Pousão (1859-1884)
1882
Óleo sobre tela

 

Busto relicário de São Pantaleão
Autoria desconhecida
Séculos XV e XVI
Prata branca, dourada e pintada; esmaltes; ouro, quartzo hialino

 

Crossa de báculo episcopal
Antonio Arrighi  (ourives)
1740
Prata fundida, cinzelada; dourada

 

Conde de Ferreira
António Soares dos Reis (1847-1889)
1876
Gesso original

 

Janela das persianas azuis
Henrique Pousão (1859-1884)
1882-1883
Óleo sobre madeira

 

Senhora vestida de preto
Henrique Pousão (1859-1884)
1882
Óleo sobre madeira

 

Cruz e Galhetas
Conjunto de cruz-relicário do Santo Lenho e par de galhetas eucarísticas
Índia
Finais do séc. XVII/ inícios do século XVIII

 

Par de Pulseiras
Bronze final Atlântico /1.ª Idade do Ferro – séculos VII / VI (final) a.C.
Achado casual no Rocio de São Sebastião, Castro Verde, Portugal

Soares dos Reis na estreia da temporada da Casa da Música

10 de Janeiro, 2024

A escultura «A Música», de António Soares dos Reis, será a primeira de um conjunto de peças do acervo do Museu Nacional Soares dos Reis a ser apresentada na Casa da Música, no Porto, já a partir do dia 12 janeiro, data de abertura da temporada de programação em 2024, no âmbito da colaboração entre as duas instituições.

 

Este ano, Portugal é o País Tema da Casa da Música. O repertório e os intérpretes portugueses e a evocação de compositores mundiais que marcaram a vida musical em Portugal são os eixos principais da programação de 2024 da Casa da Música.

 

A temporada que agora começa celebra, também, os 50 anos do 25 de Abril, os 500 anos do nascimento de Luís de Camões e os 100 anos do nascimento de Joly Braga Santos.

 

A escultura «A Música», em bronze, cuja fundição foi realizada em 1957, reproduz o modelo em gesso de 1877 destinado a uma encomenda do canteiro Moreira Rato, de Lisboa. Trata-se da imagem alegórica da Música com a representação de uma figura feminina de vestes longas, com túnica e manto drapeado, tendo os braços descobertos, a cabeça levemente inclinada para a direita, coroada de louros e cabelos apanhados, braços segurando uma cítara.

 

A fundição foi realizada através do Fundo João Chagas, o qual resultou de uma doação ao Estado feita em 1941 por Maria Teresa Chagas, em memória de seu marido, o republicano João Pinheiro Chagas.

Sobre António Soares dos Reis

 

Patrono do Museu desde 1911, António Soares dos Reis, considerado um dos maiores escultores portugueses do séc. XIX, nasceu a 14 de outubro de 1847 em Vila Nova de Gaia.

 

Com apenas 14 anos, matriculou-se na Academia Portuense de Belas Artes, onde – durante a frequência do curso – colheu vários prémios e louvores. Em poucos anos o curso estava concluído, obtendo o 1º prémio nas cadeiras de desenho, arquitetura e escultura.

 

Aos 20 anos tornou-se pensionista do Estado no estrangeiro. Entre 1867 e 1870 permanece em Paris como pensionista, recebendo lições de Jouffroy, Yvon e Taine. Em Paris recebe vários prémios pelos seus trabalhos.

 

Após breve estada em Portugal, em 1871 parte para Roma, etapa decisiva na sua formação. É em Roma que inicia a execução de O desterrado (1872), obra de inspiração clássica, ensaio de transição para o naturalismo, premiada na Exposição Geral de Belas-Artes de Madrid de 1881.

 

Regressado ao Porto em 1873 para se dedicar à carreira artística, colabora em publicações e preside ao Centro Artístico Portuense. A partir de 1881, leciona Escultura na Escola de Belas-Artes do Porto, embora discorde da orgânica do ensino.

 

Soares dos Reis é admirado pelos seus contemporâneos, recebe encomendas, participa em concursos e exposições, concebe monumentos públicos. A doença e insatisfação levam-no ao suicídio, em 1889, no seu atelier.

Visitantes em 2023: Segundo melhor ano da última década

4 de Janeiro, 2024

O Museu Nacional Soares dos Reis terminou o ano 2023 registando um total de 74.712 visitantes, sendo este o segundo melhor ano da última década em termos de afluência de públicos, apenas superado em 2016 (totalizou 98.694 visitantes), ano em que o Museu apresentou a exposição temporária dedicada a Amadeo de Souza Cardoso, Porto – Lisboa, 2016 – 1916.

 

Inaugurada no passado dia 13 abril, e assinalando a reabertura plena do museu, depois da intervenção de requalificação, a exposição de longa duração reúne a coleção mais importante de arte portuguesa do século XIX.

 

No total são 1133 peças que contam a história do museu e da arte, distribuídas por 27 salas.

Com uma História de quase 200 anos, o Museu Nacional Soares dos Reis – o primeiro museu público de arte do país – tem vindo a reposicionar-se, apresentando agora um novo olhar sobre as suas coleções.

 

A exposição de longa duração apresenta um percurso com duas narrativas complementares. A primeira reflete a história do Museu e a forma como as coleções foram sendo integradas; a segunda valoriza os artistas e as suas obras.

 

Sobre o Museu Nacional Soares dos Reis

O Museu Nacional Soares dos Reis tem origem no Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, criado em 1833 por D. Pedro IV de Portugal, primeiro Imperador do Brasil, para salvaguarda dos bens sequestrados aos absolutistas e conventos abandonados na guerra civil (1832-34).

 

Com a extinção das ordens religiosas recolheram-se obras, entre outros, nos mosteiros de Tibães e de Santa Cruz de Coimbra. Conhecido como Museu Portuense, ficou instalado no extinto Convento de Santo António da Cidade, na praça de S. Lázaro, vindo a ser formalizado por decreto em 1836 por D. Maria II.

 

Em 1839, passou para a direção da Academia Portuense de Belas Artes, que promoveu uma série de exposições em que foram premiados notáveis artistas como Soares dos Reis, Silva Porto, Marques de Oliveira e Henrique Pousão, em sucessivas gerações de mestres e discípulos.

 

Com a proclamação da República passou a designar-se Museu Soares dos Reis em memória de um dos mais destacados nomes da Arte Portuguesa. Em 1932, passou à categoria de Museu Nacional, época marcada por uma reorganização significativa de Vasco Valente, através da incorporação dos objetos do Paço Episcopal do Porto (Mitra) e do Museu Industrial, bem como do depósito das coleções do extinto Museu Municipal. Segue-se, em 1940, a instalação do Museu no Palácio dos Carrancas, onde ainda se mantém.

«Liberdade e Transgressões» no Museu Soares dos Reis em 2024

4 de Janeiro, 2024

Uma exposição comemorativa da atividade do Centro de Arte Contemporânea (CAC) será o grande destaque da programação do Museu Nacional Soares dos Reis em 2024, ano de celebração dos 50 anos do 25 de Abril, momento fundador da democracia portuguesa.

 

A data simboliza o início de um caminho de profundas transformações económicas, sociais e culturais, que tiveram como motor a democratização e a europeização do país. Nesse sentido, o Museu Nacional Soares dos Reis adota o tema transversal a toda a programação Liberdade e Transgressões.

 

A exposição, a inaugurar em junho, com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, pretende colocar em diálogo a obra artística com as fontes documentais, e tem como ponto de partida as obras adquiridas pelo Museu Nacional Soares dos Reis, mas também toda a produção documental e gráfica da atividade do Centro de Arte Contemporânea, onde se incluem catálogos de exposição, cartazes, convites e registos fotográficos.

O apoio do Museu Nacional Soares dos Reis à contemporaneidade artística na cidade do Porto viu-se perpetuado no depósito de cerca de uma centena de obras, adquiridas no período de cinco anos de funcionamento do CAC, naquela que viria a ser a atual Fundação de Serralves.

 

A programação sob o mote Liberdade e Transgressões será complementada com visitas orientadas, conversas, oficinas, concertos e congressos.

 

No Serviço de Educação destacam-se as parcerias institucionais como forma de materializar programas e projetos de educação e mediação. Disso é exemplo, o Programa “Domingo em família no Museu” que, com a participação de entidades externas, permite às famílias usufruir, em todos os domingos do ano, de atividades que passam pelas oficinas, música, escrita, performances e teatro, e criar conexões com as diferentes obras de arte e com o Museu.

 

Os cursos e as residências artísticas são também uma aposta para o ano 2024, bem como os programas e projetos para e com as escolas. De destacar o Programa Arte e Sustentabilidade, que consiste num conjunto de oficinas com recurso à reutilização criativa e consciente de diversos materiais. O programa assinala o contributo do Museu para a Agenda 2030 da ONU e o cumprimento dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, bem como os projetos de parceria institucionais que visam trabalhar as coleções triangulando-as com o tema Liberdade e Transgressões.

 

O ano 2024 marcará, igualmente, a consolidação de projetos como Arte e Saúde e Outros Lugares, assim como o arranque do projeto Afinidades, desenvolvido pelo Museu Nacional Soares dos Reis em parceria com a Associação Quarteirão Criativo, e que visa criar uma rede de proximidade e de estímulo à criatividade da comunidade de joalheiros existentes no Quarteirão Bombarda.

 

No calendário de exposições temporárias, 2024 trará ao Museu Nacional Soares dos Reis, já no final de janeiro, a mostra Teresa Gonçalves Lobo e Domingos António de Sequeira: um diálogo no tempo, com curadoria de Bernardo Pinto de Almeida. As exposições O azul de safra na cerâmica de Miragaia e José Zagalo Ilharco completarão o primeiro semestre.

 

Destaque ainda para o programa Depositorium – Arte e Gastronomia, através do qual o Museu Nacional Soares dos Reis se propõe lançar o desafio a vários chefs de cozinha para olharem, do ponto de vista gastronómico, as várias coleções do acervo do museu, desde a pintura e a escultura, ao desenho, mobiliário, cerâmica, ourivesaria. Esta exposição será acompanhada por um programa paralelo composto por conversas e jantares temáticos.

 

A nível editorial, o Museu Nacional Soares dos Reis prepara o lançamento de uma linha dedicada às coleções e artistas, sendo o Catálogo Completo da Obra de Aurélia de Souza o primeiro do programa.

 

Reaberto em pleno em abril, o Museu Nacional Soares dos Reis terminou o ano 2023 registando um total de 74.712 visitantes, sendo este o segundo melhor ano da última década em termos de afluência de públicos, apenas superado em 2016 (totalizou 98.694 visitantes), ano em que o Museu apresentou a exposição temporária dedicada a Amadeo de Souza Cardoso, Porto – Lisboa, 2016 – 1916 (na foto).

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