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Museu Nacional Soares dos Reis acolhe Performance Porto Sombrio

18 de Outubro, 2023

A exposição de longa duração do Museu Nacional Soares dos Reis serve de palco a uma performance inspirada no tema Porto Sombrio, a realizar no dia 29 outubro, pelas 16 horas. Entrada livre.

 

A iniciativa é produzida por alunos do curso de Técnico de Organização de Eventos do Instituto de Emprego e Formação Profissional do Porto, em parceria com a Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE).

Ao longo dos diferentes espaços do Museu Nacional Soares dos Reis, vozes, corpos, sons e poesia vagueiam por entre as obras que compõem o vasto espólio do museu. Os visitantes serão surpreendidos por diferentes formas de expressão artística.

 

Da seleção de poemas escolhidos para esta atividade consta «Tristezas do Desterro», poema de exílio de Alexandre Herculano que serviu de inspiração a António Soares dos Reis para a execução da escultura O Desterrado (na foto).

 

A peça foi a prova final do curso de Escultura tendo sido realizada em Roma, onde Soares dos Reis se acolheu, no Instituto de Santo António dos Portugueses, para conclusão da bolsa no estrangeiro.

 

A emotividade saudosista que a obra transmite traduz-se no mármore pela postura nostálgica da figura assente numa rocha batida pelo mar. Num sentido mais amplo, a obra devolve-nos a imagem de um homem solitário e pensativo, que está intimamente ligada à ideia de evasão no imaginário romântico.

 

A saudade, o desejo de regresso à Pátria, a nostalgia da terra-mãe parecem formar um estado de espírito dominante na experiência marítima dos portugueses, plano em que O Desterrado de Soares dos Reis assume uma dimensão superior, de representação coletiva.

 

 

Direção artística
Cláudia Marisa

 

Organização do eventoDina Chamusca
Lucas Reis
Milagros Chacón
Raissa Marins
Sara Duarte

Sob a orientação de Paulo Correia

 

Interpretação 

Ariana Santos
Poema: AS NOITES DO PORTO – Nuno Júdice

 

Cláudia Marisa
Poema: HINO AO PORTO  – Pedro Homem de Mello

 

Constança Antunes
Poema: CHUVA OBLÍQUA – Fernando Pessoa

 

Filipa Araújo
Poema: O NOIVADO DO SEPULCRO – António Augusto Soares de Passos

 

Gonçalo Duarte Lopes
Poema: NASCI NO PORTO – Sophia de Mello Breyner Anderson

 

Helena Magalhães
Poema: METAMORFOSE – Jorge de Sena

 

Margarida Bezerra
Poema: O EUGÉNIO DE ANDRADE ESPERA-ME NUM CAFÉ – José Gomes Ferreira

 

Pedro Carvalho
Poema: MIRAGAIA – Sophia de Mello Breyner Andresen

 

Mónica Perestrello
Poema: BALADA DO RIO DOURO – Pedro Homem de Mello

 

Nuno Meireles
Poema: TRISTEZAS DO DESTERRO – Alexandre Herculano
Poema: RIBEIRA – João Pedro Mésseder

 

Nuno Tudela
Poema: O PORTO É SÓ…  – Eugénio de Andrade

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