A instituição de 25 de maio como Dia Nacional dos Jardins pretende celebrar “a importância e a vivência destes espaços”, bem como o legado de Gonçalo Ribeiro Telles na proteção do ambiente, na defesa da paisagem e na promoção da qualidade de vida dos cidadãos”.
O arquiteto paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, figura pioneira na arquitetura paisagista em Portugal, morreu em 11 de novembro de 2020, em Lisboa, aos 98 anos. Nascido em 25 maio 1922, em Lisboa, Gonçalo Ribeiro Telles foi autor de vários projetos relevantes.
No Museu Nacional Soares dos Reis, instalado no Palácio dos Carrancas, pode usufruir de dois espaços ajardinados, o Jardim das Camélias e o Jardim do Velódromo Rainha D. Amélia.
No Jardim das Camélias, localizado no centro do edifício e com acesso pelo Picadeiro, observam-se várias espécies de Japoneira.
No Jardim do Velódromo Rainha D. Amélia, que resulta do arranjo paisagístico do projeto do arquiteto Fernando Távora, é visitável parte significativa da coleção de Lapidária, assim como memórias materiais do Velódromo Rainha D. Amélia, inaugurado em 1894.
O Palácio dos Carrancas começou a ser construído em 1795. O seu projeto é atribuído ao arquiteto Joaquim da Costa Lima Sampaio, que trabalhou na construção do Hospital de Santo António, da responsabilidade do inglês John Carr, e na Feitoria Inglesa, da autoria de Jonh Whitehead.
O projeto dividia a propriedade em três áreas principais: uma de residência, uma de jardim no interior do edifício e uma de cultivo nas traseiras. Em 1861, o Palácio dos Carrancas foi adquirido pelo rei D. Pedro V para passar a residência oficial da família real nas suas visitas ao Norte do País e foi remodelado.
Foi doado, em 1915, à Misericórdia, através do testamento de D. Manuel II, que pretendia aí construir um hospital, o que nunca chegou a concretizar-se. Mais tarde, o Estado comprou o palácio para aqui instalar o Museu Nacional de Soares dos Reis que tinha sido fundado em 1833 e funcionava no Convento de Santo António, atual Biblioteca Pública Municipal do Porto.
O Palácio das Carrancas foi novamente alvo de remodelações para a sua nova função e, em 1940, foi aqui inaugurado o Museu Nacional Soares dos Reis, o mais antigo museu público de arte em Portugal.
Entre 1992 e 2001, o edifício sofreu uma série de profundas remodelações da autoria do arquiteto Fernando Távora. No exterior há um pátio com paredes cor-de-rosa e azulejos que dá lugar ao jardim resguardado pelas paredes do edifício. O espaço verde com relvados dá total destaque às camélias.