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D. Pedro IV ordena a criação do Museu de Pinturas e Estampas

11 de Abril, 2024

Em 11 de abril de 1833 foi expedida uma portaria ao pintor João Batista Ribeiro (na imagem) comunicando-lhe a intenção de Sua Majestade Imperial D. Pedro de Bragança em estabelecer um Museu de Pinturas e Estampas e outros objetos de Belas Artes, na cidade do Porto.

 

O Museu foi instalado no extinto Convento de Santo António da Cidade, na praça de S. Lázaro, e ficou conhecido como Ateneu D. Pedro IV, o qual deu origem ao Museu Nacional Soares dos Reis.

 

João Baptista Ribeiro, figura do liberalismo portuense, foi nomeado, em 1836, Diretor do Museu, inaugurando a exposição Creação do Museo Portuense: com documentos officiaes para servir à História das Bellas Artes em Portugal, e à do Cêrco do Porto. Pelo trabalho desenvolvido enquanto responsável do Museu até 1839, foi considerado pioneiro da Museologia.

 

Pintor, desenhador, gravador e diretor da Academia Politécnica do Porto, João Batista Ribeiro foi aluno de Domingos Sequeira que o declarou como seu discípulo favorito. Nomeado agente cultural da cidade do Porto, organizou academias, museus, associações e coordenou a recolha do espólio dos conventos abandonados. Foi com este espólio que se constituiu o primeiro museu público português: o Museu de Pinturas e Estampas, mais tarde transformado em Museu Nacional Soares dos Reis.

 

As obras de João Batista Ribeiro centram-se essencialmente no retrato de grande dimensão e na pintura religiosa, patentes em várias igrejas e museus do país.

Em 1839, o Museu passou para a direção da Academia Portuense de Belas Artes, que promoveu uma série de exposições onde foram premiados notáveis artistas como Soares dos Reis, Silva Porto, Marques de Oliveira e Henrique Pousão, em sucessivas gerações de mestres e discípulos.

 

Com a proclamação da República passou a designar-se Museu Soares dos Reis em memória de um dos mais destacados nomes da Arte Portuguesa e, em 1932 passou à categoria de Museu Nacional.

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