No antigo Egito as estatuetas funerárias foram inicialmente concebidas para proporcionar um suporte alternativo aos elementos espirituais do defunto: caso a múmia se deteriorasse estes poderiam contar ainda com as réplicas da múmia para não perderem o seu vínculo ao corpo.
A partir do Império Novo (de 1580 a 1080 a.C.), estas estatuetas começaram a ser investidas com uma nova função: a de servir o defunto nos campos paradisíacos do Além e garantir, em seu nome, o cumprimento de todas as tarefas a elas associadas. É por essa razão que a estatueta de Djedhor, filho de Renpetnefert, apresenta instrumentos agrícolas nas mãos, como o alvião, o machado e um saco.
A inscrição que foi redigida sobre o corpo da estatueta é uma versão do capítulo 6 do Livro dos Mortos, conjunto de textos que acompanhava o morto na sua viagem para o Além.
Pertenceu à coleção Allen.