Conjunto de cruz-relicário do Santo Lenho e par de galhetas eucarísticas
Índia
Finais do séc. XVII/ inícios do século XVIII
Jade nefrítico, ouro, prata dourada, rubis e vidro incolor [cruz];
Jade nefrítico, ouro, prata dourada, vidro azul, dobletes de quartzo, topázio(?) e vidro incolor, esmaltes [galhetas]
Ficha de inventário – cruz relicário
Proveniente da Índia Mogol, Império fundado em 1526 e extinto em 1857 que ocupava territórios hoje pertencentes à Índia, Paquistão, Afeganistão e Bangladesh, este conjunto foi criado nos finais do século XVII e pertenceu originalmente ao Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, ofertado pelo rei D. João V a D. Lourenço de Lencastre, Dom Abade desta Real Abadia.
Após a extinção deste Mosteiro, passou a fazer parte da coleção privada dos reis D. Fernando II e, posteriormente, de D. Luís I, integrando o Tesouro Real guardado no Palácio das Necessidades. A transferência para o MNSR ocorreu em 1941.
No conjunto de três peças, a cruz-relicário destaca-se do par de galhetas pela qualidade de execução dos motivos vegetalistas gravados nas duas placas do cruzeiro, onde se expõem os fragmentos do Santo Lenho (relíquia da Cruz de Cristo). Evidencia-se igualmente pela qualidade técnica de aplicação do ouro no jade e a preciosidade das gemas que a enriquecem.