Autoria desconhecida
Séculos XV e XVI
Prata branca, dourada e pintada; esmaltes; ouro, quartzo hialino
O culto de São Pantaleão tem longa tradição na igreja Católica e o mártir do século III e IV chegou a ser o santo padroeiro da cidade do Porto.
A devoção a S. Pantaleão, médico martirizado na antiga cidade grega Nicomédia em 303 d.C, instalou-se na cidade do Porto por influência de um grupo de cristãos arménios. Segundo relatos da época, este grupo terá chegado ao Porto no final da Idade Média, trazendo consigo as relíquias daquele santo, que depositaram na Igreja de São Pedro de Miragaia. Em 1499, por decisão do bispo D. Diogo de Sousa, as relíquias foram transladadas para a Sé Catedral do Porto. No busto relicário, utilizado na visita a doentes, foi guardado um fragmento do crânio de São Pantaleão.
Este objeto devocional, que integra as coleções do MNSR desde 1941, é um dos mais antigos bustos relicários conhecidos em Portugal. Pela ausência de objetos similares, torna-se difícil estabelecer uma cronologia exata para a sua execução e definir a origem do seu fabrico.