A necessidade de guardar e transportar consigo, levou desde muito cedo, homens e mulheres, a criar sacos e bolsas para os seus pertences, comida, armas, moeda.
Posteriormente, as algibeiras surgiram com o mesmo intuito, quer fazendo parte integrante do vestuário, quer como complemento destacável, pendurado na cintura.
Nos finais do século XVIII, o traje feminino fluido, sem cintura, próximo do corpo, impõe o saco de mão. Sendo este traje “império”, inspirado na moda do Império Romano, então visível nas pinturas a fresco das ruínas de Pompeia, posta a descoberto por aquele tempo, também as “reticulum”, bolsas de rede usadas pelas mulheres romanas, influenciaram muitos modelos.
A bolsa de senhora que aqui vos mostramos, apesar de já do início do século XIX, reflete esse gosto.
Executada em malha de agulhas, formando barras verticais, alternadamente lisas e rendadas, é bordada nas barras lisas com ramos de flores, aves e insetos. Tem base rígida, em segmentos de bambú colocados em ziguezague, sugerindo uma cesta. Termina na parte superior com folho em renda de bilros e aperta com cordões, rematados com duas borlas.