Século XVII
Índia
Fio de seda natural verde, vermelho, amarelo, branco; lâmina prateada
Peça destinada a cobrir o Cálice, sendo este, para os católicos, o reservatório do Sangue de Cristo, após a Consagração realizada durante a missa, a principal cerimónia religiosa católica.
É inteiramente executado em tear, utilizando fios de seda e lâmina de prata. Esta peça tem uma aparência frágil, que advém do facto de o fio ser muito fino, o que lhe confere leveza e alguma transparência.
Apresenta ao centro a Cruz de Cristo, símbolo associado ao período das grandes viagens marítimas e das consequentes relações comerciais, culturais, políticas e religiosas com povos de outros continentes, neste caso a Índia, ligada a Portugal após a primeira viagem de Vasco da Gama. Por isto, e apesar da sua evidente simplicidade, tem sido incluído em catálogos de exposições alusivas ao período das Descobertas e às mútuas influências artísticas entre Portugal e a Índia.