Loading...

151º Aniversário de Falecimento de Amélia de Leuchtenberg

26 de Janeiro, 2024

Amélia Augusta Eugênia Napoleona foi a segunda esposa de D. Pedro I Imperador do Brasil (Pedro IV, Rei de Portugal), foi Imperatriz Consorte do Império do Brasil de 1829 a 1831.

 

Nasceu a 31 julho de 1812 em Milão e faleceu a 26 janeiro de 1873, em Lisboa. Filha do príncipe Eugénio, Duque de Leuchtenberg, e da sua esposa, a princesa Augusta da Baviera.

 

Encontra-se representada no Museu Nacional Soares dos Reis, no óleo sobre tela de autoria de Friedrich Durck, retratista pintor alemão.

 

A Imperatriz é retratada a meio corpo, trajando um vestido de veludo negro (enviuvara havia pouco e envergaria luto até ao final da vida), com ornamentação de arminho nas mangas. Usa um colar de pérolas, e uma tiara fina também de pérolas. O cabelo dividido em três partes, com coque no alto da cabeça (seguro com um alfinete cónico, igualmente de pérolas) e cachos soltos, lateralmente. Está sentada numa cadeira da qual se vê um segmento do espaldar entalhado, dourado. Tem como cenário um reposteiro vermelho e, à esquerda, uma coluna com a respectiva base. Ao fundo vê-se um pequeno trecho de paisagem de mar ou rio.

 

Em 1838, D. Amélia terá viajado para a Baviera, onde, presume-se, se fez retratar, junto de sua filha D. Maria Amélia, pelo pintor Joseph Karl Stieler (Mainz 1781- Munique 1858).

 

Aparentemente, a partir desse retrato terão sido feitos vários outros em que a Imperatriz é representada rigorosamente na mesma pose, com a mesma indumentária e acessórios e tendo os mesmos elementos como cenário, mas sozinha, isto é, sem a figura da filha, D. Maria Amélia.

Estes retratos estão distribuídos por várias coleções na Europa e no Brasil (Paço Ducal de Vila Viçosa, Museu Militar de Lisboa, Fundação Maria Luisa e Oscar Americano, São Paulo, Museu Imperial de Petropolis, Palácio Real de Estocolmo, além de outros em coleções particulares, no Brasil e na Alemanha).

 

Essas versões têm vindo a ser atribuídas a Friedrich Dürk, discípulo e sobrinho de Stieler, que terá preparado um retrato de D. Amélia para edição de uma gravura, na qual consta o seu nome como autor da pintura original. Porém, a matriz de todos esses retratos, mesmo do executado por Stieler, poderá ser afinal um retrato triplo, representando D. Pedro IV, D. Maria II e D. Amélia, (hoje no Centro Cultural da Casa Pia de Lisboa), datado de 1834 e assinado por Maurício do Carmo Sendim (1786-1870).

 

Nesse retrato D. Amélia é representada com o rosto na mesma posição e usando exatamente o mesmo penteado e joias. Diferem a torção do tronco e a cor do vestido (aliás do mesmo corte que o vestido representado nos retratos atribuídos a Stieler e Dürk).

 

O retrato de D. Amélia da coleção do Museu Nacional de Soares dos Reis difere de todos os outros pelo facto de a Imperatriz aí ser representada usando uma faixa de tecido azul, verde e branco, cruzada sobre o tronco.

×