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142º Aniversário de Nascimento de Eduardo Afonso Viana

28 de Novembro, 2023

Considerado um dos maiores pintores da primeira geração do modernismo nacional, Eduardo Afonso Viana nasceu a 28 novembro de 1881, em Lisboa.

 

Frequentou a Academia de Belas Artes de Lisboa, onde foi discípulo, entre outros, de Veloso Salgado, entre 1896 e 1905. Neste mesmo ano partiu para Paris, tendo frequentado o ateliê de Jean-Paul Laurens na Academia Julian.

 

Ao longo de todo este período participou em várias exposições em Portugal. Regressa de Paris em 1915 e, durante cerca de dois anos, convive com Sonia e Robert Delaunay, refugiados em Portugal em consequência da guerra e instalados em Vila do Conde.

Eduardo Viana realizou a sua 1ª exposição individual no Porto, na Galeria da Misericórdia, em 1920 e, em 1921 outra, em Lisboa. Nesta cidade realizará a sua terceira e última exposição individual, em 1923.

 

Neste ano colabora em Lisboa, na exposição dos Cinco Independentes (Dórdio Gomes, Henrique e Francisco Franco, Alfredo Migueis e Diogo de Macedo). Organizou o primeiro Salão de Outono na Sociedade Nacional de Belas Artes (SNBA), em 1925, exposição que marcou uma nova fase artística no país e, logo em 1926, participa no segundo Salão de Outono, ao lado de António Soares, José Tagarro e Carlos Botelho, entre outros.

 

Entre 1930 e 1940, Viana reside durante longos períodos em Paris e Bruxelas. Em 1965 recebe o Prémio Nacional de Arte do Secretariado Nacional de Informação e, em 1967, participa na Exposição Internacional de Bruxelas.

 

No Porto, em dezembro de 1967, passados poucos meses da sua morte, realiza-se, na Galeria Alvarez, uma mostra dos quadros, alguns inacabados, deixados no ateliê do pintor. Logo no ano seguinte, em abril, realizou-se a primeira exposição retrospetiva da sua obra, organizada pelo Secretariado Nacional de Informação.

 

Eduardo Viana é o mais velho de um grupo de pintores, nascidos entre 1881 e 1893, que marcaram a primeira geração moderna portuguesa: Viana, Amadeo, Santa Rita e Almada.

 

O convívio com Amadeo e com Robert e Sónia Delaunay levaram-no a fazer experiências e a compor obras de tendência abstratizante. Documentos fundamentais da modernidade portuguesa, as pinturas que realiza, em 1925, para a decoração do café A Brasileira, paisagens de Sintra e do Algarve, a par dos nus deste mesmo ano, “pintura-programa” do artista, são exemplos da maturidade que atinge e expressa em sensualismo cromático.

 

A partir de 1940, definitivamente em Portugal, isolado de tudo e de todos, concentra-se na natureza-morta, tema quase exclusivo da sua pintura a partir de então.

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